Infectologia
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E LABORATORIAL DOS RECÉM-NATOS COM INFECÇÃO POR NEUROSSÍFILIS CONGÊNITA NA MATERNIDADE PÚBLICA ESTADUAL DE NITERÓI-RJ (PERÍODO DE JANEIRO DE 2011 A JULHO DE 2016)
MARIA ELIZABETH HERDY BOECHAT (HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITEROI-RJ); CASSEMIRO SERGIO MARTINS (HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITEROI-RJ); ISABELA PAULA DA SILVA DEL RIO DE ALMEIDA (HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITEROI-RJ); CRISTINA MADALENA GOMES DA COSTA (HOSPITAL DA MULHER GONÇALENSE-RJ); LUIZA HERDY BOECHAT LUZ TIAGO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS-RS); JULIANA MARIA BESTETTI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS-RS)
P-109
OBJETIVO: Reiterar a importância da investigação e tratamento da Sífilis no pré-natal aos profissionais da saúde materno-infantil no intuito de almejarmos a prevenção da Neurossífilis congênita.
MÉTODO: Pesquisa documental nas Fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de Sífilis Congênita da Comissão de Vigilância Epidemiológica Hospitalar entre janeiro de 2011 e julho de 2016 com Neurossífilis Congênita. Início em 2011 devido este ano anteceder o período de aumento expressivo de Sífilis congênita neste estado.
RESULTADOS: Inicialmente, forneceremos informações das mães dos 05 conceptos deste estudo: 03 moradoras de Niterói, 01 de São Gonçalo e 01 de Itaboraí. Idades de 17 a 30 anos. 03 puérperas com pré-natal e 02 não. Das 03 mulheres com pré-natal somente 02 trataram Sífilis gestacional, porém realizado inadequadamente. Todos recém-natos sem malformações aparentes ou sintomatologia neurológica. Mas todos apresentaram 01 ou mais dos seguintes transtornos: anemia; icterícia; hepatomegalia; descamação cutânea; plaquetopenia e sepse neonatal. 01 bebê prematuro. Todos tratados com Penicilina Cristalina. Pesquisa do VDRL no sangue periférico teve 01 bebê com titulagem 1/1; 01 com 1/8 e 03 com 1/64. VDRL do Líquor: 01 bebê com titulagem 1/1 e 04 com 1/2. Citoquímica do Líquor: 02 bebês com elevação das células nucleadas, 05 com aumento das proteínas e 02 redução da glicose. Ainda, não houve caso de Neurossífilis congênita em 2013. E neste mesmo ano mudança da empresa responsável pela gestão laboratorial retornando a anterior em 2014. Todas mães e crianças receberam alta.
CONCLUSÃO: Ineficácia ou falta da assistência pré-natal para Sífilis foram intervenientes nestes 05 casos de Neurossífilis Congênita. E mudança de gestão laboratorial propiciou ou não falta de detecção de Neurossífilis congênita em 2013, porém epidemia de Sífilis já estava em curso. Portanto é fundamental tratamento com efetividade da Sífilis na gestação visando auxiliar a prevenção da Neurossífilis Congênita.