Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 15(supl 1)(2) - Março 2015

Relato de Caso

Regressão de aneurisma de coronária na doença de Kawasaki

 

Vitor, J.M.G; araújo, P.A; Geisel, N.R; Silva, C.T.F; Soffe, B.A.C

Hospital Municipal da Piedade

 

Resumo

INTRODUÇÃO: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite que acomete vasos de pequeno e médio calibres, sendo a principal causa de cardiopatia adquirida na infância nos países desenvolvidos.
OBJETIVO: Mostrar a importância do tratamento precoce e acompanhamento dos pacientes com diagnóstico de DK.
MATERIAL E MÉTODO: M.A.S, 8 meses, sexo masculino, internado com Histórico de febre alta (7º dia) e exantema maculopapular generalizado. Apresentava-se irritado, com fácies de sofrimento agudo, hiperemia labial e conjuntival, discreto exantema generalizado, eritema palmar bilateral e febre alta. Como apresentava cinco critérios para DK, foram iniciadas Imunoglobulina e Aspirina em dose anti-inflamatória resultando no desaparecimento da febre e na melhora do estado geral, evoluindo posteriormente com descamação de mãos e pés. Após a realização de um Ecocardiograma, foi evidenciado dilatação no óstio da coronária esquerda. Recebeu alta no 9º dia de internação e, como mantinha provas de atividade inflamatórias elevadas, optou-se pela manutenção da Aspirina em dose anti-inflamatória, que foi posteriormente reduzida para dose antiagregante plaquetária, após normalização laboratorial. Manteve-se acompanhamento na Reumatologia e Cardiologia pediátricas, com realização de ecocardiogramas sequenciais e, nove meses após o diagnóstico de DK, observou-se a regressão do aneurisma de coronária.
RESULTADOS: A DK é uma doença aguda que apresenta evolução benigna e autolimitada, com exceção das alterações cardíacas que podem ser permanentes e progressivas. No entanto, cerca de 50% dos aneurismas regridem dentro de 1 a 2 anos, atentando para o tratamento adequado na fase aguda, manutenção do uso de aspirina e seguimento a longo prazo de todas as crianças.
CONCLUSÃO Este relato objetiva destacar a importância do seguimento rigoroso dos pacientes que tiveram diagnóstico de DK, sendo recomendado o acompanhamento cuidadoso desses pacientes, mesmo daqueles que não tiveram diagnóstico de aneurismas, pois existe a possibilidade de persistirem com alguma disfunção endotelial e risco de aterosclerose prematura.

 

Responsável
JÚLIA MARIA GOMES VITOR