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Silva, C.M.C; Oliveira, I.V.D.; Lustosa, S.A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p98, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A infecção de trato urinário (ITU) mostra-se prevalente em crianças, gerando risco de complicações que, associados à repetição do quadro, podem levar ao desenvolvimento de cicatrizes renais, com evolução para hipertensão arterial e/ou insuficiência renal.
OBJETIVO: Relatar casuística retrospectiva de 211 crianças com ITU durante encaminhamento ou seguimento de ambulatório público de nefrologia pediátrica.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal descritivo de abordagem quantitativa. Foram coletados 211 prontuários de pacientes assistidos em ambulatório público de nefrologia pediátrica atendidas de janeiro de 2005 a dezembro de 2012, com idade entre 0 a 16 anos e diagnóstico de ITU. Foram considerados todos os pacientes encaminhados por ITU e/ou que apresentaram em algum momento do seguimento no ambulatório. As variáveis incluíram sexo, idade, sinais/sintomas, exames diagnósticos e doenças associadas.
RESULTADOS: Pacientes do sexo feminino representaram 80,09% (169) dos casos, contra 19,9% (42) do sexo masculino. Lactentes com idade inferior a 12 meses representaram 18% (38) dos casos. A febre esteve presente em 60,66% (128) dos casos. Entre as queixas principais, 18,48% (39) relataram dor abdominal e 15,63% (33) disúria. As crianças assintomáticas somaram 8,05% (17). A constipação intestinal esteve associada em 26,06% (55) dos casos. O diagnóstico para ITU foi dado por exame de urina tipo I (EAS) em 73,46% (155) contra apenas 26,54% (56) por urocultura. 32,22% (68) receberam alta ambulatorial.
CONCLUSÃO A infecção urinária foi predominante no sexo feminino em acordo com a literatura, porém acima das médias encontradas nos principais estudos. Maior acometimento em lactentes com idade inferior a 12 meses, necessitando de atenção preventiva específica. A constipação intestinal mostrou-se como importante associação. Apesar do diagnóstico definitivo ser firmado por urocultura (padrão ouro), ainda é pouco utilizado se comparado ao EAS.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA
Palavras-chave:
Silva, C.M.C; Oliveira, I.V.D.; Lustosa, S.A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p97, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: As primeiras descrições de doenças renais em pediatria datam do século XIX Todavia, apenas a partir do século XX a nefrologia pediátrica se estabeleceu como especialidade médica reconhecida. O desenvolvimento de novas terapêuticas nefrológicas e acompanhamento específico possibilitaram lidar com a fisiologia e fisiopatologia dos rins e trato urinário em crianças e adolescentes, grupo etário que apresenta características constitucionais próprias.
OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico do ambulatório público de nefrologia pediátrica da maior cidade da região Sul Fluminense e a terceira maior do interior do estado do Rio de Janeiro.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal descritivo de abordagem quantitativa. Foram coletados 631 prontuários dos pacientes assistidos em ambulatório público de nefrologia pediátrica desde sua fundação (2005), até o ano de 2012, com idade entre 0 e 16 anos. Foram excluídos 14 prontuários por apresentarem dados incompletos. Foram avaliados sexo, idade, diagnóstico de encaminhamento, alta, acompanhamento, transferência, abandono e óbito.
RESULTADOS: Dos 617 prontuários avaliados, 29,17% (180) corresponderam à infecções de trato urinário, representando o diagnóstico de maior encaminhamento para avaliação e acompanhamento. Em segundo lugar, com 11,83% (73) a Enurese Noturna. A idade de maior acometimento foi 7 anos, com 9,72% (60), seguido de 8 anos, com 8,75% (54). A faixa etária de 0 a 2 anos apresentou destaque, somando 25,26% (156) dos casos. Prevalência do sexo feminino. O ambulatório apresentou 24,84% (151) de altas e 61,26% (378) de abandono.
CONCLUSÃO Os principais motivos de encaminhamento foram Infecção Urinária, Enurese Noturna e Hematúria, correspondendo a 49,75% (307) dos atendimentos da unidade, acordados parcialmente com a literatura. A importante demanda pela especialidade nefrológica pediátrica do município reforça a necessidade da manutenção do mesmo. Acreditamos que o alto valor de abandono esteja relacionado principalmente à melhora clínica destas crianças, mesmo com orientações acerca da importância do seguimento.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA
Palavras-chave:
Oliveira, I.V.D.; Torres, A.M.; Pereira, A.F.C.; Webhe, M.A.M.; Oliveira, H.C.C.; Lustosa, S.A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p95, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O Sudeste constitui 49,7% dos 41.249 casos registrados de Sífilis Congênita entre 1998 e 2007, levando à desfechos negativos da gestação em aproximadamente 50 % dos casos com complicações precoces e tardias, apesar de grande mobilização para sua prevenção.
OBJETIVO: Descrição de caso sobre Pseudoparalisia de Parrot em pronto atendimento.
MATERIAL E MÉTODO: Lactente com 1 mês de vida,sexo masculino, 3 kg, deu entrada em pronto socorro público de Volta Redonda-RJ por irritação ao manipular membros superiores. Nascido de parto normal, 41 semanas, movimentos e reflexos preservados. A mãe realizou 4 consultas de pré-natal, VDRL positivo durante gestação, feito 3 doses de Penicilina Benzatina. Pai sem tratamento. Nenhuma investigação do neonato durante permanência em alojamento conjunto. Exame físico hipocorado 2+/4+, membros superiores com paresia e paralisia bilateralmente, edema periulnar simétricos, diminuição da força, diminuição do reflexo bicipital. Preensão palmar e Reflexo de Moro ausentes. Exames laboratoriais com seguintes resultados: Líquor mostrando glicose 56, proteína 146, VDRL 1/8, citometria (leuco 200; hemácias 140000), citologia (85% mononucleares; 17% polimorfonucleares). VDRL no sangue do lactente 1/512 e materno 1/16. Radiografia mostrando periostite bilateral e simétrica. Foi diagnosticado Neurossífilis e Pseudoparalisia de Parrot. Iniciou-se Penicilina Cristalina 100.000UI/kg por 14 dias, com melhora parcial dos movimentos no 3º dia. No 7º dia, houve melhora parcial de paresia do membro superior direito. No 9º dia o membro superior esquerdo realizava flexão. Os reflexos e força normalizaram-se. O Paciente obteve alta no 14º dia de internação com melhora total,. O lactente continua em acompanhamento ambulatorial.
RESULTADOS: Dentre as manifestações de Sífilis Congênita, a Pseudoparalisia de Parrot é observada em 16% dos casos, caracterizada por periostite com dor à movimentação ativa ou passiva dos membros, principalmente superiores, havendo irritabilidade e imobilidade.
CONCLUSÃO A Sífilis, com aumento de incidência nos países em desenvolvimento, reflete falhas no controle das DSTs, programas de pré-natal e execução dos protocolos pelas maternidades, como demonstrado pelo relato. Destaque evolutivo da Pseudoparalisia de Parrot e, ainda, Neurossífilis.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA
Palavras-chave: