Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Diagnóstico tardio de Aids em crianças: revendo as oportunidades perdidas na profilaxia da transmissão materno-infantil e no diagnóstico precoce do HIV

Late diagnosis of Aids in children: reviewing lost opportunities in prophylaxis of mother-to-child transmission and early diagnosis of HIV

Mayara Secco Torres da Silva; Mariana Kappaun de Andrade; Bill Carlos Manhaes Júnior; Carolina Airao Destefani; Filipe Antônio de Carvalho Freitas; Nathalia Mazolli Veiga; Giovana Figueira Rodrigues Vieira; Juliènne Martins Araújo; Danielle Plubins Bulkool; Claudete Aparecida Araújo Cardoso

Revista de Pediatria SOPERJ - V.17, Nº2, p41-45, Junho 2017

Resumo

OBJETIVO: a transmissão materno-infantil do HIV (TMIHIV) é a principal via de transmissão do vírus em crianças, correspondendo à quase totalidade dos casos nessa faixa etária. A implementação de medidas eficazes para redução da TMIHIV ocasionou na redução da transmissão para menos de 1% dentre crianças expostas ao vírus. O diagnóstico precoce da infecção pelo HIV está relacionado à menor morbimortalidade da população afetada. O objetivo deste artigo é relatar um caso de diagnóstico tardio de Aids em uma criança e rever as oportunidades perdidas na profilaxia da TMIHIV e no diagnóstico precoce da infecção.
DESCRIÇÃO DO CASO: trata-se de paciente de oito anos, masculino. Mãe com pré-natal irregular e diagnóstico de infecção pelo HIV no momento do parto. Embora orientada no momento da alta, não procurou assistência médica especializada para a criança. O paciente evoluiu com parotidite, linfadenomegalia e um episódio de pneumonia. Após a primeira pneumonia foi encaminhado para investigação diagnóstica ambulatorial, contudo não compareceu para seguimento clínico. Somente durante a segunda internação por quadro pulmonar arrastado foi realizado o diagnóstico de HIV na criança. Na ocasião, a mãe e a criança tiveram o diagnóstico de tuberculose pulmonar, sendo iniciados durante a internação os tuberculostáticos e posteriormente a terapia antirretroviral combinada. A criança segue em controle clínico ambulatorial com boa adesão ao tratamento.
DISCUSSÃO: o presente caso reforça a necessidade de se pensar precocemente no diagnóstico de HIV em crianças, a fim de se evitar a progressão da doença e melhorar o prognóstico e a sobrevida nessa faixa etária.


Palavras-chave: HIV. Síndrome da imunodeficiência adquirida. Diagnóstico tardio.

Doença péptica gastroduodenal por Helicobacter Pylori em crianças

Danielle Plubins Bulkool; Rafael Del Castillo; Adauto Dutra Moraes Barbosa

Revista de Pediatria SOPERJ - V.3, Nº1, p0, Junho 2002


Palavras-chave:

RELATO DE CASO: HEPATITE AUTOIMUNE TIPO I EM ADOLESCENTE DO SEXO MASCULINO

BRUNA ITAMI OHARA PIMENTA (UFF); ROGER DOMINGOS ALMEIDA (UFF); FLORA DE SOUZA BRAVO (UFF); BARBARA NEFFA LAPA E SILVA (UFF); ISABEL BUTTER AMIM (UFF); TAYNA GONTIJO DE CARVALHO (UFF); ALINE FALCI LOURES (UFF); MARCELLA DOMINGOS ALMEIDA (UFF); MAITE DOMINGOS ALMEIDA (UERJ); DANIELLE PLUBINS BULKOOL (UFF)

Revista de Pediatria SOPERJ - V.16(supl 1), Nº3, p94,  2016


Palavras-chave:

Síndrome de Mauriac em criança com diabetes mellitus do tipo 1 e controle glicêmico inadequado

Mauriac Syndrome in a child with type 1 diabetes mellitus and inappropriate glycemic control

Gabrielle Macedo Pedrosa; Eduardo Machado Gaiane; Rafaella Maia Paredes; Laura Gonçalves Machado; Cléo Bragança Cardoso; Danielle Plubins Bulkool

