Trabalho Original
Pronto socorro infantil: perfil epidemiológico de um hospital público em Volta Redonda (RJ)
Ferreira,N.M.; Torres, A.M.; Pereira, A.F.C.; Webhe, M.A.M.; Oliveira, H.C.C.; Novaes, T.T.F.; Nogueira, N.D.N.; Donato, I.M.V.; Lustosa, S.A.S.
Hospital Municipal Dr. Munir Rafful
Resumo
INTRODUÇÃO: A infância é um período único de desenvolvimento das potencialidades humanas, gerando vários fatores associados à saúde da criança. A Identificação do perfil de atendimento em prontos socorros e o levantamento das causas que levam à busca pelos hospitais possibilitam promover planejamento de ações em saúde.
OBJETIVO: Descrever o perfil das crianças atendidas em um pronto socorro infantil público da maior cidade da região Sul Fluminense e a terceira maior do interior do estado do Rio de Janeiro.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliados 901 boletins de atendimentos (BANs) de crianças entre 0 e 13 anos selecionados em 6 meses durante o ano de 2012, com intervalo de 2 meses entre eles. As variáveis avaliadas foram sexo, idade, queixa principal e hipóteses diagnósticas, bairro, naturalidade, ocorrência policial e procedência.
RESULTADOS: A principal queixa encontrada foi febre, representando 25,3% (228) dos casos. Dentre as hipóteses diagnósticas, as doenças do aparelho respiratório somaram 51,6% (465) dos casos, seguidas de doenças do aparelho gastrointestinal, 13,9% (126) dos casos. Houve leve prevalência do sexo masculino com 51,6% (465) dos casos. Poucos atendimentos com procedência de outras cidades, 98,7% (890) corresponderam à moradores de Volta Redonda-RJ. A faixa etária de maior acometimento encontrou-se entre 0 e 1 ano, com 24,9% (225) dos casos. Foram 77,8% (701) procedentes de seus domicílios, apenas 13,3% (120) foram encaminhados das unidades básicas de saúde.
CONCLUSÃO As doenças respiratórias, em especial as infecções de vias aéreas superiores, persistem como as principais causas de adoecimento em crianças. Nos atendimentos dessa unidade prevaleceram pacientes provenientes do município do nosocômio estudado, com quantidade de encaminhamentos de unidades básicas de saúde muito inferior à origem domiciliar direta. Torna-se indispensável aos profissionais de saúde conhecerem o perfil dos pacientes atendidos, suas características e o cuidado hospitalar que podemos oferecer.
Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA