Artigo Original
Intervenções dietéticas na mãe e no bebê para o tratamento da cólica em lactentes saudáveis: uma revisão sistemática
Dietary interventions in mother and baby for the treatment of colic in healthy infants: a systematic review
Susana Frigini; Tainá Nascimento Passarinho; Camila Pugliese
DOI:10.31365/issn.2595-1769.v24i3p82-92
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Instituto da Criança e do Adolescente - São Paulo - São Paulo - Brasil
Endereço para correspondência:
Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SP - Brasil
Recebido em: 03/11/2022
Aprovado em: 16/12/2023
Resumo
A confirmação de que os lactentes que apresentam cólica possuem uma microbiota intestinal desequilibrada trouxe o interesse por pesquisas que avaliem a suplementação probiótica na melhora dos sintomas. Estudos sugerem que a suplementação de probióticos para gestantes, lactantes e lactentes e uma dieta materna com baixo teor de FODMAPs pode estar associada a uma melhora dos sintomas da cólica do bebê. O objetivo deste trabalho foi avaliar se essas estratégias são eficazes para o tratamento da cólica até o terceiro mês de vida. Resultados: Dentre os 16 estudos analisados, a suplementação de probióticos do gênero Lactobacillus e Bifidobacteria tanto na mãe quanto no bebê parecem reduzir a cólica infantil. A dieta materna com baixo teor de FODMAPs também apresentou resposta promissora. Conclusão: Apesar dos resultados animadores, mais trabalhos precisam ser realizados a fim de comprovar a hipótese das estratégias nutricionais na mãe e no bebê.
Palavras-chave: Cólica. Dieta. Terapêutica.
Abstract
The confirmation that infants with colic have an unbalanced intestinal microbiota led to the interest for research that evaluates probiotic supplementation to improve the symptoms. Studies suggest that probiotic supplementation for pregnant, breastfed infants, and breastfeeding women together with a maternal diet low in FODMAPs may be associated with the improvement of baby colic symptoms. This study aimed to evaluate whether these strategies are effective for treatment up to the third month of life. Results: Among the 16 studies analyzed, supplementation of probiotics species of the genus Lactobacillus and Bifidobacteria in both mother and baby seems to reduce infant colic. The maternal diet low in FODMAPs also showed a promising response. Conclusion: Despite encouraging results, further research must be carried out to prove the hypothesis of nutritional strategies in mothers and babies.
Keywords: Colic. Diet. Therapeutics.
INTRODUÇÃO
A nutrição e o padrão alimentar nos primeiros meses de vida têm papel fundamental na definição da programação metabólica e carga genética do indivíduo.1 O aleitamento materno representa a melhor e mais adequada forma de suprir as necessidades nutricionais dos primeiros meses de vida, proporcionando crescimento e desenvolvimento adequados, protegendo contra doenças infecciosas, crônicas e agudas, além de contribuir com um melhor quadro psicológico da mãe e do bebê.2
O neonato é definido como o bebê de idade entre 0 e 29 dias; e o lactente, de 29 dias a 2 anos.3 A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que o aleitamento materno seja preservado até os seis meses de vida de forma exclusiva e até os dois anos e meio de idade ou mais de forma complementar.4
A cólica do lactente pode ser definida como a "regra de três", ou seja, sintomas de irritabilidade, agitação ou choro por no mínimo três horas por dia, em três dias da semana, durante três semanas ou mais, pelo critério de Wessel. É um desconforto gastrointestinal presente em aproximadamente 20% dos bebês menores de três meses.5
A cólica do bebê configura um desafio familiar intenso, já que os responsáveis pela criança possuem dificuldade para enfrentar episódios incontroláveis de choro, ocasionando problemas de estresse e preocupação exacerbada.6 As crises geram desespero e angústia na família, pois a cólica tem alto impacto na rotina familiar, resultando em stress, ansiedade e aumento do risco de depressão materna. Apesar de sua natureza benigna é o motivo mais comum de procura por orientação médica nessa faixa etária.6
A confirmação de que os lactentes que apresentam cólica possuem uma microbiota intestinal desequilibrada trouxe o interesse por pesquisas que avaliem a suplementação probiótica, a fim de melhorar a qualidade da microbiota, bem como a inflamação presente no intestino, tratando essa intercorrência.7 A cólica do lactente geralmente se inicia nas duas ou três primeiras semanas de vida, atingindo o pico com seis semanas e desaparecendo aos três meses de vida.8
Pensando em minimizar a angústia, mães de diversas culturas que amamentam modificam sua dieta com frequência, a fim de acalmarem seus bebês. Geralmente retiram alimentos que causem flatulência, como verduras crucíferas, cebola, alho, leguminosas e pães ou cereais que contenham trigo e centeio.9
Alguns estudos avaliaram uma possível interferência de nutrientes no aparecimento da cólica do lactente; outros sugeriram que uma dieta com baixo teor de FODMAPs (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols), adotada pela mãe, parece estar associada a uma melhora dos sintomas da cólica.10
A suplementação de probióticos para gestantes e lactantes também pode estar associada à modulação da composição de bactérias do leite materno, bem como os níveis de moléculas imunológicas, trazendo benefícios para o lactente, desde sintomas gastrointestinais até alergias.11
O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes estratégias dietéticas em lactantes e lactentes para redução da cólica em recém-nascidos saudáveis e verificar se a suplementação nutricional ou a intervenção dietética em lactantes contém a mesma eficácia da intervenção direta para o tratamento de cólicas até o terceiro mês de vida.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão sistemática de 16 artigos utilizando as fontes de dados Pubmed, Scopus e BVS com as palavras-chave e descritores colic, infant, diet, therapeutics, acessadas em 23 de junho de 2022. Os operadores boleados utilizados foram "or" e "and". Foram incluídos os artigos dos últimos 10 anos que avaliaram o efeito de uma suplementação específica no lactente, gestante e lactante, ou uma intervenção dietética com exclusão de alimentos específicos na lactante. Foram critérios de exclusão: estudos feitos em animais, estudos que avaliaram exclusivamente fórmulas infantis, que avaliaram exclusivamente a segurança da cepa, cólicas relacionadas a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) ou intolerância à lactose, artigos de revisão, consensos e aqueles que utilizaram análise de um componente naturalmente presente no leite materno.
RESULTADOS
Dos 146 estudos encontrados nas bases de dados, publicados entre 2012 e 2022, 41 foram escolhidos no refinamento por título. Destes, 21 foram selecionados com base na relevância e relação com o tema. Por fim, foram excluídos artigos de consenso e revisão, totalizando 16 referências para análise, como mostra a Figura 1.
Todos os estudos são ensaios clínicos randomizados (ou coorte dele, como em Nation et al.7) e publicados em inglês. Oito deles foram realizados na Itália, dois na Austrália, dois nos Estados Unidos da América, um na Finlândia, um na Ucrânia e dois no Irã.
A Tabela 2 apresenta a descrição da referência através dos itens: delineamento, ano de publicação, local, objetivo, n amostral, resultados e conclusão. Na Tabela 3, é possível comparar os estudos quanto ao tipo e número de sujeitos, grupos analisados, tipo de intervenção, duração, dose e valor de p.
DISCUSSÃO
O intestino do ser humano contém diversas comunidades de bactérias comensais (ou microbiota) que possuem uma relação de simbiose com o hospedeiro, o que interfere constantemente na sua fisiologia (Álvarez-Calatayud et al, 2013).12
Alguns autores analisaram a influência da microbiota no sistema imunológico do ser humano, mas ainda não está claro como ocorre essa relação. O que se sabe atualmente é que fatores de transcrição como o receptor órfão relacionado a retinoides-γ (RORγ) e forkhead box P3 (FOXP3) induzem populações de células T auxiliares (Th) 17 e reguladoras (Treg) que residem no cólon e modulam respostas a micróbios intestinais.13
Vale ressaltar que a classificação diagnóstica para cólica dos lactentes nos estudos foi baseada no critério ROMA IV, conforme mencionado por Mohammad et al. (2020). 14 Lactentes de até três meses de idade, com períodos recorrentes e prolongados de choro e irritação, conforme definição de Wessel (três horas ou mais ao dia, por três ou mais dias, durante três semanas).
