Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Presença do pai em casa e vulnerabilidades de adoecimento de seus filhos

 

Oliveira CT; Hable IG; Amaral G; Ghelman P; Lima GM

Instituto Técnico-Educacional Souza Marques.

 

 

RESUMO

A criança deve ser assistida como um todo e seu ambiente, alimentação e psiquismo podem influenciar no seu adoecimento. O enfoque do tema vem da conjectura de provável associação da convivência cotidiana de uma criança com o seu genitor e a sua saúde.
OBJETIVO: Identificar a presença do pai em casa como importante fator relacionado à redução de situações adversas em Pediatria.
MÉTODO: Estudo de coorte descritivo de dados de questionário aplicado pelas Monitoras de Pediatria da Medicina Souza Marques a responsáveis por crianças assistidas no Polo Itanhangá de atenção primária. Variáveis epidemiológicas estudadas: aleitamento materno, imunoprevençao, infecções respiratórias, gastrointestinais e urinárias, alergia (dermatite, rinite e/ou bnonquite) e hospitalizações. Considerou-se variável de desfecho para correlação estatística, a presença ou ausência domiciliar do pai, observando-se Odds ratio com intervalo de confiança 95% e significativo o p < 0,05.
RESULTADOS: Dentre as 89 crianças, 30% lactentes: 24 (80%) moravam com o pai e 19 dos 24 (63%) receberam aleitamento adequado. Odds Ratio 7,6 (0.7-7.5) IC 95% p=0,02. Dos 89,45 (50%) apresentaram alergia, sendo que 41 (91%) moravam com o pai OR 9,3 (1,6-10,0)IC p=0,0001 .Nao se demonstrou significância estatística em geral quanto ao calendário vacinal, infecções e hospitalizações relacionadas a presença do pai em casa.
CONCLUSÕES: A faixa etária menor guarda estreita relação com a permanência do pai em casa. Ressalta-se a grande probabilidade de desmame precoce quando a mãe não co-habita com o pai. O estudo demonstrou a grande chance de uma criança apresentar alergia quando o pai está presente em seu cotidiano e nos remete a reflexão da necessidade de estudo posterior focando condições no pai que possam vir a deflagrar esta relação de alergia.

 

Responsável
Priscila Ghelman