Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro
Eczema por infecção de vias aéreas superiores
Silva, P.G.(1); Baptista, L.M.(2); Peixoto, A.B.(3); Cerqueira, F.G.(4); Moriguti, N.A.(5); Cerqueira, A.M.M.(6)
Hospita Municipal Jesus.
RESUMO
INTRODUÇÃO: os autores apresentam um caso de eczema perioral associado à infecção de vias aéreas superiores.
DESCRIÇÃO DO CASO: masculino, um ano e meio apresentando lesões eritematodescamativas, com fissuras na região perioral. A mãe refere que a criança tinha a compulsão de secar os lábios com a língua e noturnamente dorme mal e ronca. A criança já havia apresentado outras infecções de vias aéreas superiores (IVAS) anteriormente. A família estava aplicando um corticóide de média potência há alguns dias com piora e relato de ardência no local. Foi pedido radiografia de seios da face que mostrou velamento dos seios maxilares. Prescrito amoxacilina com clavulanato oral por quinze dias . O uso tópico de óleo vegetal de vitamina E, associado ao oxido de zinco, foi empregado com o objetivo de reduzir a sensação de ardor na pele da criança. A resposta foi satisfatória após a antibioticoterapia, havendo desaparecimento das lesões.
COMENTÁRIO: as dermatites peri orais são causadas por diversos agentes, entre eles o Dermodex foliculorum. O corticóide é usado erroneamente, como ação antiinflamatória e eczematosa, na presença de irritação e descamação das lesões localizadas nos lábios. Outro erro é o emprego de associações do mesmo com antifúngicos e antibióticos tópicos. A sensibilização local desses agentes podem provocar sequelas irreparáveis em uma criança pequena.
CONCLUSÃO: O quadro crônico de IVAS já havia sido relatado pela família. Porém, o menor não apresentava febre, apesar da obstrução respiratória. Deve-se pensar numa criança pequena que lesões dermatológicas podem estar associadas as manifestações sistêmicas.
Responsável
Larissa Maciel Baptista