A busca para artigos relacionados encontrou: 23 resultado(s)
Mônica Firmida; Daniela Borgli
Revista de Pediatria SOPERJ - V.17(supl 1), Nº1, p36-44, 2017
ResumoINTRODUÇÃO: a exacerbação da asma é causa comum de busca por unidade de tratamento de emergência e hospitalização. Sua resolução exige reconhecimento precoce e tratamento adequado.
OBJETIVO: esta revisão não sistemática da literatura científica visa apresentar informações atualizadas sobre o tratamento da asma aguda em pediatria.
FONTES DE DADOS: bases de dados Medline, Lilacs e SciELO. Os termos 'asma', 'asma aguda', 'exacerbação da asma', 'crianças' e 'tratamento' foram investigados. Diretrizes ou consensos publicados de 2007 a 2017 e artigos mais recentes sobre tratamento da asma aguda em pediatria foram selecionados.
SÍNTESE DE DADOS: todo paciente deve ter um plano de ação prescrito pelo médico. Na emergência, a abordagem é baseada na gravidade da exacerbação. A inalação de salbutamol, oxigenoterapia (em caso de hipoxemia) e corticoide sistêmico são as principais medidas terapêuticas iniciais. Os fármacos alternativos incluem brometo de ipratrópio inalado e sulfato de magnésio. Os pacientes na sala de emergência devem ser cuidadosamente monitorizados e reavaliados em intervalos curtos, com o objetivo de hospitalização oportuna em uma unidade de terapia intensiva, se necessário.
CONCLUSÕES: a abordagem da asma na emergência requer pronto-diagnóstico, avaliação da gravidade e tratamento imediato. É uma prioridade identificar pacientes em risco de morte, e os que estão piorando ou não respondendo ao tratamento de emergência. Eles devem ser transferidos para unidades de terapia intensiva o mais rápido possível. A alta deve ser dada quando o paciente está estável, acompanhada de receita médica para os próximos dias e com consulta de revisão ambulatorial agendada.
Palavras-chave: Asma; Exacerbaçao dos sintomas; Tratamento de emergência; Pediatria.
Sofia Toss Toss; Karoline Silva Zeni; Frederico Manoel Marques
Revista de Pediatria SOPERJ - V.22, Nº3, p108-112, Setembro 2022
ResumoINTRODUÇÃO: A infecção causada pelo SARS-CoV-2 também acomete a população pediátrica. O isolamento social (associado ao fechamento de creches/escolas) tornou-se essencial no enfrentamento ao coronavírus.
OBJETIVO: Relatar a relação entre o isolamento social e a diminuição das internações hospitalares pediátricas por doenças respiratórias durante um período da pandemia, no ano de 2019, comparando-o ao mesmo período no ano subsequente.
MÉTODO: Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo e documental, que analisou prontuários eletrônicos, coletados em um hospital pediátrico da Serra Catarinense, de internações de pacientes entre 0-15 anos diagnosticados por doenças respiratórias de 19/03/2020 a 30/06/2020, comparando com o mesmo período no ano de 2019.
RESULTADOS: O número de internações em 2019 entre março a junho por doenças respiratórias foi aproximadamente 10 vezes maior do que em 2020. Nota-se que, em ambos os anos, a doença com maior incidência foi pneumonia; hospitalizações por bronquiolite em 2019 corresponderam a 28,5% dos casos; já em 2020, esse número caiu (5,8%). Entre os anos de 2019-2020, a faixa etária mais acometida foi de 1-5 anos, seguida de 0-6 meses, 6 meses a 1 ano, 5-10 anos e por último 10-15 anos. O número de internações em 2019 de crianças que frequentavam creches/escolas foi de 92; e em 2020 foi de 5.
CONCLUSÃO: Houve, entre 2019-2020, correlação significativa entre hospitalização por doenças respiratórias, e crianças que frequentavam escolas/creches em comparação com as não frequentadoras devido ao isolamento social causado pela pandemia. Tal fato foi evidenciado devido à queda no número de internamentos.
Palavras-chave: Criança. Pediatria. Hospitalização. Covid-19. Isolamento Social.
Ruy Tamoyo Vendas Rodrigues Neto; Clemax Couto Sant´Anna
Revista de Pediatria SOPERJ - V.20, Nº4, p130-133, Dezembro 2020
ResumoINTRODUÇÃO: No Brasil, a asma é a causa de 300 mil internações por ano. Levando em consideração a ocorrência dessa doença na população, estudou-se a demanda de crianças e adolescentes com asma em um hospital pediátrico.
OBJETIVO: Analisar a demanda de atendimentos a crianças e adolescentes com asma em um centro de referência e sua relação com o Índice de DesenvolvimentoHumano das áreas de planejamento do município do Rio de Janeiro.
MÉTODOS: Estudo descritivo, realizado em ambulatório de pneumologia pediátrica no período de 2016 a 2019. Incluídos crianças e adolescentes com asma ou sibilância, estratificados por faixa etária e lugar de moradia. Avaliou-se o Índice de Desenvolvimento Humano das localidades do município do Rio de Janeiro.
RESULTADOS: Havia 165 pacientes provenientes das áreas programáticas 3.1, 3.3 ou 5.1, cujos Índices de Desenvolvimento Humano variaram de 0,784 e 0,830. A área programática 3.1 representou cerca de 31,3% dos casos analisados; seu Índice de Desenvolvimento Humano foi 0,784, um dos mais baixos do município.
CONCLUSÃO: Os pacientes com asma, em sua maioria, provinham de locais de moradia com baixos Índices de Desenvolvimento Humano.
Palavras-chave: Asma; Pediatria; Pneumologia; Atenção Primária à Saúde; Indicadores de Desenvolvimento.
Andrezza Tayonara Lins-Melo; Rosangela Afonso Ferreira; Andrezza de Lemos Bezerra
Revista de Pediatria SOPERJ - V.20, Nº4, p134-139, Dezembro 2020
ResumoINTRODUÇÃO: O suporte ventilatório realizado em prematuros pode ser invasivo (através de uma via área artificial); ou de modo não invasivo, através de interfaces que preservam a via aérea fisiológica
OBJETIVO: Verificar a segurança e eficácia da utilização da máscara nasal comparada à pronga nasal, em relação à falha da VNI, ocorrência de trauma nasal, tempo de suporte não invasivo e ocorrência de displasia broncopulmonar (DBP).
FONTE DE DADOS: Foram incluídos no estudo artigos publicados nos últimos dez anos nas bases de dados indexadas em PubMed/Medline, SciELO, Lilacs e Cochrane, utilizando as principais palavras-chave e seus respectivos descritores em inglês.
SÍNTESE DOS DADOS: Foram encontrados cinco artigos internacionais, que compararam a pronga nasal e máscara nasal, mostrando a redução de lesão de trauma nos prematuros e redução de falha da ventilação não invasiva.
CONCLUSÃO: A máscara nasal apresenta-se como uma alternativa promissora, pois se comporta de forma similar à pronga nasal (em relação a parâmetros de sinais vitais), ou superior a esta quando se considera trauma nasal e de face, o que diminui a exposição do prematuro a eventos dolorosos, que são considerados deletérios para o desenvolvimento extrauterino de seu sistema nervoso central.
Palavras-chave: Ventilação não Invasiva. Recém-Nascido Prematuro. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas. Fisioterapia.
Ana Flávia Malheiros Torbey; Aurea Lúcia Grippa de Souza
Revista de Pediatria SOPERJ - V.17(supl 1), Nº1, p28-35, 2017
ResumoINTRODUÇÃO: a dor torácica é uma queixa comum entre crianças e adolescentes. A maioria das etiologias são benignas e de origem não cardíaca, entretanto motivo de preocupação e ansiedade para o paciente e sua família pelo temor de estar associada a uma grave doença cardiovascular ou ao risco de morte súbita.
OBJETIVO: realizar a revisão das principais causas de dor torácica na pediatria, como realizar o diagnóstico diferencial entre as causas cardíacas e não cardíacas, quando solicitar exames complementares e quando encaminhar para a avaliação do cardiopediatra e qual o tratamento adequado.
FONTE DE DADOS: a presente revisão foi realizada na base de dados Medline, utilizando-se as seguintes palavras-chave: 'dor torácica', 'criança', 'adolescente', 'pediatria'.
SÍNTESE DOS DADOS: a dor torácica na infância corresponde a 0,3 a 0,6% dos atendimentos na emergência pediátrica, sendo mais frequente entre os adolescentes. As principais causas são de origem não cardíaca. Para o diagnóstico correto, anamnese e exame físico minucioso são fundamentais e indicam a necessidade de realização de exames complementares. O tratamento deve ser direcionado à etiologia.
CONCLUSÕES: realizar a abordagem correta da dor torácica na infância e adolescência e determinar o diagnóstico diferencial entre causas benignas ou cardíacas é um desafio para os pediatras.
Palavras-chave: Dor no peito; Criança; Adolescente; Pediatria.
Sabrina Franzen Costa; Cristina Fedrizzi Caberlon
Revista de Pediatria SOPERJ - V.16, Nº2, p10-17, Junho 2016
ResumoOBJETIVO: relatar os resultados obtidos por um treinamento muscular ventilatório na água e no solo, com atividades lúdicas, para estabelecer os efeitos destes na força muscular ventilatória, no pico de fluxo expiratório e no teste de caminhada de seis minutos em crianças asmáticas.
MÉTODOS: Participaram desta série de casos três crianças asmáticas, com idades entre 5-6 anos, durante oito semanas, duas vezes por semana, com duração de 30 minutos. Foi realizada uma avaliação inicial, seguida por quatro semanas de intervenção aquática, reavaliação e quatro semanas de intervenção no solo, finalizando o protocolo com uma avaliação final.
RESULTADOS: Houve aumento da distância no teste de caminhada de seis minutos, com maior ganho entre a avaliação inicial e reavaliação; manutenção e melhora da força muscular ventilatória, em geral, assim como no pico de fluxo expiratório.
CONCLUSÃO: Os resultados com ambos os tipos de intervenção demonstram mudanças nos parâmetros avaliados e a sua vinculação pode ser benéfica.
Palavras-chave: Asma, Pediatria, Fisioterapia, Pré-escolar
Ana C.B. Domingues; Rosanna V. Mannarino; Flavio S. Souza
Revista de Pediatria SOPERJ - V.6, Nº1, p19-23, Junho 2005
ResumoOBJETIVO: A endoscopia respiratória vem sendo cada vez mais indicada para o diagnóstico e terapia das doenças respiratórias pediátricas.O presente artigo tem como principal objetivo detalhar informações sobre o exame a fim de ampliar o conhecimento do pediatra, que na maioria das vezes é o solicitante do exame.
MÉTODO: Revisão da literatura (1985 a 2004 ;Medline) e descrição da experiência pessoal.
RESULTADO: Oconhecimento dasindicações,contra-indicações,complicações e,informações sobreatécnicadaendoscopiarespiratória,poderápermitirqueopediatra faça umaindicação mais precisa, além de fornecer uma melhor orientação aos pais sobre este procedimento.
CONCLUSÃO: A laringotraqueobroncoscopia é uma técnica de fácil utilização, que quando realizada sob condições ideais oferece baixos índices de complicações, o que justifica a sua importância como método diagnóstico e terapêutico das doenças respiratórias pediátricas.
Palavras-chave: sucçao, sucçao nao nutritiva, pré-termos
Paula Dourado Sousa; Catherine Castelo Branco de Oliveira; Daniel Rocha Cavalcante de Farias; Lis Vinhático Pontes Queiroz; Amanda Lis Carneiro Patas da Cunha; Rafaela Góes Bispo; Lara Lorrayne Freitas Gomes; Otavio Augusto Gomes
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21 (supl 1), Nº1, p16-22, Dezembro 2021
ResumoINTRODUÇÃO: O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica frequentemente iniciada na infância. O diabetes mellitus tipo 2, mais comum em adultos, está aumentando sua incidência em crianças.
OBJETIVO: Investigar o perfil epidemiológico do DM entre crianças e adolescentes no Brasil entre 2010 e 2019.
MÉTODOS: Foi realizado estudo ecológico, em série temporal do tipo descritivo, usando hospitalizações por diabetes mellitus no Brasil e regiões de 2010 a 2019 em indivíduos até 19 anos, usando o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde.
RESULTADOS: Houve aumento das hospitalizações de 2010 a 2019 de 16,12%. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram o maior número de internação por essa doença; a Nordeste teve o maior aumento relativo das internações no período, com crescimento de 25,56%. A maioria das hospitalizações (57,3%), e as maiores taxas de letalidade (0,74%) e mortalidade (11,64 por milhão) ocorreram no sexo feminino; e as maiores mortalidades, nas regiões Norte e Nordeste: 1,09 e 0,97 por milhão, respectivamente.
CONCLUSÃO: Mulheres jovens (10-19 anos) do Nordeste e Sudeste são as mais acometidas pela doença, porém são necessários mais estudos para compreender melhor as internações nos diferentes grupos estudados.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Endocrinologia. Criança. Adolescente. Pediatria. Hospitalização.
Mateus da Silva Santana; Gessica Barbosa da Silva e Silva; Joice dos Santos de Jesus; Lucas Santana Bahiense Filho; Pitágoras Farah Magalhães Filho; Thuanne Cidreira dos Santos Gomes; Gabriela Flor Martins; Isabela Lôbo Duarte; Paula Dourado Sousa
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21 (supl 1), Nº1, p23-28, Dezembro 2021
ResumoINTRODUÇÃO: A tireotoxicose é uma morbidade clínica causada por elevação dos níveis séricos de hormônios tireoidianos. A doença de Graves é a causa mais prevalente em adultos e crianças. Essa morbidade apresenta um curso clínico significativamente grave, exigindo acompanhamento contínuo e prolongado.
OBJETIVOS: Descrever aspectos epidemiológicos, clínicos e orçamentários de pacientes pediátricos internados com tireotoxicose no Brasil entre 2010-2019.
METODOLOGIA: Este foi um estudo ecológico a partir de dados secundários obtidos através do DATASUS. A população estudada foram crianças hospitalizadas por tireotoxicose entre 2010-2019 no Brasil.
RESULTADOS: Observou-se um total de 414 internações, sendo 70,29% de caráter de urgência. O sexo feminino representou 77,78%, enquanto o masculino, 22,22%. O Sudeste registrou 217 hospitalizações (52,42%), sendo também a região com o maior custo-médio por internação (R$638,9). A maior concentração de internações ocorreu na faixa etária de 15-19 anos. No período estudado, houve aumento de 48,15% nas hospitalizações.
CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo coincidem com estudos prévios. Ressalta-se a importância de mais estudos com o objetivo de contribuir para melhor compreensão das necessidades do sistema de saúde.
Palavras-chave: Tireotoxicose. Endocrinologia. Criança. Adolescente. Pediatria. Hospitalização
Ricardo Araujo da Silva; Izabel Alves Leal; Fernanda Martins Gonçalves; Renata Ferreira Setti; Maria Christina Tavares; Cristina Vieira Souza; Eliana Nascimento; Liege Maria Abreu Carvalho; Cristiane Henriques Teixeira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº2, p57-61, Junho 2021
ResumoINTRODUÇÃO: A adoção de medidas de distanciamento social durante a pandemia da Covid-19 pode reduzir os atendimentos em emergências pediátricas e internações hospitalares.
OBJETIVO: Comparar o número de atendimentos em emergências pediátricas e internações hospitalares, considerando um período no qual vigoravam medidas de distanciamento social, com o mesmo período em anos anteriores.
