Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Otorrinolaringologia

FATORES RELACIONADOS À NÃO REALIZAÇÃO DOTESTE DA ORELHINHA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

 

LETICIA CARVALHO GUSMAN (FTESM); GLAUCIA MACEDO DE LIMA (FTESM); PAMELA CAROLINA LIMA LAGO (FTESM); VIVIAN VIDAL MARSELI (FTESM); GUSTAVO ABUASSI (FTESM); MARINA VASQUEZ BARREIRA RANZEIRO DE BRAGANÇA (FTESM); PATRICIA VIEIRA DE BIASI CORDEIRO (FTESM)

 

P-135

INTRODUÇÃO: A audição desempenha papel fundamental para o desenvolvimento da criança, principalmente em relação a linguagem e a fala. O "Teste da Orelhinha" ou Triagem Auditiva Neonatal (TAN) representa um importante marcador de alterações auditivas no recém-nascido, sendo assim, deveria ser realizada em todos.
OBJETIVO:Identificar fatores relacionados a não realização da TAN em lactentes assistidos em uma Unidade Básica de Saúde. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo, realizado nos meses de março e agosto de 2016, a partir de questionários aplicados aos responsáveis de crianças de 1 dia até 2 anos de idade em uma Unidade Básica de Saúde da cidade do Rio de Janeiro.
RESULTADOS: Foram selecionados 120 questionários aplicados às mães de crianças até 24 meses. A mediana da idade dos responsáveis foi 27 anos (15-42) e da crianças avaliadas 2 meses e 29 dias (1 dia - 24 meses). Do total, todas realizaram o teste do pezinho, porém 25,8% (31) não realizaram o Teste da Orelhinha. Dos 89 que realizaram a TAN, 17,9% (16) o fizeram na rede privada e 82% (73) na rede pública, tendo sido 79,7% (71) na maternidade onde nasceu. Dos 31 que não realizaram o teste, 38,7% (12) não foram orientados na maternidade a respeito do mesmo. 11,6% (14) das crianças avaliadas apresentaram fatores de risco deficiência auditiva, 8,9% das que realizaram o teste apresentaram alterações e a mesma quantidade realizou o reteste. 2 lactentes necessitaram de outro exame complementar para avaliação da audição após apresentar alteração no teste e reteste.
CONCLUSÃO: A falta de orientação sobre a importância da TAN foi o fator mais agravante para a sua não realização. Vale ressaltar que a maioria dos lactentes realizaram o teste na maternidade, mostrando-se resolutivo o estímulo a esse procedimento nas maternidades e as políticas de promoção da TAN.