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PROVITINA, CF; OBADIA, DA; PELEGRINA, PRD; ARAUJO,PA; FREITAS, ALS; REGO, JD; VALETE, COS
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p110, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A Varicela é uma enfermidade infecto-contagiosa comum em crianças, podendo evoluir de forma grave,apresentando lesões de tecidos subcutâneos com necrose, rapidamente progressivas, que podem ser fatais. A identificação precoce dos casos graves e seu encaminhamento para tratamento intensivo são fundamentais para o bom prognóstico
OBJETIVO: Descrever caso de Varicela necrotizante
MATERIAL E MÉTODO: Menina, 11 anos, internada com lesões de varicela associada à sepse, vasculite e choque. Contato intradomiciliar com irmão doente. Admitida com vesículas e crostas, celulite facial à direita, edema doloroso em regiões cervical e torácica superior bilateral, vasculite em pescoço, região inguinal esquerda e membros inferiores, febre, prostração, taquicardia, taquipneia, hipotensão, anúria, perfusão capilar lentificada e extremidades frias. Proteína C reativa elevada. Ultrassonografia e Tomografia de região cervical compatíveis com celulite e edema. Sob os cuidados da equipe de Terapia Intensiva, iniciou Aciclovir, Oxacilina e Clindamicina, substituídos por Meropenem e Cefepime devido à Pseudomonas aeruginosa em secreção de lesões cervicais e, posteriormente, por Vancomicina e Ciprofloxacino, pela presença de Staphylococcus coagulase negativo em hemocultura e swab de lesões . Fez Fluconazol devido o swab de secreção das lesões contendo Candida. Utilizou Imunoglobulina venosa, aminas vasoativas, hidrocortisona, furosemida e reposição volêmica com cristaloide. Submetida à ventilação não invasiva. Realizou desbridamentos cirúrgicos das áreas necrosadas e enxertia de pele sintética pela Cirurgia Plástica, além de sessões de tratamento hiperbárico. Com evolução clínica satisfatória, recebeu alta hospitalar após dois meses, com acompanhamento ambulatorial.
RESULTADOS: A Varicela é causa pelo DNA vírus varicela-zoster, cuja transmissão é de forma direta. Tem como complicações: infecções de pele e subcutâneo (mais comuns), pneumonia e infecções do sistema nervoso central. O aspecto das lesões pode ser peculiar, típico ou hemorrágico, evoluindo algumas vezes para necrose, caracterizando a chamada varicela necrotizante.
CONCLUSÃO O diagnóstico correto, o tratamento intensivo precoce e a abordagem continuada da cirurgia plástica garantiram a evolução satisfatória neste caso.
Responsável
POLLIANY ROBERTA DORINI PELEGRINA
Palavras-chave: