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Madeira, I.R.; Bordallo, M.A.N.; Carvalho, C.N.M; Gazolla, F.M.; Rodrigues, N.C.P.; Borges, Ma.A.; Collett-Solberg, P.F.; Medeiros, C.B.; Bordallo, A.P.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p10, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: Acantose nigricans é condição dermatológica associada à hiperinsulinemia, tendo esta papel importante na fisiopatologia da síndrome metabólica. Em um contexto de prevalência crescente de obesidade infantil, a acantose nigricans seria bom indicativo da síndrome, devido à facilidade diagnóstica.
OBJETIVO: Determinar se acantose nigricans é bom marcador de síndrome metabólica e resistência insulínica em pré-púberes.
MÉTODOS: Estudo transversal com 272 crianças (93±17 meses): 65 eutróficas, 43 com sobrepeso, 97 obesas e 67 obesas graves, 69 com e 203 sem acantose nigricans, provenientes de ambulatório de Hospital Universitário. Os grupos com e sem acantose nigricans foram comparados quanto à frequência de hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, HDL baixo e síndrome metabólica. Compararam-se as médias de idade, escore Z de IMC (ZIMC), triglicerídeos, HDL, pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), HOMA-IR, insulina e leptina entre os grupos. Foi avaliada associação de idade, sexo, circunferência da cintura, HOMA-IR, HDL, triglicerídeos e leptina com acantose nigricans, por regressão logística multivariada.
RESULTADOS: Houve diferença entre os grupos estudados quanto à frequência de hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, HDL baixo e síndrome metabólica (p<0,001). Os grupos diferenciaram-se quanto às médias de idade, ZIMC, circunferência da cintura, PAS, PAD, HOMA-IR, triglicerídeos, HDL, insulina e leptina (p<0,001). Na regressão logística, apenas circunferência da cintura (OR 13,49; IC 4,22-43,08; p 0,001) e HOMA-IR (OR 5,52; IC 1,71-17,81; p 0,003) associaram-se com acantose nigricans.
CONCLUSÕES Foi encontrada frequência maior de hiperinsulinemia e de síndrome metabólica, bem como de alguns de seus componentes, no grupo com acantose nigricans. Nesse grupo, também foram maiores as médias de insulina, leptina, ZIMC e dos componentes da síndrome metabólica. Esses achados, aliados à associação de circunferência da cintura e HOMA-IR com acantose nigricans, indicam que a última seria um bom marcador da síndrome e da resistência insulínica em crianças, podendo ser considerada importante ferramenta clínica diagnóstica.
Responsável
ALICIA SALES CARNEIRO
Palavras-chave:
Madeira, I.R.; Bordallo, M.A.N.; Collett-Solberg, P.F.; Bordallo, A.P.N.; Gilban, D.L.S.; Gazolla, F.M.; Borges, M.; Garcia, M.H.M.; Carneiro, A.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p51, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O baixo peso ao nascer possui impacto no desenvolvimento de complicações futuras como obesidade, hipertensão arterial sistêmica e resistência insulínica, relacionadas à doença cardiovascular aterosclerótica. Alterações no perfil clínico, metabólico e hormonal relacionadas à doença cardiovascular já seriam detectadas em crianças pré-púberes nascidas com baixo peso.
OBJETIVO: Avaliar perfil clínico, metabólico e hormonal relacionado à risco cardiovascular em crianças pré-púberes de baixo peso ao nascer (BPN) e relacionar as variáveis de interesse com grau de baixo peso, prematuridade e retardo do crescimento intrauterino.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal com 58 crianças de BPN (17 prematuros pequenos para idade gestacional (PIG), 32 prematuros adequados para idade gestacional (AIG), 9 PIG a termo), de 2 a 7 anos, oriundas de ambulatório pediátrico de hospital universitário. Avaliou-se a correlação entre o Z escore de índice de massa corporal (ZIMC), circunferência da cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), níveis de glicose, insulina, leptina, adiponectina e Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR) e as variáveis peso e Z escore de peso e comprimento de nascimento, idade gestacional, variação no Z escore de peso do nascimento ao primeiro ano (∆ZP1) e até o momento do estudo (∆ZP).
RESULTADOS: Houve correlação entre ZIMC (p = 0,0001), CC (p = 0,0008), PAD (p = 0,046), insulina (p = 0,020), HOMA-IR (p = 0,016) e leptina (p= 0,0008) com ∆ZP1. Houve ainda correlação entre ZIMC (p = 0,0001), CC (p = 0,0001), PAS (p = 0,022), PAD (p = 0,003), insulina (p = 0,007), HOMA-IR (p = 0,005) e leptina (p = 0,0001) com ∆ZP. Nenhuma variável se correlacionou com características do nascimento.
CONCLUSÃO O ganho ponderal pós-natal apresentou maior influência sobre os biomarcadores de risco cardiovascular do que a prematuridade ou crescimento intrauterino retardado. Estudos adicionais são necessários para avaliar se os achados configuram risco cardiovascular aumentado. Nenhum dos autores possui conflitos de interesse. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em 22 de agosto de 2012.
Responsável
ISABEL REY MADEIRA
Palavras-chave: