Endocrinologia
PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO ACOMPANHADOS EM UM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA
WALLACE SALES GASPAR (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); ANA LUIZA VELTEN (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); ANA PAULA BORDALLO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); CLARICE BORSCHIVER (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); DANIEL GILBAN (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); CLAUDIA BRAGA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); FERNANDA GAZOLLA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); ISABEL MADEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ); PAULO SOLBERG (HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO - UERJ)
P-053
OBJETIVO: Traçar o perfil clínico e laboratorial dos pacientes acompanhados em um ambulatório de Endocrinologia Pediátrica, com o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico.
MÉTODO: Foram revisados 31 prontuários de pacientes atendidos no ambulatório, realizando o levantamento de características clínicas e laboratoriais, como estatura, IMC e níveis de TSH e T4 livre na primeira consulta e no seguimento dos mesmos, demonstrando a evolução destes parâmetros.
RESULTADOS: A idade média na primeira consulta dos pacientes encaminhados foi de 7,7 anos, e os níveis de TSH em sua primeira dosagem foram, em média, 7,8 mcUi/ml e de T4 livre de 1,46 ng/dL. A dosagem de anticorpo anti-TPO também foi realizada, sendo positivos em 35,40% dos casos. O Z escore de estatura foi de -0,26 em média (+ 2,11 DP), tendo uma variação de -0,019 (+0,32 DP) no primeiro ano de acompanhamento, enquanto o Z de IMC na primeira consulta foi de + 0,96 (+ 1,98 DP), com variação de + 0,68 (+ 0,86 DP) também no primeiro ano. A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (54,83%), e entre todos os pacientes, 10 eram classificados como obesos, correspondendo a 32,20% do número total, com presença de bócio em apenas 1 paciente (0,32%). Pacientes com síndrome de Down corresponderam a 9,67% dos pacientes, assim como pacientes com outras síndromes genéticas não especificadas. De todos os pacientes analisados, apenas 6 se encontram em tratamento com reposição de Levotiroxina, correspondendo a 19,35% do total.
CONCLUSÃO: A partir dos dados coletados, pode-se concluir que a maioria dos pacientes com hipotireoidismo subclínico não evolui com hipotireoidismo franco, mantendo níveis de anticorpos anti-TPO negativos e ausência de bócio, permitindo assim apenas o acompanhamento dos níveis de TSH e T4 livre conforme recomendado na literatura.