Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 15(supl 1)(2) - Março 2015

Trabalho Original

Perfil clínico dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave atendidos no IPPMG/UFRJ

 

Costa, A.M.; Pereira, S.M.B.; Diniz, E.A.

Instituto de Puericultura e Pediatria Martagao Gesteira - UFRJ

 

Resumo

INTRODUÇÃO: De acordo com Ministério da Saúde (MS), a Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é definida como síndrome gripal acompanhada de dispnéia ou um dos seguintes sinais: Saturação de oxigênio < 95% ar ambiente, desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória, piora nas condições clínicas de doença de base ou hipotensão. Em crianças, observam-se batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
OBJETIVO: Descrever características clínicas e epidemiológicas dos pacientes com SRAG atendidos no IPPMG de janeiro de 2013 a julho de 2014.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo observacional descritivo retrospectivo. Estudados pacientes com SRAG internados no IPPMG de janeiro de 2013 a julho de 2014. Dados foram coletados a partir das fichas de investigação de SRAG do MS, armazenados e analisados no EPIINFO. Descritas características sóciodemográficas, frequências dos sintomas, agentes etiológicos, uso de antimicrobianos, comorbidades e desfecho.
RESULTADOS: 47 pacientes apresentaram SRAG, 62% do sexo masculino; 45% de até 1 ano de idade (idade média 3,9± 2 meses); 55% a partir de 1 ano de idade (idade média 4,2 ±3,2 anos). 17% haviam tomado vacina contra gripe. Quanto à doença de base: 13% pneumopatia crônica, 8,5% cardiopatia, 8,5% imunodeficiência, 28% doença neurológica crônica, 4,3% Síndrome Down. Os sinais/sintomas mais comuns: tosse (81%), febre (81%), dispnéia (83%) e Sat O2 <95% (83%). 49% foram para UTI. Do total de pacientes, 46% utilizaram suporte ventilatório invasivo e 14% não invasivo. 98% dos pacientes utilizaram oseltamivir. Em 43 pacientes (92%) coletou-se amostra de naso/orofaringe para pesquisa viral, analisada por imunofluorescência ou RT-PCR no LACEN. Em 1 caso isolou-se Influenza A e em 5 Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Dentre todos os pacientes, 4% evoluíram para óbito.
CONCLUSÃO Metade dos pacientes necessitou internação em UTI e suporte ventilatório. VSR foi o agente etiológico mais comum, isolado em lactentes até 5 meses. A maioria dos pacientes evoluiu para cura.

 

Responsável
MARIANA TSCHOEPKE AIRES