Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

Logo Soperj

Número atual: 15(supl 1)(2) - Março 2015

Relato de Caso

Sequestro Pulmonar: Um Relato de Caso

 

Campos; C.G.U.

Hospital Municipal Miguel Couto

 

Resumo

INTRODUÇÃO: Sequestro pulmonar é uma malformação congênita rara, caracterizada por uma massa de tecido pulmonar não funcionante separada da árvore traqueobrônquica normal e vascularizada por uma artéria anômala, geralmente derivada da aorta torácica, do tronco celíaco ou das artérias intercostais. Pode apresentar-se de duas formas: intralobar ou extralobar, dependendo da localização dentro da pleura visceral. A forma mais comum é a intralobar.
OBJETIVO: Relatar um caso de sequestro pulmonar, chamando atenção para os principais exames diagnósticos.
MATERIAL E MÉTODO: I.L.D.S.P., sexo feminino, parda, 7 meses, natural do Rio de Janeiro. Foi admitida em 11/09/2014, com diagnóstico de pneumonia e história de febre alta, coriza, tosse e taquidispneia há 48 horas. Foram realizados hemograma e raio-x de tórax, que mostraram, respectivamente, 22.400 leucócitos (0/1/0/0/12/45/38/4) e grande imagem hipotransparente de formato arredondado em lobo inferior do hemitórax esquerdo. Solicitou-se tomografia computadorizada (TC) de tórax, observando formação expansiva em base pulmonar esquerda com densidade média de 22UH antes do contraste e 54UH após, com vaso nutridor emergindo da aorta. Dessa forma, fechou-se o diagnóstico de sequestro pulmonar. Foi solicitada angiogrfafia por ressonância magnética (angioRNM) para melhor avaliação do caso.
RESULTADOS: A maioria dos sequestros pulmonares são assintomáticos; por isso, muitas vezes são diagnosticados acidentalmente. A radiografia de tórax é o principal exame no diagnóstico, sendo complementado pela TC e angioRNM. A imagem mais frequente é de uma opacidade homogênea em lobo inferior. Na TC com contraste, visualizam-se o vaso arterial de comunicação com o sequestro e alterações no parênquima pulmonar. O tratamento recomendado é a ressecção cirúrgica da lesão.
CONCLUSÃO Apesar de rara, essa malformação deve sempre fazer parte do diagnóstico diferencial em pacientes com esses achados radiológicos, para que sejam possíveis avaliação e tratamento adequados.

 

Responsável
BÁRBARA CARVALHO SANTOS DOS REIS