Alguns estudos concluíram que a administração de probióticos em gestantes e lactantes pode influenciar na composição de bactérias do leite materno e no teor de imunomoléculas, quali e quantitativamente, proporcionando efeitos positivos à saúde do lactente, desde a melhora de transtornos gastrointestinais até alergias.11,14
Segundo Bergmann et al. (2014),15 algumas bactérias podem ser transferidas para o lactente através do leite materno e o ato de amamentar colabora para que a colonização por bactérias benéficas aconteça na microbiota intestinal do recém-nascido.
Alguns estudos constataram que os baixos teores de lactobacilos, bem como altos teores de coliformes fecais, estão relacionados à cólica intestinal, o que também pode estar associado à falta de motilidade e excesso de produção de gases no intestino do lactente.16
Como observado no estudo de Baldassarre et al.,11 o efeito positivo na melhora da cólica neonatal pela suplementação de probióticos na mãe parece depender do perfil de citocinas do leite materno, como as interleucinas 6, 10 e 1β (IL6, IL10 e IL1β) e fator de crescimento transformador β1 (TGF-β1).
Trabalhos clínicos utilizando Lactobacillus reuteri DSM 17938 têm mostrado resultados promissores, como mostram os estudos 1, 3 e 5 da Tabela 1. A administração probiótica contendo a cepa parece reduzir o tempo e a frequência de choro e agitação relacionados à cólica.7
Inúmeros trabalhos com expressivo número de participantes (>100) (1,3,6,11,15) têm mostrado influência positiva da suplementação com Lactobacillus reuteri na redução da cólica do lactente e no tempo de choro, conforme mencionado na Tabela 3 (p<0.005). Atualmente, a suplementação com Lactobacillus reuteri é a melhor intervenção para reduzir a cólica do lactente, exercendo influência direta nesta sintomatologia, dado que o papel da microbiota na interação do eixo intestino-cérebro resulta na possibilidade de alterar as funções sensoriais e motoras do intestino. Consequentemente, uma modificação na colonização dessa microbiota pode resultar em alterações nessa inter-relação, apresentando, portanto, possíveis benefícios na modulação da microbiota através da suplementação de probióticos.17
Porém, a utilização de Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 demonstrou resultados duvidosos. Pärtty et al.18 concluem que, apesar da administração da cepa resultar em um aumento específico de algumas espécies de Bifidobacterium na microbiota do lactente, não houve diferenças significativas no padrão de choro nos dois grupos analisados. Cabana et al.19 também não encontrou resultados positivos na ingestão de Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 em relação à melhora das cólicas, já que também não houve diferenças com o grupo controle.
Já Savino et al.20 demonstraram que o tempo de agitação, choro e inflamação intestinal foram significativamente menores no grupo suplementado com o probiótico. Também apresentou, como nos estudos citados acima, um aumento de espécies de Lactobacillus em análise da microbiota intestinal. Vale ressaltar que neste último estudo, as lactantes foram orientadas a excluir leite e derivados da alimentação durante o período de análise.
Baldassare et al.11 e Aloisio et al.6 utilizaram uma combinação de cepas probióticas para analisar a possível melhora da cólica e tiveram resultados animadores. Os lactentes de gestantes suplementadas precocemente com a combinação de cepas descritas no Estudo 4 da Tabela 2, também foram beneficiados com a diminuição de sintomas relacionados à cólica. A administração do probiótico também foi feita ofertada aos lactentes, durante os três primeiros meses de vida. Aloisio et al.6 utilizaram as cepas descritas no Estudo 6 da Tabela 2 e, além da melhora da cólica, houve também redução dos episódios de vômitos pelo grupo probiótico.
Os efeitos dos probióticos estão estritamente relacionados ao tipo e número de cepas, dosagem e duração do tratamento,17 conforme descrito no Estudo 10 na Tabela 2. A mistura probiótica comercial mostrou reduzir o tempo de choro dos lactentes durante todo o período do estudo.
A dieta materna também foi estudada em bebês amamentados, pois é comum lactantes evitarem alimentos durante quadros de cólica do lactente. Alguns estudos sugerem que dieta com baixo teor de FODMAP (Oligo, Di, Monossacarídeos e Poliois Fermentáveis) é eficaz contra dores abdominais de crianças em idade escolar, de 7 a 17 anos.21
No ano seguinte, Iacovou et al.9 avaliaram os efeitos de uma dieta materna pobre em FODMAPs em comparação a uma dieta típica australiana, rica em FODMAPs com relação ao tempo de choro e agitação relacionados à cólica dos bebês. Frituras, peixes, massas, muffins, muesli, cebola, alho, ervilhas, abóbora, repolho, cogumelos, farinhas/pães à base de trigo e centeio foram exemplos de alimentos incluídos na dieta rica em FODMAPs, os quais foram substituídos por alimentos de mesma cor/textura com baixo teor de FODMAPs. Como mostra esse estudo, de número 8 da Tabela 2, a dieta materna com baixo teor de FODMAPs foi associada a uma maior redução nas durações de choro e agitação de bebês com cólica. Vale ressaltar que o estudo avaliou 13 duplas de mães-bebês e que mais pesquisas devem ser realizadas para validá-lo.
As evidências que avaliam mudanças na dieta materna interferindo positivamente no tratamento da cólica do lactente são fracas, e as principais diretrizes nacionais não recomendam o uso, já que podem resultar em deficiências nutricionais.21
Além da dieta da lactante, outro estudo avaliou a suplementação probiótica no período da gestação. Segundo resultados demonstrados na Tabela 2, Estudo 14, a suplementação pré-natal materna com probiótico L. reuteri LR92 DSM 26866, durante o último mês de gravidez, mostrou prevenir a ocorrência e reduzir a gravidade da cólica infantil em lactentes acompanhados até os cinco meses de vida.14
Estudo recente conduzido no Irã22 avaliou o efeito de um simbiótico contendo Bifidobacterium infantis, Lactobacillus rhamnosus e Lactobacillus reuteri (109 UFC) + FOS (Frutooligossacarídeo) no tempo e número de choro e à vigília do lactente causada pela cólica. Os resultados demonstraram redução da frequência, duração da cólica, aumento do tempo de sono em ambos os grupos, sem diferenças significativas entre eles (p>0,05). Vale ressaltar que a população estudada poderia estar em aleitamento materno exclusivo ou em uso de fórmulas infantis, além dos dois grupos terem recebido Simeticona 20mg 2x/dia.
As Tabelas 2 e 3 trouxeram uma comparação prática e de fácil compreensão sobre os trabalhos analisados. É possível observar quais cepas probióticas possuem eficácia na melhora da cólica, bem como seu tempo de administração e dosagem, proporcionando fácil aplicação clínica.
Os trabalhos que analisaram a intervenção dietética em gestantes e lactantes ainda são escassos, trazendo limitação a esta revisão. Além disso, a grande maioria dos estudos avaliou o efeito de uma ou mais cepas probióticas na melhora da cólica, sem outras intervenções dietéticas importantes, com exceção do estudo de Iacovou et al.,21 com a retirada de FODMAPs, porém em apenas 13 indivíduos.
São necessários mais estudos que analisem a inclusão ou exclusão de alimentos específicos em gestantes e lactantes e outras cepas probióticas que possam trazer o benefício da melhora da cólica do lactente.
CONCLUSÃO
Apesar de resultados promissores avaliando intervenções dietéticas na mãe e no lactente, os estudos analisados apresentam limitações. Assim, mais estudos observacionais que excluam o maior número de vieses possível são necessários, na tentativa de encontrar a recomendação específica do uso do Lactobacillus reuteri no tratamento preventivo de cólicas e na diminuição do choro do lactente.
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