Endocrinologia
COMPARAÇÃO ENTRE CRIANÇAS IMPÚBERES COM OBESIDADE E OBESIDADE GRAVE EM RELAÇÃO AOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES
MATEUS GARCIA TAVARES (UERJ/HUPE); ISABEL REY MADEIRA (UERJ/HUPE); FERNANDA MUSSI GAZOLLA (UERJ/HUPE); CECILIA LACROIX DE OLIVEIRA (UERJ/HUPE); DIANA CARLA GIRARDI DE LIMA (UERJ/HUPE); RAYANE QUITES SENRA (UERJ/HUPE); MICHELE ALVES MEDEIROS (UERJ/HUPE); MAYARA DE LIMA MOREIRA (UERJ/HUPE)
P-047
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi comparar crianças impúberes com obesidade(OB) e obesidade grave(OG), em relação aos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
MÉTODOS: Estudo transversal com 84 crianças do ambulatório de pediatria, comparando 52 obesas com 32 obesas graves quanto às médias(M) de circunferência da cintura(CC), glicose, lipídios, insulina, HOMA-IR, pressão arterial sistólica(PAS), diastólica(PAD), adiponectina e leptina. Compararam-se frequências de acantose nigricans, síndrome metabólica(SM) e alterações de cintura, PA, glicose, lipídios séricos e insulina.
RESULTADOS: M±DP ou mediana das variáveis (OB X OG) e p-valor: CC 71,1±7,66 X 81,23±9,31cm p=0.00001; glicose 86,98±9,06 x 87,03±8,02mg/dL p=0,98; PAS 90(92,5-102,5) X 100(90-110)mmHg p=0,007; PAD 57,11±9,41 X 62,96±11,97mmHg p=0,01; colesterol 169,75±33,83 X 167,6±31,98mg/dL p=0,72; LDL 106,59±31,13 X 105,78±29,48mg/dL p=0,9; HDL 43,36±9,29 X 40,06±8,51mg/dL p=0,1; triglicerídeos 97,92±47,05 X 106,03±48,61mg/dL p=0,45; Insulina 8,78±5,78 X 11,70±6,26μIU/ml p=0,02; HOMA-IR 1,89±1,28 X 2,55±1,48 p=0,03; adiponectina 13,25±5,27 X 11,89±6,15μg/mL p=0,28; leptina 26±15,15 X 24,45±20,36μg/mL p=0,69. Frequências das variáveis (OB X OG) e p-valor: cintura aumentada 53,85% X 100% p < 0,001; PA aumentada 0% X 9,38% p=0,052; acantose 25% X 62,5% p=0,001; glicemia alterada 3,85% X 3,13% p=0,66; colesterol alterado 48,08% X 43,75% p=0,87; HDL diminuído 55,7% X 78,13% p=0,06; LDL aumentado 15,38% X 21,88% p=0,64; triglicerídeos alterados 25% X 31,25% p=0,71; insulina aumentada 13,46% X 34,38% p=0,004; SM 11,54% X 28,13% p=0,1.
CONCLUSÃO: Apesar da idade tenra das crianças estudadas, achados de fatores de risco para doença cardiovascular aterosclerótica são preocupantes. Além disso, observa-se a presença precoce destes fatores mesmo nos obesos não graves. As diferenças entre os grupos demonstra que a obesidade grave já apresenta consequências significativas mesmo na idade tenra.