Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro
Linfoma de Hodgkin tipo esclerose nodular grau II no paciente pediátrico: do diagnóstico ao tratamento
Feitosa, L.P.; Lima, L.L.; Secchin, H.V.; Souza, L.S.; Torrez, R.C.B.; Neto, J.M.A.M.
Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP/UFF.
RESUMO
O Linfoma de Hodgkin (LH) é um câncer que se origina nos linfonodos do sistema linfático. Corresponde apenas, 10 a 15% de todas as neoplasias na infância, mais comum no adulto jovem. Este trabalho tem como objetivo o relato de um caso de Linfoma de Hodgkin tipo esclerose nodular grau II (LH EN II) no paciente pediátrico. PACM 12 anos negro notou, há 20 dias, nodulação pequena em região supraclavicular esquerda, sem dor calor ou rubor. Procurou médico que receitou amoxacilina. Sem melhora do quadro e aumento da massa que se estendia para região cervical, procurou HUAP onde foi internado. À admissão, presença de massa cervical à esquerda de 7cm, indolor, sem sinais flogísticos, endurecido e à ausculta respiratória, murmúrio vesicular diminuído em hemitórax esquerdo, relato de febre noturna e perda ponderal de 5kg. Ao Rx Torax: volumosa opacidade no mediastino e deslocamento da traquéia para direita. À TC de tórax: massa mediastinal até região cervical à esquerda, comprimindo estruturas adjacentes, sem invadi-las, com faixas de atelectasia em lodo pulmonar superior esquerdo. A Biópsia evidenciou LH EN II. Foi iniciada quimioterapia com o protocolo ABVD (Adnamicina, Bleomicina, Vimblastina e Dacarbazina), com regressão de massa cervical. O LH tem como subtipos: esclerose nodular-tipo I e tipo II, rico em linfócitos, celularidade mista e depleção linfocítica. Crianças apresentam adenomegalia não dolorosa cervical ou, menos frequentemente supraclavicular. Dois terços das crianças afetadas têm algum, grau de comprometimento mediastinal, podendo levar à compressão da traquéia. Sintomas B: fadiga, perda ponderal, febre, prurido e suores noturnos podem estar associados. Seu diagnóstico é estabelecido pela biópsia ganglionar. Dessa forma, diante de um quadro clinico sugestivo, é de suma importância que o pediatra, inicie a investigação, para que diante da confirmação diagnostica o tratamento seja instituído precocemente. Evitando assim complicações e possibilitando a cura.
Responsável
Letícia Piedade Feitosa