Revista de Pediatria SOPERJ

Saúde Escolar

PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM ADOLESCENTES E FATORES ASSOCIADOS

HELOISA NASCIMENTO OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS); NATALIA APARECIDA SALATA (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS); JÉSSICA ROSEMBERGER (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS); ALANNE MAYLA DOS SANTOS BONFIM (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS); AMANDA MACHADO VIEIRA (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS); MARIA CÉLIA CUNHA CIACCIA (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA); VERA ESTEVES VAGNIZZI RULLO (CENTRO UNIVERSITARIO LUSIADA DE SANTOS)

P-174

OBJETIVO: Identificar a prevalência de obesidade em adolescentes matriculados no ensino fundamental da rede municipal e correlacionar com o sexo, idade, peso ao nascimento, Tempo de aleitamento materno e Idade de início na creche.
MÉTODOS: Um estudo transversal realizado durante os anos letivos de 2014 e 2015 em que foram realizadas as medidas antropométricas de peso, estatura nos adolescentes matriculados no ensino fundamental de 5º ao 9º ano da rede municipal, para obtenção do cálculo do Índice de Massa Corpórea. Foi também aplicado um questionário aos responsáveis por esses alunos contendo dados sobre o peso de nascimento, sexo, idade, tipo de parto e amamentação prévia. Para o calculo da amostra de 680 adolescentes foi utilizado o programa Epi Info versão 6 (novembro de 1996) com uma freqüência esperada de 18% (baseado no estudo de Costa et al., em 2006), erro aceitável de 3% e nível de confiança de 95%. Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o Índice de Massa Corpórea para a Idade, medidos em Z-escore, seguindo as Curvas de Referência da Organização Mundial de Saúde 2007. As proporções foram comparadas através do teste de qui-quadrado de Mantel-Haenszel ou teste exato de Fisher e do qui-quadrado de tendência, nos casos de variáveis categóricas ordinais. Foi considerado significante o valor de p<0,05.
RESULTADOS:Foram avaliados 680 adolescentes, 55,59% femininos, e 44,41% masculinos. A mediana de idade foi de 12 anos. A prevalência total de obesidade foi de 19,71% e de sobrepeso 19,41%. Os adolescentes mais velhos apresentaram menos obesidade. Os adolescentes com peso de nascimento menores que 1500 gramas e maiores que 3500 gramas apresentaram mais obesidade.
CONCLUSÃO: Houve uma elevada prevalência de obesidade nos adolescentes avaliados comparada à maioria das cidades brasileiras já estudadas, associando-se estatisticamente com a idade e peso de nascimento.