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Geraldo Jacob Jorge; Licínio Esmeraldo da Silva; Gesmar Volga Haddad Herdy; Selma Maria de Azevedo Sias
Revista de Pediatria SOPERJ - V.17, Nº3, p16-22, Outubro 2017
ResumoINTRODUÇÃO: elevados níveis de imunoglobulina E (IgE) têm sido descritos em helmintíases, doenças alérgicas e em algumas imunodeficiências primárias.
OBJETIVO: avaliar a prevalência de doenças alérgicas em crianças e adolescentes com níveis séricos de IgE total ≥ 1.000 UI/ml.
MÉTODOS: trata-se de estudo retrospectivo de pacientes com até 18 anos e valor de IgE sérico total ≥ 1.000 UI/ml, acompanhados nos ambulatórios de pneumologia e alergia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense, de janeiro de 2007 a dezembro de 2012, e análise dos prontuários.
RESULTADOS: foram estudados 65 prontuários. A média da idade foi de 8,9 (± 4,1) anos; 40 (61,5%) eram meninos. Os níveis de IgE variaram de 1.066 a 33.089 UI/ml (média de 3.814,4 UI/ml e mediana de 2.000,0 UI/ml). Os valores de IgE foram maiores para o sexo masculino (p = 0,020). Três pacientes apresentaram IgE maior que 20.000 UI/ml: um com síndrome de Job e dois com associação de rinite, asma, alergia alimentar e dermatite atópica grave. Em 62 pacientes com IgE até 10.000 UI/ml, encontrou-se diagnóstico de rinite, asma, dermatite atópica e alergia alimentar em 90,3%, 87,1%, 14,5% e 6,4%, respectivamente. A associação mais frequente foi entre asma e rinite (50/62; 80,6%). Naquelas com dermatite atópica, os valores médios de IgE foram significativamente maiores (p = 0,026).
CONCLUSÕES: neste estudo, os níveis mais elevados de IgE predominaram no sexo masculino e nas crianças com dermatite atópica. Houve maior prevalência de rinite e asma nas crianças com doenças atópicas, dados que coincidem com os relatados na literatura.
Palavras-chave: Imunoglobulina E. Asma. Rinite. Dermatite atópica. Criança. Adolescente.
Gesmar Volga Haddad; Ciro Denevitz de-Castro-Herdy; Marianna Corrêa Moraes Barbosa; Adauto Dutra Moraes Barbosa
Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº4, p230-232, Dezembro 2021
ResumoINTRODUÇÃO: Hemangioma infantil é um tumor benigno e autolimitado, embora a lesão possa ser gravemente invasiva ou muito deformante.
OBJETIVO: Relatar a evolução de hemangioma infantil tratado com propranolol oral.
PACIENTES E MÉTODOS: Entre março de 2010 e fevereiro de 2017, foram acompanhadas crianças portadoras de hemangioma infantil, no ambulatório de um hospital universitário, que tivessem recebido propranolol oral na dose de 1 mg/kg/dia, em duas tomadas e que, posteriormente, tivessem a dose de propranolol aumentada para 2 mg/kg/dia. Foram excluídas as crianças com asma brônquica e rinite alérgica.
RESULTADOS: Nos 17 casos estudados, a idade em que se observou o aparecimento do hemangioma variou entre 1 e 12 meses, com uma mediana de 3 meses. A idade de início do tratamento variou entre 1 e 18 meses, com uma mediana de 4 meses. Os pacientes foram acompanhados até a diminuição acentuada ou resolução da lesão, que durou entre 2 e 38 meses, com uma mediana de 28 meses. Não houve nenhuma complicação durante a evolução.
CONCLUSÃO: o propranolol oral mostrou-se seguro e eficaz na resolução do hemangioma infantil visível à ectoscopia.
Palavras-chave: Hemangioma. Criança. Propranolol.
Keydma Brasil Macedo; Selma Maria de Azevedo Sias; Licínio Esmeraldo da Silva; Gesmar Volga Haddad Herdy
Revista de Pediatria SOPERJ - V.17, Nº1, p29-33, Fevereiro 2017
ResumoOBJETIVO: conhecer o perfil das crianças asmáticas atendidas no ambulatório de pneumologia pediátrica.
MÉTODOS: estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com revisão de prontuários e análise de questionário Asthma Control Test (ACT), entre 2012 e 2015. Dentre 105 pacientes portadores de asma acompanhados no ambulatório de pneumologia pediátrica do Hospital Universitário Antônio Pedro, selecionou-se 61 com idade entre sete e 19 anos (média de idade = 12,21 anos) e que tinham prova funcional respiratória (PFR).
RESULTADOS: 37 (60,66%) eram masculinos; 21 (34,42%) pacientes foram expostos ao tabagismo e 50 (81,97%) relataram controle ambiental inadequado; 58 (95,08%) apresentavam rinite alérgica; nove (14,75%) alergia a insetos; cinco (8,19%) dermatite atópica; cinco (8,19%) esofagite eosinofílica; três (4,92%) conjuntivite alérgica; três (4,92%) alergia alimentar e um (1,64%) alergia medicamentosa. Testes cutâneos para alérgenos ambientais foram realizados em 22 (30,06%), 18 (81,81%) dos quais foram positivos. PFR detectou distúrbio obstrutivo leve em 42 (68,85%), moderado em um (1,64%) e em 18 (29,51%) o exame foi normal. Dos 33 (54%) que tinham o ACT respondido, 23 (69,69%) apresentavam asma controlada.
CONCLUSÕES: o estudo documentou: predomínio do sexo masculino, a maioria dos casos estava associada à rinite alérgica, distúrbio obstrutivo leve e escore de asma controlada. Destaca-se a insuficiência da rede básica de saúde no diagnóstico e tratamento destes casos, que não deveriam, a priori, ser referenciados a hospital de maior complexidade. Os adolescentes encontravam-se no grupo dos não controlados, ressaltando a adolescência como complicador no tratamento de doença crônica.
Palavras-chave: Asma. Criança. Medicina do adolescente.