Revista de Pediatria SOPERJ - V.16, Nº1, p26-30, Fevereiro 2016

Resumo

Objetivo: Alertar sobre a importância do controle glicêmico adequado na regressão do quadro clínico da Síndrome de Mauriac (SM).
DESCRIÇÃO DO CASO: CJOS, 9 anos e 7 meses, sexo feminino. Ao longo de 8 anos, teve múltiplas internações por cetoacidose diabética e hiperglicemia, uma das quais ocorreu em novembro de 2014 no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). Apresentava atraso do desenvolvimento pôndero-estatural, estando abaixo do percentil 15; porém, com índice de massa corporal (IMC) próximo do percentil 50. Também detinha glicohemoglobina (HbA1c) de 13,3%, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, aumento das transaminases e inversão do padrão albuminaglobulina. Após alta com terapia adequada, foi internada novamente em fevereiro de 2015 por falta de adesão ao tratamento e de manutenção do descontrole glicêmico. Foi realizada ultrassonografia abdominal, que mostrou hepatomegalia difusa com contornos regulares. Os exames laboratoriais mostraram alterações similares aos da internação em 2014. A paciente foi tratada com insulinização venosa e recebeu alta com plano terapêutico ambulatorial.
DISCUSSÃO: A Síndrome de Mauriac é uma forma rara de diabetes mellitus do tipo 1 (DM1), uma das doenças mais importantes em pacientes pediátricos. Caracteriza-se pela tríade: hepatomegalia, retardo do crescimento e diabete mal controlado, por um período de longa duração. O quadro clínico é explicado pelo descontrole glicêmico e pelas alterações endócrinometabólicas, causadas pela hiperglicemia e pela insulinoterapia. O diagnóstico é clínico, e a base do tratamento é o rígido controle glicêmico, podendo levar à regressão dos sintomas que caracterizam a síndrome.


Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1, glicogênio hepático, hepatomegalia, Síndrome de Mauriac.

Velocidade de hemossedimentação (VHS) como marcador laboratorial de resposta terapêutica na osteomielite aguda

Erythrocyte sedimentation rate (ESR) as a laboratorial marker for therapeutic response in acute osteomyelitis

Lucas Saraiva da Silva; Marcelo Velmovitsky; Ingrid David Giuliani Maraboti; Danielle Plubins Bulkool; Rafael Del Castillo Vilalba; Claudete Aparecida Araújo Cardoso; Salim Kanaan

Revista de Pediatria SOPERJ - V.17, Nº3, p28-33, Outubro 2017

Resumo

INTRODUÇÃO: a osteomielite é um processo inflamatório-infeccioso ósseo potencialmente grave que pode ocasionar sequelas. Staphylococcus aureus é o principal agente etiológico e as manifestações clínicas mais comuns incluem: irritabilidade, febre, sinais flogísticos e pseudoparalisia. O diagnóstico depende da suspeita clínica, e os exames complementares, como velocidade de hemossedimentação (VHS), podem auxiliar no diagnóstico.
OBJETIVO: apresentar um caso de osteomielite aguda em lactente e discutir a importância do VHS como ferramenta laboratorial para o diagnóstico dessa condição e para o acompanhamento da resposta ao tratamento instituído.
DESCRIÇÃO DO CASO: lactente de 8 meses, previamente hígida, apresentou impotência funcional em ombro direito, edema articular e febre após episódio de flebite durante uma internação por bronquiolite aguda. Na hemocultura houve crescimento de Staphylococcus aureus resistente à meticilina associado à comunidade (CA-MRSA). Exames de imagem revelaram acometimento ósseo e articular, e exames laboratoriais corroboraram o diagnóstico de osteomielite aguda. Realizou tratamento com vancomicina venosa por seis semanas e clindamicina oral por mais duas semanas, apresentando evolução clínica e laboratorial favoráveis.
DISCUSSÃO: a VHS é um exame laboratorial inespecífico, porém utilizado como auxiliar no diagnóstico de várias afecções. É útil na documentação de processo inflamatório, na avaliação do grau de extensão e, em alguns casos, como acompanhamento da resposta ao tratamento. Além disso, VHS é o exame laboratorial mais sensível no diagnóstico de infecções osteoarticulares, pois geralmente encontra-se aumentado desde a fase inicial da doença, contribuindo, junto com os aspectos clínicos e radiológicos, para seu diagnóstico e controle do tratamento.


Palavras-chave: Osteomielite. Diagnóstico. Lactente. Cuidado da criança.