Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Aleitamento Materno

PREVALÊNCIA DE ERRO ALIMENTAR EM COMUNIDADE CARENTE DO RIO DE JANEIRO

 

LUCIANA NUNES COSTA (SOUZA MARQUES); LETICIA GUSMAN (SOUZA MARQUES); ANA VITORIA MILITAO SANSONOWSKI (SOUZA MARQUES); ANNA MELICHAR (SOUZA MARQUES); GLAUCIA DE LIMA (SOUZA MARQUES); JOAO GABRIEL QUEIROZ (SOUZA MARQUES); FABRICIO GOMES DA SILVA (SOUZA MARQUES); PAMELA CAROLINA LAGO (SOUZA MARQUES); VICTORIA PEREIRA (SOUZA MARQUES); PAULA FONSECA (SOUZA MARQUES)

 

O-001

OBJETIVO: Analisar o perfil alimentar de crianças menores de dois anos oriundas de áreas carentes do Rio de Janeiro e evidenciar possíveis erros alimentares relacionados com alimentação complementar precoce e o preparo da fórmula infantil.
MÉTODO: Estudo transversal descritivo realizado no período de abril a agosto de 2016. Aplicou-se um questionário com 120 mães, moradoras da zona Oeste e Norte do Rio de Janeiro, durante consulta de puericultura de seus infantes.
RESULTADOS: Das mães entrevistadas, 59% mantiveram aleitamento materno exclusivo até 6 meses. Porém, identificou-se que 41% das mães se obtiveram de alimentação complementar por uso de fórmula infantil até os 6 meses. Destas, 33% se utilizaram de alimentação complementar de modo exclusivo, 40% conjuntamente e 27% eventualmente. Acerca da proporção utilizada para preparo da fórmula infantil, 77% mães o administraram de forma correta contra 23% que diluíram demais/menos a formula. Evidenciou-se que 65% das mães não receberam instrução de qualquer profissional da saúde sobre preparo da mesma. Ainda sobre o preparo, notou-se que apenas 52% mães ferviam a agua e 2% utilizava agua da bica. Quanto a ingestão de alimentos além do leite materno pela criança, 31% das mães o faziam de modo indevido e iniciavam a criança em média de 20% aos dois meses de vida, 30% entre o terceiro e quarto mês e 25% no quinto mês de vida.
CONCLUSÃO: Observou-se que uma parcela considerável de mães complementavam a alimentação de menores de 6 meses, sem o uso da fórmula infantil, com outros alimentos. Dentre estes, predominantemente a água. Outrossim, o estudo destacou a frágil instrução das mães em relação ao fornecimento de outros alimentos além do leite materno, o preparo da formula infantil e a qualidade da água servida a criança menor de 6 meses.