METODOLOGIA: Série histórica de atendimentos em duas emergências pediátricas e internações hospitalares entre 16 de março e 16 de abril de 2020. Os dados foram comparados com o mesmo período dos dois anos anteriores, através de análise de variância (ANOVA). Um valor de p <0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
RESULTADOS: O número de atendimentos nas unidades A e B, respectivamente, foi de 6.579 e 1.538 em 2018; 5.750 e 1.430 em 2019; e 1.762 e 375 em 2020. O número de internações nas unidades A e B, respectivamente, foi de 823 e 199 em 2018; de 721 e 188 em 2019; e 325 e 135 em 2020. Houve redução estatisticamente significativa de atendimentos e internações quando o ano de 2020 foi comparado com os anos anteriores nas duas unidades (p<0,0001). O percentual relativo de atendimentos de doenças respiratórias agudas e síndromes gripais foi de 36,7%, 36,5% e 29,2%, respectivamente, em 2018, 2019 e 2020 na Unidade A; e 25,9%, 24,2% e 24,5%, respectivamente, nos mesmos anos na Unidade B.
CONCLUSÕES: Houve redução estatisticamente significativa no número de atendimentos e internações nas emergências pediátricas avaliadas, sendo o resultado atribuído ao distanciamento social no período avaliado.
Palavras-chave: Infecções por coronavírus; Pediatria; Emergências; Hospitais com alto volume de atendimentos.
Aléxia Alves Cabral; Cecília Pereira Silva; Sarah Lira Garani; Amanda Freire de Almeida; Andrea Fabiane Lira; Luiz Fernando da Silva Toledo; Myrna Salles de Mascarenhas Máximo Jones; Katia Maria Serdeira Arbex
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº2, p75-79, Junho 2021
ResumoINTRODUÇÃO: Em meio à propagação da doença do coronavírus, crianças permaneceram em suas casas por períodos prolongados, estando mais suscetíveis a acidentes domésticos. Crianças de um a seis anos são mais suscetíveis à ingestão de corpo estranho, sendo as moedas os objetos mais comumente ingeridos. A incidência de acidentes com baterias botões tem aumentado devido ao seu uso frequente em brinquedos, sendo um importante grupo de corpos estranhos, por suas propriedades corrosivas.
OBJETIVO: A série de casos visa relatar a recorrência da ingestão de moedas e baterias, durante a atual pandemia de 2020, e comparar com o número de casos no mesmo período de 2019.
DESCRIÇÃO: Os casos relatados descrevem quatro crianças de dois e seis anos, atendidas no pronto-socorro infantil entre os meses de março a junho de 2020, sendo que três crianças ingeriram moeda e apenas uma ingeriu bateria. Os sintomas variaram entre náusea, tosse, disfagia, sialorreia e vômitos, sendo que o caso da bateria se apresentou assintomático. Após os diagnósticos por radiografia, as moedas foram retiradas por endoscopia digestiva alta e a bateria, por cirurgia.
COMENTÁRIOS: A principal dificuldade diagnóstica é a ingestão de bateria botão não presenciada por responsáveis, o que retarda o tratamento e aumenta o risco de complicações. Pediatras devem considerar a suspeita da ingestão desses corpos estranhos na presença dos sintomas relatados, seguindo com a investigação adequada. Ademais, o alerta à prevenção de acidentes domésticos infantis deve ser sempre realizado nas consultas pediátricas.
Palavras-chave: Pandemia. Criança; Numismática; Corpos Estranhos; Pediatria; Pilhas de Mercúrio.
Rafaela Baroni Aurilio; Ana Alice Amaral Ibiapina Parente; Cláudia Renata Rezende Penna; Giuliana Pucarelli Lebreiro; Maria de Fátima Bazhuni Pombo Sant'Anna; Cristina Barroso Hofer; Carolina Pereira Lima Perlingeiro; Maria Mariana Correa De-Sá; Ruy Tamoio Vendas Rodrigues-Neto; Maurício Andrade Pérez; Clemax Couto Sant´Anna
Revista de Pediatria SOPERJ - V.23, Nº2, p1-6, Junho 2023
ResumoINTRODUÇÃO: Estudos sobre os achados radiológicos de tórax da Covid-19 em pacientes pediátricos são escassos. A maioria descreve um padrão inespecífico com espessamento peribrônquico e consolidações uni ou bilaterais, eventualmente.
OBJETIVO: Este estudo descreve o padrão radiográfico em crianças hospitalizadas durante a pandemia de SARS-CoV-2.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo caso-controle no Rio de Janeiro, Brasil, com crianças e adolescentes de 0 a 16 anos internados com síndrome gripal ou SARS no período de abril a outubro de 2020. Foram realizados swab nasofaríngeo e/ou sorologia de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR). Os casos foram definidos como pacientes com RT-PCR para SARS-COV2 positivo ou indeterminado e pacientes controles com RT-PCR indetectável. A radiografia foi avaliada cegamente por um radiologista pediátrico. Foram realizadas análise descritiva e análise bivariada (teste t de Student p < 0,05).
RESULTADOS: Foram estudados 36 casos e 182 controles. As alterações radiográficas não se associaram significativamente entre os casos e os controles. A frequência nas anormalidades radiográficas observadas no grupo controle (50/182 - 27,5%) foi maior quando comparada com a radiografia de tórax nos casos (6/36 - 16,7%) [p=0,18].
CONCLUSÕES: Não houve diferença na frequência de comorbidades e padrões radiográficos entre casos e controles; no entanto, o tempo de internação dos casos foi superior ao dos controles.
Palavras-chave: SARS-CoV-2. Radiografia Torácica. Pandemias. Pediatria. Epidemiologia Analítica
Marli Carmo Cupertino; Larissa Regina Bellato; Anne Carolina Vilela Carvalho; Nicole Obeid Rezende; Paula Miryam Lima Santiago Reis; Shana Pereira de Lima Lana; Marcia Farsura Oliveira; Emília Pio Silva Silva
Revista de Pediatria SOPERJ - V.19, Nº2, p37-45, Junho 2019
ResumoINTRODUÇÃO: As alergias são consideradas um problema crescente de saúde pública, e medidas profiláticas e terapêuticas dessas doenças devem ser estudadas.
OBJETIVO: Revisar e compilar dados de estudos que analisaram o tipo e tempo de aleitamento na modulação de doenças alérgicas na infância.
FONTE DE DADOS: Realizou-se revisão sistemática seguindo as diretrizes internacionais PRISMA, nas bases PubMed, Scopus e Scielo, sem restrições cronológicas ou de linguagem. Os descritores usados foram padronizados de acordo com a plataforma MeSH terms. Os critérios de inclusão determinavam ser artigos originais com relação direta sobre amamentação, alergias e indivíduos na infância
SÍNTESE DOS DADOS: Foram identificadas 457 publicações, das quais 22 artigos originais foram incluídos no estudo. Quinze estudos apresentaram relação positiva do aleitamento materno com a prevenção de doenças alérgicas; cinco, relação negativa; e três mostraram que não há relação. Grande parte dos estudos não considerou parâmetros de confusão - status atópico dos pais, parto cesáreo ou vaginal, número de irmãos e exposição ao tabaco - que podem mascarar o resultado da pesquisa. A maior parte dos estudos feitos em regiões geográficas semelhantes apresentou resultados semelhantes e divergentes de regiões com estilo de vida e dieta diferentes.
CONCLUSÕES: O aparecimento das doenças alérgicas pode ser modulado através da amamentação, sendo que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementar até os dois anos apresentou-se majoritariamente benéfico. A região geográfica do estudo é um parâmetro que deve ser analisado, pois influencia na dieta/hábitos maternos e na composicão do leite.
Palavras-chave: Doenças alérgicas; Aleitamento materno; Epidemiologia; Saúde materno-infantil; Pediatria.
Clemax Couto Sant Anna
Revista de Pediatria SOPERJ - V.10, Nº1, p16-20, Maio 2009
ResumoOBJETIVO: revisão não sistemática da literatura sobre ensino da Pediatria e da Puericultura, buscando situar historicamente o tema por ocasião dos 200 anos de criação do ensino médico no país.
RESULTADOS: embora já se identifique livros sobre doenças na infância na época do Brasil Colônia, o ensino regular só veio a se firmar ao final do século XIX por influência de Moncorvo de Figueiredo. Só em 1937 foi criada a Clínica pediátrica médica e Puericultura e clínica da primeira infância, sob a responsabilidade do Prof. Martagão Gesteira, responsável pela formação de inúmeros profissionais no Brasil desde então.
CONCLUSÃO: a Puericultura e a Pediatria são especialidades jovens e expandiram-se nas últimas décadas do período neonatal à adolescência
Palavras-chave: Puericultura, Pediatria, criança, adolescentes, ensino
Adriana Montenegro Mandetta; Tatiana Aline Carvalho; Carolina Camargo Oliveira; Fernando Augusto Lima Marson
Revista de Pediatria SOPERJ - V.20, Nº4, p145-150, Dezembro 2020
ResumoINTRODUÇÃO: As causas da hemiplegia são multifatoriais e sua reabilitação depende do déficit funcional decorrente da doença de base. Na literatura, a orientação domiciliar para executar atividades funcionais em crianças hemiplégicas é descrita, mas seus efeitos e repercussões precisam ser mais bem entendidos.
OBJETIVOS: Relatar os efeitos da orientação domiciliar nas atividades funcionais em crianças hemiplégicas e descrever a repercussão na qualidade de vida delas e de seus cuidadores.
DESCRIÇÃO DOS CASOS: Foram incluídos no estudo dois participantes do sexo masculino com cinco e 10 anos e, respectivamente, hemiplegia no hemicorpo à direita e esquerda. Na avaliação de funcionalidade, houve melhora em numerosos aspectos após a orientação domiciliar, sendo estes demonstrados por melhor pontuação nos seguintes marcadores: Children's Hand-use Experience Questionnaire, Pediatric Disability Assessment Inventory, Auto Questionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé e World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref). Não houve, entretanto, manutenção satisfatória da pontuação em alguns marcadores após um período de dois meses com a ausência de orientação domiciliar.
DISCUSSÃO: Encontrou-se, na avaliação e abordagem de dois casos de hemiplegia, que as orientações domiciliares resultaram em benefícios aos participantes e seus cuidadores. A manutenção dos benefícios dependerá, aparentemente, de uma orientação domiciliar periódica, uma vez que, após um período sem a realização desta orientação, alguns marcadores tiveram redução da pontuação. O estudo foi um relato de dois casos, e para que se tenha poder de inferência estatística, outros estudos devem ser realizados com maior casuística.
