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Gonçalves, G.E.; Branco, L.G.; Crisóstomo, A.C.; Schmidt, C.M.; Lucchetti, M.R.; Sias, S.M.A.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p83, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O abscesso retrofaríngeo (ARF) é uma condição potencialmente grave, com alta letalidade se não diagnosticada e tratada precocemente. Mais prevalente em crianças entre dois a quatro anos. Suas causas incluem infecções de cavidade oral, osteomielite vertebral, ingestão de corpo estranho ou intubação orotraqueal.
OBJETIVO: Apresentamos o relato de uma criança com ARF com diagnóstico inicial de torcicolo.
MATERIAL E MÉTODO: Y.M.F.A., 5 anos, sexo feminino, apresentou odinofagia, febre (38,5º C), disfagia e sialorréia. Foi medicada com ibuprofeno e dipirona, sem melhora. No dia seguinte apresentou edema e flexão lateral em região cervical à direita. Procurou o pronto-socorro, onde foi diagnosticado torcicolo. Fez uso regular de analgésicos por três dias com melhora da febre, mas com persistência dos outros sintomas e piora do edema cervical. Percorreu mais dois hospitais onde foi novamente diagnosticada com torcicolo. Após duas semanas do início do quadro, devido à persistência dos sintomas, foi realizada tomografia computadorizada (TC) de região cervical, que evidenciou ARF. Iniciou tratamento com Ceftriaxone e Clindamicina e foi encaminhada ao HUAP-UFF. Ao exame apresentava-se afebril, com abaulamento cervical à direita, sem sinais flogísticos, com restrição à lateralização e hiperextensão do pescoço e poliadenopatia indolor à direita. Orofaringe hiperemiada, com abaulamento inferior, sem exsudato purulento, dentes em mau estado de conservação. O abscesso foi drenado por via oral, com saída de bastante secreção purulenta. A cultura da secreção foi negativa. Após 14 dias de antibioticoterapia venosa recebeu alta com resolução do quadro.
RESULTADOS: Se não tratado adequadamente, o ARF pode evoluir para complicações potencialmente fatais, como pneumonia, empiema, mediastinite, pericardite e invasão de grandes vasos adjacentes por contiguidade. Dessa forma, é importante o diagnóstico precoce dessa doença.
CONCLUSÃO Esse trabalho chama atenção para a importância de pensar em ARF em crianças menores de cinco anos que se apresentam com quadro compatível com torcicolo, mesmo na ausência de infecção prévia em orofaringe.
Responsável
MARIA EMMERICK GOUVEIA
Palavras-chave:
Domingues, J.L.; Magalhaes, L.F.S.; Caputo, B.C.; Stocco, D.C.; Miranda, J.A.; Guimaraes, M.L.; Souza, A.L.M.; Bulkool, D.P.; Lucchetti, M.R.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p82, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O Streptococcus Pyogenes coloniza principalmente as crianças. Pequenos traumatismos podem ser suficientes para inocular as bactérias, causando diversas infecções de pele e partes moles, podendo evoluir para sepse.
OBJETIVO: Relatamos o caso de um paciente que desenvolveu sepse grave por S. Pyogenes após ter recebido uma injeção intramuscular.
MATERIAL E MÉTODO: L.F.O.A., sexo masculino, 1 ano e 5 meses, apresentou dor abdominal difusa e foi à UPA, onde recebeu hioscina+dipirona intramuscular em glúteo direito. Dois dias depois apresentou dor, hiperemia e edema em coxa direita, claudicação e queda do estado geral. Retornou à UPA, sendo prescrito cefalexina. Diante da piora clínica, foi levado à emergência do HUAP. Ao exame, apresentou taquicardia, taquipneia e hipotensão arterial, torporoso, desidratado, hipocorado, e perfusão capilar periférica lentificada. Abdome distendido, doloroso à palpação e halo hiperemiado em região periumbilical. Apresentava edema endurecido do glúteo ao joelho direito e lesões cicatriciais de impetigo em perna direita. Colhidas hemoculturas, iniciado oxacilina, gentamicina, metronidazol e expansão volêmica. Hemograma: anemia (Hb 8g/dl), plaquetopenia (115.000/mm3) e leucopenia (3.100/mm3). Evoluiu com oligúria, anasarca, insuficiência respiratória, choque, necessitando de ventilação mecânica e aminas. Modificada antibioticoterapia para vancomicina, cefepime e metronidazol. Transferido para UTI, permanecendo por 10 dias. Hemocultura cresceu Streptococcus Pyogenes. Apesar da melhora clínica, mantinha febre diária. Ultrassonografia e tomografia mostraram coleção em coxa direita, que foi drenada cirurgicamente e tratada com cefepime e clindamicina por mais 14 dias.
RESULTADOS: A sepse é caracterizada por febre ou hipotermia, leucocitose ou leucopenia, taquicardia e taquipnéia associados a um foco infeccioso. Quando há disfunção orgânica, instala-se a sepse grave. O paciente em questão evoluiu com choque séptico refratário a volume, mas responsivo a aminas.
CONCLUSÃO Procedimentos invasivos apresentam riscos de complicações. Logo, é importante evitarmos procedimentos desnecessários, principalmente em pacientes com lesões de pele já estabelecidas, como impetigos, pois eles têm potencial de desenvolver infecções por S. Pyogenes ou Staphylococcus Aureus.
Responsável
MARIA EMMERICK GOUVEIA
Palavras-chave: