Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Análise comparativa entre neonatos com sepse e não sepse em UTI neonatal de Volta Redonda (RJ)

Silva, E.J.; Domingues, B.S.; Rocha, A.P.F.; Lustosa, S.A.S.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p93, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A sepse contribui para elevação dos índices de mortalidade neonatal, caracterizada por resposta inflamatória sistêmica na presença, ou como resultado de uma infecção suspeita ou confirmada.
OBJETIVO: Comparar as diferenças entre os recém-nascidos (RNs) que necessitaram de internação em UTI neonatal por sepse e não sepse.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal de abordagem quantitativa dos RNs internados em UTI neonatal pública de Volta Redonda-RJ no ano de 2013. Os RNs foram incluídos de maneira consecutiva e foram avaliadas as seguintes variáveis: idade materna, Ballard, peso, Apgar, tempo de internação, sexo, parto, prematuridade, desconforto respiratório e óbito. Comparados em dois grupos: Grupo A (sepse) e Grupo B (não sepse). Foi realizada análise estatística com teste quiquadrado para variáveis categóricas, com correção de Fisher para pequenas proporções e Teste T Student para variáveis numéricas. Foi considerando p<0,05 para significância estatística.
RESULTADOS: Dos 192 neonatos internados, o Grupo A teve 28 pacientes e o Grupo B teve 164 pacientes. Os resultados apresentaram-se no Grupo A e Grupo B, respectivamente: idade materna 24 anos±8 vs 27 anos±7 com p<0,05, Ballard sem significância estatística, peso 1652g±788g vs 2497g±1853g com p<0,001, Apgar sem significância estatística, tempo de internação 22 dias±30 dias vs 14 dias±18 dias com p=0,02, sexo sem significância estatística, parto cesariana 13 casos (46%) vs 121 casos (72%) com p < 0,005, RR=0,02, prematuridade 22 casos (78%) vs 87 casos (53%) com p>0,05, desconforto respiratório 19 casos (68%) vs 83 casos (51%) com p>0,05, e óbito 4 casos (14%) vs 10 casos (6%) com p>0,05.
CONCLUSÃO A sepse é importante causa de internação e mortalidade em RNs. Na casuística estudada, o recém-nascido que vai para a UTI neonatal nascido de mãe mais jovem, menor peso e parto vaginal apresentam risco maior de internação por sepse, aumentando o tempo de internação, custo hospitalar e resistência bacteriana.

 

Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA


Palavras-chave:

Hérnia Diafragmática Congênita de Apresentação Tardia por Bloqueio Hepático: Relato em UTI neonatal

Silva,E.J.; Rocha, A.P.F.; Lustosa, S.A.S.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p96, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A hérnia diafragmática congênita (HDC) é um defeito na fusão das membranas pleuroperitoneais do diafragma, permitindo migração de órgãos da cavidade abdominal para torácica, 88 a 97% tem acometimento prioritário à esquerda e raro à direita. