Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Trichomicosis nodularis: piedra branca, um caso infrequente em criança com acometimento de couro cabeludo

 

Guimaraes MG; López AM; Nisembaum D; Bianco S; Hertz A

Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiroy/Unig-Universidade Iguaçu, Campus V Itaperuna/Universidade Gama Filho.

 

 

RESUMO

A piedra branca é uma micose superficial, infrequente, causada pelo Trichosporon beigelli, encontrada em áreas tropicais e temperadas. Acomete principalmente os pelos da barba, axilas e região pubiana e com menor frequência os pelos do couro cabeludo. Apresenta curso indolente, embora pacientes imunossuprimidos possam apresentar quadros sistêmicos, muitas vezes fatais. O objetivo do trabalho é relatar um caso de piedra branca de localização atípica. Relatamos um caso de uma paciente feminina, de 10 anos de idade, com queixa de grânulos esbranquiçados nos fios do couro cabeludo. Foi realizado diagnóstico com base no exame físico, e confirmado com exame microscópico e cultura. O tratamento foi feito com xampu de cetoconazol e solução de ácido salicílico. Nosso diagnóstico se baseou no encontro dos grânulos esbranquiçados e macios no pelo do couro cabeludo, na ausência de outros sintomas e no exame microscópico e cultura que evidenciaram, respectivamente, estruturas fúngicas esbranquiçadas ao redor do pelo e o crescimento de colônias esbranquiçadas e cremosas, características do Trichosporon beigelli.
CONCLUSÃO: Ressaltamos a importância de conhecer esta micose infrequente por meio das características encontradas ao exame físico e do uso dos recursos laboratoriais. O correto diagnóstico propicia o tratamento adequado e diferencia de outras doenças, com manifestação semelhantes, como a pediculose, principalmente em países tropicais como o Brasil. É valido reforçar que em pacientes imunocompetentes a evolução é benigna, mas a não identificação do reservatório fúngico em pacientes imunossuprimidos poderia levar a complicações graves, incluindo a morte..

 

Responsável
Mariana Gardone Guimarães