Endocrinologia
DESCRIÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES REALIZADOS EM MENINAS COM PRECOCIDADE SEXUAL.
ANA LUIZA VELTEN MENDES (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); WALLACE SALES GASPAR (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); ANA PAULA NEVES BORDALLO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); CLARICE BORSCHIVER DE MEDEIROS (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); DANIEL SCHUEFTAN GILBAN (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); ISABEL REY MADEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); PAULO FERREZ COLLETT-SOLBERG (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO); FERNANDA MUSSI GAZOLA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO)
P-052
OBJETIVO: Descrever as principais alterações encontradas em exames complementares realizados em meninas com precocidade sexual.
MÉTODO: Foram revisados prontuários de 26 pacientes com diagnóstico de precocidade sexual atendidas no período compreendido entre 1998 e 2016 para análise de dados relevantes. Os critérios de inclusão foram meninas com início de desenvolvimento de mamas e pêlos antes dos 8 anos de idade. Foram excluídos casos de pubarca precoce isolada. As pacientes foram classificadas de acordo com o diagnóstico de puberdade precoce central, puberdade precoce periférica e telarca precoce isolada. Foram pesquisados os achados de idade óssea com avanço maior que 12 meses em relação à idade cronológica, volume uterino maior ou igual a 4cm³ e LH basal maior que 0,6mUI/ml.
RESULTADOS: Dos 26 casos analisados a idade na primeira consulta variou de 10 meses a 9 anos e 1 mês. Foi diagnosticado puberdade precoce central em 18 pacientes, telarca precoce isolada em 5 e Síndrome de McCune-Albright em 3 pacientes com puberdade precoce periférica. A frequência de idade óssea avançada acima de 12 meses foi de 57,6%, sendo a média de avanço de 20,3 meses. Volume uterino aumentado foi encontrado em 46,1% das pacientes e LH acima de 0,6mUI/ml em 42,3%. Das crianças diagnosticadas com telarca precoce, nenhuma apresentou qualquer alteração laboratorial ou de imagem. 7 crianças apresentaram apenas uma alteração de exames, enquanto 8 tinham duas alterações e 5 três alterações.
CONCLUSÃO: Dentre os casos selecionados atendidos com queixa de precocidade sexual, o principal diagnóstico foi de puberdade precoce central. A maior parte das crianças tinha dois achados laboratoriais alterados, sendo a idade óssea avançada o achado mais comum. Apesar do pequeno numero de casos analisados é importante atentar para a maior incidência de avanço da idade óssea nos casos de puberdade precoce central.