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Ferreira,N.M.; Torres, A.M.; Pereira, A.F.C.; Webhe, M.A.M.; Oliveira, H.C.C.; Novaes, T.T.F.; Nogueira, N.D.N.; Donato, I.M.V.; Lustosa, S.A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p91, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A infância é um período único de desenvolvimento das potencialidades humanas, gerando vários fatores associados à saúde da criança. A Identificação do perfil de atendimento em prontos socorros e o levantamento das causas que levam à busca pelos hospitais possibilitam promover planejamento de ações em saúde.
OBJETIVO: Descrever o perfil das crianças atendidas em um pronto socorro infantil público da maior cidade da região Sul Fluminense e a terceira maior do interior do estado do Rio de Janeiro.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliados 901 boletins de atendimentos (BANs) de crianças entre 0 e 13 anos selecionados em 6 meses durante o ano de 2012, com intervalo de 2 meses entre eles. As variáveis avaliadas foram sexo, idade, queixa principal e hipóteses diagnósticas, bairro, naturalidade, ocorrência policial e procedência.
RESULTADOS: A principal queixa encontrada foi febre, representando 25,3% (228) dos casos. Dentre as hipóteses diagnósticas, as doenças do aparelho respiratório somaram 51,6% (465) dos casos, seguidas de doenças do aparelho gastrointestinal, 13,9% (126) dos casos. Houve leve prevalência do sexo masculino com 51,6% (465) dos casos. Poucos atendimentos com procedência de outras cidades, 98,7% (890) corresponderam à moradores de Volta Redonda-RJ. A faixa etária de maior acometimento encontrou-se entre 0 e 1 ano, com 24,9% (225) dos casos. Foram 77,8% (701) procedentes de seus domicílios, apenas 13,3% (120) foram encaminhados das unidades básicas de saúde.
CONCLUSÃO As doenças respiratórias, em especial as infecções de vias aéreas superiores, persistem como as principais causas de adoecimento em crianças. Nos atendimentos dessa unidade prevaleceram pacientes provenientes do município do nosocômio estudado, com quantidade de encaminhamentos de unidades básicas de saúde muito inferior à origem domiciliar direta. Torna-se indispensável aos profissionais de saúde conhecerem o perfil dos pacientes atendidos, suas características e o cuidado hospitalar que podemos oferecer.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA
Palavras-chave:
Oliveira, I.V.D.; Torres, A.M.; Pereira, A.F.C.; Webhe, M.A.M.; Oliveira, H.C.C.; Lustosa, S.A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p95, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O Sudeste constitui 49,7% dos 41.249 casos registrados de Sífilis Congênita entre 1998 e 2007, levando à desfechos negativos da gestação em aproximadamente 50 % dos casos com complicações precoces e tardias, apesar de grande mobilização para sua prevenção.
OBJETIVO: Descrição de caso sobre Pseudoparalisia de Parrot em pronto atendimento.
MATERIAL E MÉTODO: Lactente com 1 mês de vida,sexo masculino, 3 kg, deu entrada em pronto socorro público de Volta Redonda-RJ por irritação ao manipular membros superiores. Nascido de parto normal, 41 semanas, movimentos e reflexos preservados. A mãe realizou 4 consultas de pré-natal, VDRL positivo durante gestação, feito 3 doses de Penicilina Benzatina. Pai sem tratamento. Nenhuma investigação do neonato durante permanência em alojamento conjunto. Exame físico hipocorado 2+/4+, membros superiores com paresia e paralisia bilateralmente, edema periulnar simétricos, diminuição da força, diminuição do reflexo bicipital. Preensão palmar e Reflexo de Moro ausentes. Exames laboratoriais com seguintes resultados: Líquor mostrando glicose 56, proteína 146, VDRL 1/8, citometria (leuco 200; hemácias 140000), citologia (85% mononucleares; 17% polimorfonucleares). VDRL no sangue do lactente 1/512 e materno 1/16. Radiografia mostrando periostite bilateral e simétrica. Foi diagnosticado Neurossífilis e Pseudoparalisia de Parrot. Iniciou-se Penicilina Cristalina 100.000UI/kg por 14 dias, com melhora parcial dos movimentos no 3º dia. No 7º dia, houve melhora parcial de paresia do membro superior direito. No 9º dia o membro superior esquerdo realizava flexão. Os reflexos e força normalizaram-se. O Paciente obteve alta no 14º dia de internação com melhora total,. O lactente continua em acompanhamento ambulatorial.
RESULTADOS: Dentre as manifestações de Sífilis Congênita, a Pseudoparalisia de Parrot é observada em 16% dos casos, caracterizada por periostite com dor à movimentação ativa ou passiva dos membros, principalmente superiores, havendo irritabilidade e imobilidade.
CONCLUSÃO A Sífilis, com aumento de incidência nos países em desenvolvimento, reflete falhas no controle das DSTs, programas de pré-natal e execução dos protocolos pelas maternidades, como demonstrado pelo relato. Destaque evolutivo da Pseudoparalisia de Parrot e, ainda, Neurossífilis.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA
Palavras-chave: