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Fonseca, G.M.; Albernaz, A.L.G.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p100, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A Pediatria é uma especialidade médica que requer muita atenção aos detalhes. Observar o desenvolvimento, identificar alterações e fazer intervenções precoces podem mudar o prognóstico de uma vida inteira.
OBJETIVO: Destacar a necessidade de o pediatra estar atento à atrasos no desenvolvimento. Descrevemos um caso em que o diagnóstico final de síndrome de Dandy-Walker foi estabelecido somente aos vinte meses de vida e o acompanhamento multiprofissional durante o processo de investigação diagnóstica foi fundamental para a melhora do prognóstico.
MATERIAL E MÉTODO: Criança do sexo masculino acompanhada pelo Instituto Fernandes Figueira a partir dos dois meses de idade, encaminhada para tratamento de hidrocele e criptorquidia. A criança apresentava manchas róseas cutâneas na face e região lombo sacra e atraso motor observado aos seis meses de vida. Foi encaminhada para avaliação da fisioterapia e terapia ocupacional, enquanto se procedia a investigação diagnóstica através de pareceres da Dermatologia, Neurologia, Genética. Foram solicitados os estudos radiológicos e tomográficos da coluna lombo sacra. Os estudos preliminares não foram elucidativos, tendo o diagnóstico de síndrome de Dandy-Walker sido estabelecido após realização de ressonância magnética de crânio.
RESULTADOS: A síndrome de Dandy-Walker não possui tratamento específico, consiste de malformações congênitas do sistema nervoso envolvendo três maiores anormalidades: dilatação cística do IV ventrículo, agenesia completa ou parcial do vermis cerebelar e hidrocefalia, que pode tornar-se aparente após meses ou anos de vida. A maioria dos casos é diagnosticado por ultrassonografia realizada durante o período pré-natal ou neonatal. No caso em questão, o diagnóstico só foi possível com a realização da ressonância magnética de crânio.
CONCLUSÃO O caso se destaca pelo diagnóstico etiológico tardio e o encaminhamento pelo pediatra para tratamento fisioterápico e de terapia ocupacional em uma etapa de maior plasticidade do sistema nervoso, melhorando o prognóstico do paciente.
Responsável
PASCALE GONÇALVES MASSENA
Palavras-chave:
Aranda, R.M.M.C.; Albernaz, A.L.G.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p101, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: Conhecer a história é fundamental para aperfeiçoar o presente e criar bases para o futuro. Desde a sua origem, no fim do século XIX, até os dias atuais, a puericultura incorporou características próprias de cada momento e local em que foi praticada.
OBJETIVO: Resgatar a história da puericultura e da atenção à criança no Brasil.
MATERIAL E MÉTODO: Procedeu-se a revisão da literatura por meio de busca nos bancos de dados LILACS, MEDLINE e ScIELO, e seleção de artigos relacionados ao tema.
RESULTADOS: A puericultura sofreu mudanças significativas nos últimos anos. Antes era um conjunto de noções e técnicas sobre cuidados de higiene, nutrição e disciplina de crianças pequenas, que era passado de mãe para filha ao longo dos tempos. Após a apropriação pela pediatria geral, transformou-se em ciência, com aplicações baseadas em evidências cientificas modulada pelas boas práticas em saúde.
CONCLUSÃO Observa-se que a puericultura interage com aspectos sociais, econômicos e culturais. A promoção da saúde, baseada na proposta da atenção integral ao indivíduo, faz da pediatria geral uma prática médica capaz de prevenir, tratar doenças e incentivar a autonomia. O pediatra geral precisa cada vez mais ter consciência do seu papel como educador e formador de opinião, aproximando-se da sociologia e antropologia, além dos conhecimentos biomédicos e evidências cientificas. É necessário, ainda, conhecer o cenário no qual está inserido a fim de pensar criticamente e ter uma atuação que busque o melhor para cada paciente em sua individualidade.
Responsável
PASCALE GONÇALVES MASSENA
Palavras-chave: