Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro
Análise dos componentes da síndrome metabólica e adipocitoquinas em crianças pré-púberes
Ribeiro, RMQ; Madeira, IR; Bordallo, MAN; Carvalho, CNM; Gazolla, FM; Medeiros, CB
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
RESUMO
Obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia e metabolismo glicídico alterado são fatores de risco convencionais para doença cardiovascular, reunidos sob a sigla síndrome metabólica, onde a resistência insulínica explica o papel central da obesidade. Estes fatores já atuariam na infância. Este trabalho visa verificar o impacto da obesidade sobre os componentes da síndrome metabólica e sobre os níveis de adipocitoquinas em crianças pré-púberes.. Estudo transversal comparando 30 crianças obesas, 31 com sobrepeso e 33 eutróficas oriundas do ambulatório de pediatria geral de um hospital universitário, quanto às médias de: glicose (G), lipídios séricos, insulina (I), HOMA-IR, relação G/I, adiponectina e leptina. Compararam-se as freqüências de acantose nigricans e das alterações de: cintura, pressão arterial, G, lipídios séricos e I. Avaliou-se a correlação entre escore Z de IMC (ZIMC) e adipocitoquinas.. Houve diferença nas médias dos obesos quanto a HDL-colesterol e adiponectina; nas dos eutróficos quanto a insulina, HOMA-IR, relação G/I e leptina (p<0,001). O mesmo em relação às freqüências dos obesos quanto a acantose nigricans e alteração de cintura e HDL-colesterol (p<0,005). O ZIMC não se correlacionou com leptina e correlacionou-se negativamente com adiponectina (p<0,05). Na regressão linear múltipla, esta correlação não se manteve, e o HDL-colesterol foi a única variável que se correlacionou com adiponectina (p<0,05).. Os achados comprovam a influência da obesidade sobre os componentes da síndrome metabólica e sobre os níveis de adipocitoquinas já nas crianças pré-púberes e sugerem que a adiponectina exerce papel antiaterogênico através de interação com o metabolismo lipídico..
Responsável
Rebeca Mathias de Queiroz Ribeiro