Palavras-chave: Cuidadores. Fisioterapia. Hemiplegia. Qualidade de vida
André Ricardo Araujo da Silva; Igor Duque Gonçalves da Silva; Juliana de Freitas Fonseca; Nicole Maria Davi Gonçalves; Laene Oliveira Gomes; Cristiane Henriques Teixeira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.18, Nº3, p2-7, Setembro 2018
ResumoINTRODUÇÃO: as hemoculturas são consideradas o padrão-ouro para detectar infecções de corrente sanguínea.
OBJETIVO: descrever os resultados das hemoculturas coletadas durante um ano de seguimento em um hospital pediátrico.
MÉTODOS: conduzimos um estudo transversal em um hospital terciário pediátrico do estado do Rio de Janeiro, realizando uma análise descritiva sobre a taxa de positividade e contaminação das amostras e das bactérias multirresistentes encontradas.
RESULTADOS: no ano de 2016, foram coletadas 2.668 hemoculturas, das quais 1.445 (54,2%) das enfermarias de pediatria, 949 (35,6%) oriundas da unidade de terapia intensiva pediátrica e 274 (10,3%) da unidade de terapia intensiva neonatal. Cento e sete hemoculturas foram positivas (4% do total), sendo o percentual de positividade maior na unidade de terapia intensiva pediátrica (46/949; 4,8%) [IC 95% de 0,4581 a 3,7163] quando comparada ao encontrado (41/1.445; 2,8%) nas enfermarias de pediatria (p = 0,0101) e na unidade de terapia intensiva neonatal (20/274; 7,3%) [IC 95% de 1,7902 a 8,2775] também comparada às enfermarias de pediatria (p = 0,0002). Do total de isolados positivos, 33/107 (30,8%) apresentaram perfil de multirresistência e, entre estes, o Staphylococcus aureus resistente à meticilina foi o mais frequentemente isolado (27/33; 81,8%). O Staphylococcus aureus resistente à meticilina foi o agente mais isolado tanto na unidade de terapia intensiva pediátrica quanto na unidade de terapia intensiva neonatal com 27 e 12 isolados, respectivamente. Em 151 (5,7%) amostras foram encontrados três ou mais germes, ou germes classificados como contaminantes de pele.
CONCLUSÕES: concluímos que a positividade global das hemoculturas foi baixa, sendo verificada maior proporção de amostras positivas nas unidades críticas.
Palavras-chave: Hemocultura; Pediatria; Infecçao hospitalar.
Michael Laurence Zini Lise; Michelle Larissa Zini Lise; Claudia Ribeiro Zini Lise; Stefan Vilges de Oliveira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.19, Nº1, p16-24, Março 2019
ResumoINTRODUÇÃO: Os envenenamentos por serpentes são agravos à saúde negligenciados em todo o mundo.
OBJETIVO: Descrever os acidentes botrópicos em menores de 15 anos.
MÉTODOS: Estudou-se os registros de acidentes por serpentes do grupo Bothrops protocolados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação nos anos de 2007 a 2016.
RESULTADOS: Foram registrados 48.089 acidentes por serpentes, dos quais 33.859 foram do grupo Bothrops. A média anual de registros foi de 3.386. A distribuição geográfica identificou 3.735 (67,1%) municípios com ao menos um caso. A região com maior número de registros foi a Norte (16.361; 48,3%), seguida por Sudeste (6.052; 17,9%), Nordeste (5.465; 16,1%), Centro-Oeste (3.320; 9,8%) e Sul (2.661; 7,9%). O sexo masculino foi mais acometido (23.565; 69,6%). Os acidentes ocorreram predominantemente na zona rural (27.572; 81,4%). Do total de acidentes que ocorreram na zona urbana, 2.294 (45,3%) chegaram ao local de atendimento em até uma hora após o acidente. Os locais da picada mais frequentes foram pé (22.703; 67,1%), pernas (5.700; 16,8%) e mãos (3.372; 10,0%). As manifestações predominantes foram dor (30.249; 89,3%), edema (27.160; 80,2%) e equimose (6.269; 18,5%). O tempo de coagulação sanguínea foi normal em 10.120 (29,9%) dos casos, alterado em 6.714 (19,8%), não foi avaliado em 11.755 (34,7%) e em 5.270 (15,6%) das notificações essa informação estava indisponível. Os acidentes foram leves em 16.868 (49,8%).
CONCLUSÕES: As crianças do sexo masculino e residentes na zona rural são mais afetadas onde a precocidade no atendimento influi diretamente na evolução clínica destes acidentes.
Palavras-chave: Animais venenosos; Serpentes; Epidemiologia; Pediatria; Envenenamento; Perfil de saúde.
