Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Endocrinologia

CETOACIDOSE DIABÉTICA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PEDIÁTRICA

 

GIULIANE SARMET MOREIRA DAMAS DOS SANTOS PORTILHO DE CASTRO (UNIFESO ); VIVIANE DAMAS RIBEIRO DOS SANTOS (HINSG ); SUELLEN PIMENTEL DE BARROS (HINSG )

 

P-057

OBJETIVO: Avaliar as características de crianças com Cetoacidose Diabética (CAD) que deram entrada em um serviço de referência pediátrica no Espírito Santo/ES.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo de variáveis clínicas e laboratoriais da internação de 12 pacientes por CAD no período de 01/01 a 01/07/2016.
RESULTADOS: Dos doze pacientes, 66,7% eram do sexo feminino e a média da idade foi de 11,3 anos (mín 4 e máx. 17) A média de idade do diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 1(DM1) foi de 8,27. Em 4 casos, a CAD foi a primo-manifestação. Foi classificada grave em 58% dos casos e moderada em 42%. Nenhum paciente foi admitido em choque hipovolêmico e nem em coma. O intervalo para correção da acidose metabólica com a insulinoterapia a 0,1U/kg/h foi entre 01:53 min a 23 horas. Hipoglicemia ocorreu em 66,7% dos pacientes durante a internação. O potássio real inicial variou de 0,8-3,76mEq/l, o sódio corrigido variou entre 131,1-152,9 mEq/l e a Osmolaridade sérica de 270,2-321,0 mmol/L. Em nenhum desses casos foi usado o bicarbonato endovenoso e nenhuma criança evoluiu a óbito. O tempo médio de internação foi de 70 horas, sendo principal causa de descompensação a infeccção.
CONCLUSÃO: Na amostra estudada, a CAD predominou em pacientes do sexo feminino, de idade inferior a 13 anos, cujo o principal fator causal analisado foram as infecções que levaram a uma manifestação grave da doença, porém todos os pacientes apresentaram boa evolução e sem complicações graves. Diante disto, o sucesso terapêutico está diretamente correlacionado ao precoce reconhecimento clínico e laboratorial da doença, assim como com o manejo adequado.