Revista de Pediatria SOPERJ

Gastroenterologia

HEPATITE A: IMUNIZAÇÃO

ELISA MARIA SILVA VIEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); VIVIANE MARINHO MEIRELES LEITAO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); JULIANA DE FATIMA ARAUJO PINHEIRO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); RENATA ALVES FERREIRA ANICIO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); RENATHA DAIANE LOPES ASSUNÇAO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); SARITA CARDOSO VIANA VASCONCELOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); ÉRICA LUCIANA FERNANDES (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); SABRICE DELAMARA OLIVEIRA BORGES GUEBA LOPES (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS)

P-072

OBJETIVO: Demonstrar a epidemiologia da Hepatite A sinalizando para imunização universal como forma de prevenção e controle.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, no qual utilizou-se a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) com registro dos casos notificados e confirmados no período de 2004 a 2012. Analisados o período de ocorrência, faixa etária e sexo.
RESULTADOS: De 2004 a 2012 foram registrados 5.798 casos levando-se em consideração confirmação por critério laboratorial e clínico-epidemiológico. Isto é devido principalmente ao predomínio de casos confirmados entre 2011 e 2012, visto que a somatória de indivíduos infectados nos anos de 2004 a 2010 é de 17 e de 2011 e 2012, 5.781. Acometimento maior no sexo masculino (3.074 casos) quando comparado ao feminino (2.723 casos), sendo 1 caso cujo sexo foi ignorado. Considerando o período de ascensão da doença, tem-se que a idade onde há predomínio do vírus se encontra entre 5-19 anos, sendo 208 e 3.490 casos, respectivamente em 2011 e 2012. Ressalta-se a faixa etária entre 1-4 anos que registrou 26 crianças doentes em 2011 e 769 em 2012, lembrando que dentro desta faixa etária preconiza-se início da vacinação.
CONCLUSÕES: Apesar de benigna e muitas vezes assintomática, temos verificado um aumento no número de casos de hepatite A. A baixa condição socioeconômica e insuficiente proteção dos indivíduos infectados facilita a propagação viral aumentando a probabilidade de surtos. O Brasil é um país de alta endemicidade, já que dados epidemiológicos constatam que aproximadamente 90% dos adultos têm anti-HVA total e que grande parte das crianças aos 10 anos já encontram-se imunes. Com base nos dados, a vacinação diminuiria o número de indivíduos susceptíveis tornando-se ferramenta importante para prevenção e controle da doença.