Karyn Chacon Melo Freire de Castro; Larissa De Pietro Furini; Aline Niero De Carvalho; Ana Karen Ibarra Rodriguez; Evelyn Lizett Quinteros Salazar; Fátima Regina de Almeida Patiño; Gabriela Alves Loyo; Jaqueline Da Silva Cota; Mitzi Perez Morales
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº3, p114-122, Dezembro 2021
Resumo
No Brasil, a maioria das mulheres iniciam o aleitamento materno (AM) na primeira hora de vida, porém mais da metade suspendem o aleitamento materno exclusivo (AME) no primeiro mês. Nosso objetivo foi avaliar a prevalência do AM e identificar fatores relacionados ao desmame precoce. Estudo observacional transversal, com 451 pacientes de 0-12 meses, de setembro de 2017 a agosto de 2018. Critérios de inclusão: crianças de 0-12 meses. Foram excluídos: crianças com doenças neurológicas e cardíacas, institucionalizadas, mães sabidamente portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e do Vírus T-linfotrópico Humano (HTLV). Obtidos 451 pacientes, média de idade de 147,7 dias. O AME foi de 7 % até os 6 meses e a duração do AM foi de 91,8 dias. Identificamos que mães que frequentavam Unidade Básica de Saúde - UBS (p<0,001), que amamentaram anteriormente (p=0,028), introduziram alimentos sólidos aos 6 meses ou após (p< 0,001) tiveram maior tempo de AME. Mães jovens (p=0,015), usuárias de drogas (p<0,001), o uso de chupetas e mamadeiras (p= 0,001 e 0,033 respectivamente), os pré-termos (p=0,001), a introdução de fórmula láctea (p<0,001) e uso de leite de vaca integral (p=0,042) foram as variáveis relacionadas ao menor tempo de AM. As causas do desmame precoce identificadas podem ser evitadas com as orientações dos profissionais de saúde. Uma melhoria na qualidade da assistência à saúde materno-infantil é de extrema importância para o aumento nos índices do AM.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Desmame. Pediatria.
Marcela Moraes Oliveira; Caroline Oliveira Soares; Giuseppe Carmine Pastura; Cecilia Novelli Mendes; Ruth FIszon Zagarodny; Clara Perini Fiorot; Taynara Martins Montalvão; Sarah Azevedo Andrade; Felippe Souza Oliveira; Guilherme Sant'Anna Lira; Beatriz Oliveira Duarte
Revista de Pediatria SOPERJ - V.23, Nº2, p1-7, Junho 2023
ResumoINTRODUÇÃO: No contexto da pandemia da Covid-19, as ligas acadêmicas assumiram um novo papel na formação do conhecimento mediante à promoção de atividades online e do contato interpessoal, por meio de reuniões periódicas via internet que abordam temas relevantes no âmbito de inserção da Liga.
OBJETIVO: O estudo atual visa analisar a eficácia das atividades remotas promovidas pelas Ligas Acadêmicas na formação de conhecimento durante a época de pandemia por SARS-CoV-2 e isolamento social.
MÉTODOS: Aplicação de questionários virtuais a alunos de graduação que participaram das aulas online promovidas pela Liga Acadêmica de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LAPed-UFRJ) no segundo semestre de 2020. Desta forma, foi avaliada a contribuição das aulas para o processo de aprendizagem dos alunos por meio da conferência do número de acertos às mesmas questões, antes e após o contato com os temas ofertados pela LAPed-UFRJ. A pesquisa foi realizada em 3 dias distintos e contou com a participação de 101 graduandos. Como critério de inclusão era necessário que os participantes, obrigatoriamente, pertencessem a algum curso de graduação na área da saúde.
RESULTADOS: Os resultados demonstram que o número de acertos a questões aumenta após a participação das aulas promovidas pela liga.
CONCLUSÃO: As Ligas Acadêmicas assumem grande relevância no processo de ensino e aprendizagem do corpo discente, além de permitir a troca de experiências e vivências a partir da abordagem de temas que não seriam oferecidos aos ligantes em seus respectivos cursos de graduação.
Palavras-chave: Educação. Pediatria. Estudantes
Gabriela Alves Loyo; Aline Niero Carvalho; Karyn Chacon Castro; Raphaela Areias Costa; Vanessa Carvalho Macedo
Revista de Pediatria SOPERJ - V.19, Nº1, p30-33, Março 2019
ResumoINTRODUÇÃO: A síndrome do exantema pápulo-purpúrico em "luvas e meias" (SEPPLM) é uma infecção aguda causada pelo parvovírus B19, caracterizada por exantema pápulo-purpúrico de predomínio distal, com distribuição em mãos e pés, de forma similar a "luvas e meias", acompanhado de febre e lesões orais.
DESCRIÇÃO DO CASO: Trata-se do caso de uma adolescente que procurou serviço com queixa de febre, lesões orais, presença de petéquias em mãos e pés delimitadas aos punhos e cotovelos, associadas a prurido intenso, com boa evolução após 7 dias de internação. Na investigação diagnóstica, foram identificados, além do parvovírus B19 IgM, herpes simples e Epstein-Barr IgM e IgG positivos.
CONCLUSÃO: Habitualmente, a SEPPLM é autolimitada, com resolução entre 7 a 14 dias, e seu reconhecimento é fundamental, de modo a evitar exames e tratamentos desnecessários.
Palavras-chave: Exantema; Parvovírus B19 humano; Pediatria
Maria Fernanda Prado Rosa; William Nicoleti Turazza Silva; Thaís de Melo Baccega; Isadora Barbosa Castro; Stefan Vilges Oliveira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº2, p62-67, Junho 2021
ResumoINTRODUÇÃO: Em 2020 teve início a pandemia da COVID-19, potencial causadora de Síndrome Respiratória Aguda Grave, condição de notificação obrigatória no Brasil. Apesar da baixa gravidade da infecção em crianças quando comparadas a adultos, o número de casos é alto e o impacto ainda é importante.
OBJETIVO: Explorar o perfil clínico e epidemiológico das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave no contexto da pandemia, comparando com anos posteriores.
MÉTODO: Realizou-se um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em pacientes pediátricos notificados ao Ministério da Saúde, de 1 de janeiro a 30 de setembro dos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.
RESULTADOS: Em 2020, o total de casos de registrados foi de 58.819, dos quais 6.898 eram COVID-19. A letalidade geral foi de 3,50 e de 7,92 para os casos com COVID-19. Casos e óbitos predominaram em meninos. Houve queda de casos e mortes com avançar da faixa etária, exceto por crianças menores de 1 ano. Febre, tosse e desconforto respiratório foram os sintomas mais comuns. Asma, doenças neurológicas e doenças do coração foram as comorbidades mais comuns. De 2017 a 2020 houve aumento dos casos da síndrome, de pacientes admitidos em Unidade de Terapia Intensiva, de óbitos e da letalidade.
CONCLUSÕES: O perfil clínico e epidemiológico encontrado condiz com a literatura encontrada. O novo vírus provavelmente é o responsável pelo aumento dos indicadores encontrados e há um sério problema de subnotificação no país.
Palavras-chave: Epidemiologia; Infecções por Coronavirus; Pandemias; Pediatria; Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Cristina Ortiz Sobrinho
Revista de Pediatria SOPERJ - V.17(supl 1), Nº1, p22-27, 2017
ResumoINTRODUÇÃO: a reanimação cardiopulmonar de alta qualidade é crucial para o bom prognóstico do paciente. Periodicamente, os guidelines de reanimação pediátricos são revisados pela American Heart Association.
OBJETIVO: procurou-se analisar as seguintes recomendações: a qualidade da reanimação; a sequência C-A-B; o uso de desfibrilador externo, além dos níveis de evidências científicas para o suporte básico de vida em crianças.
FONTE DE DADOS: buscas no PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde, usando as palavras-chave 'basic life support', 'guidelines', 'children', 'cardiopulmonary resuscitation' e 'pediatrics'. Foi realizada busca secundária dos dados.
SÍNTESE DE DADOS: para o suporte básico de vida em crianças, a sequência C-A-B é de simples execução e está em consonância com as recomendações para adultos (classe IIb); a reanimação de alta qualidade com profundidade de 5 cm (classe IIa), a frequência de 100-120 batimentos por minuto (classe IIa) e o uso de desfibrilador externo (classe IIb) são estratégias para melhorar o prognóstico desses pacientes. Porém, a utilização de desfibrilador externo está aquém do desejado.
CONCLUSÕES: muitas das recomendações para crianças são oriundas de estudos únicos ou de fracas evidências, bem como podem ser uma extensão das recomendações para adultos. Apesar de os guidelines da American Heart Association serem difundidos no mundo todo, a qualidade da reanimação pode melhorar. Estudos multicêntricos que investiguem o real impacto dessas estratégias para a pediatria são necessários.
Palavras-chave: Reanimaçao cardiopulmonar; Pediatria; Parada cardíaca.
Caio Bruno Andrade Nascimento; Rafael Chagas Silva1, Gustavo Fernandes da-Silva
Revista de Pediatria SOPERJ - V.20, Nº4, p151-154, Dezembro 2020
ResumoINTRODUÇÃO: A transposição dos grandes vasos é uma anormalidade estrutural do coração descrita como uma concordância atrioventricular e uma discordância ventriculoatrial, presente em um a cada 3.000 nascidos vivos, sendo necessária a realização de cirurgia de correção ainda na infância.
OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente de 21 anos que havia sido operado para corrigir a doença em 1999, obtendo um bom prognóstico, relacionar com o quadro de hipercolesterolemia familiar e os hábitos de vida do paciente e observar fatores e condutas que contribuíram para um bom desfecho clínico.
DESCRIÇÃO DO CASO: Relatou-se o caso de um paciente que, nascido a termo e cianótico, foi diagnosticado precocemente com transposição dos grandes vasos com comunicação interatrial, descompensou o quadro cianótico no pré-operatório de maneira a ser encaminhado para o centro de terapia intensiva, onde, evoluindo com suspeita de sepse, fora submetido a antibioticoterapia. Foi operado aos sete dias e apresentou insuficiência ventricular esquerda ao sair da circulação extracorpórea, a qual posteriormente teve melhora com êxito. Na adolescência, foi diagnosticado com hipercolesterolemia familiar, dando início a tratamento com estatinas. Atualmente (2020), apresenta-se em classe funcional I e realiza atividades físicas regulares sem queixas.
DISCUSSÃO: A pré-existência da comunicação interatrial foi fundamental para evitar o óbito no momento da descompensação cianótica no período pré-operatório, pois permitiu mistura dos sangues oxigenado e não oxigenado. Paciente apresenta bloqueio de ramo direito como sequela assintomática, ocorrência comum em cirurgias cardíacas.
Palavras-chave: Cardiopatias. Transposição dos grandes vasos. Procedimentos cirúrgicos cardíacos. Pediatria.