Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Eritema nodoso como primeira manifestação da hanseníase

Geisel, N.R.; Oliveira, T.A.; Vitor, J.M.G.; Silva, R.A.S.; Silva, C.T.F.; Silva, M.A.G.; Soffe, BAC; Natasha Geisel Pimenta

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p90, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Eritema nodoso (EN) é uma paniculite septal caracterizada pelo aparecimento súbito de vários nódulos subcutâneos, inflamatórios, dolorosos e bilaterais, localizados, principalmente, nas superfícies pré-tibiais, podendo acometer também outras localizações. Sua etiologia é variável, podendo ser de causa idiopática, infecciosa e não infecciosa.
OBJETIVO: Alertar os profissionais a pensarem na hanseníase como uma provável causa de EN, já que a mesma é uma doença endêmica em países em desenvolvimento, como o Brasil
MATERIAL E MÉTODO: Escolar de 11 anos, sexo feminino, história de nódulos em membros inferiores há 2 semanas com acometimento posterior de membros superiores e face. Após uma semana, iniciou febre alta, dor em região pré-tibial, claudicação e artralgia. Na admissão, apresentava-se prostrada, com nódulos subcutâneos difusos, eritematosos e dolorosos à palpação (principalmente em extremidades), com algumas lesões em face, além de lesão hipocrômica em região pré-tibial à esquerda, sem alteração de sensibilidade. Diante da apresentação clínica, foi sugerido como diagnóstico EN. Para tentar elucidar a causa do EN foi realizada a biópsia de um dos nódulos que evidenciou "dermatite granulomatosa superficial e profunda, com linfócitos não epitelióides, vacuolados, apresentando frequentes micobactérias: hanseníase lepromatosa".
RESULTADOS: Eritema nodoso hansênico (ENH) é uma reação inflamatória aguda, sobreposta à evolução crônica e insidiosa da hanseníase, que ocorre em cerca de 25% dos casos lepromatosos, geralmente durante ou após o tratamento. No entanto, alguns casos têm sido relatados antes mesmo de iniciar o tratamento ou como a primeira manifestação clínica da doença, sendo essa forma pouco relatada na literatura científica.
CONCLUSÃO A ausência de lesões cutâneas sugestivas de hanseníase pode atrasar o diagnóstico e o tratamento específico da doença, o que torna a biópsia do nódulo imperativa para melhor elucidação da etiologia, quando não se tem uma causa claramente notória do EN.

 

Responsável
PRISCILLA AGUIAR DE ARAUJO


Palavras-chave:

Regressão de aneurisma de coronária na doença de Kawasaki

Vitor, J.M.G; araújo, P.A; Geisel, N.R; Silva, C.T.F; Soffe, B.A.C

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p60, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite que acomete vasos de pequeno e médio calibres, sendo a principal causa de cardiopatia adquirida na infância nos países desenvolvidos.
OBJETIVO: Mostrar a importância do tratamento precoce e acompanhamento dos pacientes com diagnóstico de DK.
MATERIAL E MÉTODO: M.A.S, 8 meses, sexo masculino, internado com Histórico de febre alta (7º dia) e exantema maculopapular generalizado. Apresentava-se irritado, com fácies de sofrimento agudo, hiperemia labial e conjuntival, discreto exantema generalizado, eritema palmar bilateral e febre alta. Como apresentava cinco critérios para DK, foram iniciadas Imunoglobulina e Aspirina em dose anti-inflamatória resultando no desaparecimento da febre e na melhora do estado geral, evoluindo posteriormente com descamação de mãos e pés. Após a realização de um Ecocardiograma, foi evidenciado dilatação no óstio da coronária esquerda. Recebeu alta no 9º dia de internação e, como mantinha provas de atividade inflamatórias elevadas, optou-se pela manutenção da Aspirina em dose anti-inflamatória, que foi posteriormente reduzida para dose antiagregante plaquetária, após normalização laboratorial. Manteve-se acompanhamento na Reumatologia e Cardiologia pediátricas, com realização de ecocardiogramas sequenciais e, nove meses após o diagnóstico de DK, observou-se a regressão do aneurisma de coronária.
RESULTADOS: A DK é uma doença aguda que apresenta evolução benigna e autolimitada, com exceção das alterações cardíacas que podem ser permanentes e progressivas. No entanto, cerca de 50% dos aneurismas regridem dentro de 1 a 2 anos, atentando para o tratamento adequado na fase aguda, manutenção do uso de aspirina e seguimento a longo prazo de todas as crianças.
CONCLUSÃO Este relato objetiva destacar a importância do seguimento rigoroso dos pacientes que tiveram diagnóstico de DK, sendo recomendado o acompanhamento cuidadoso desses pacientes, mesmo daqueles que não tiveram diagnóstico de aneurismas, pois existe a possibilidade de persistirem com alguma disfunção endotelial e risco de aterosclerose prematura.

 

Responsável
JÚLIA MARIA GOMES VITOR


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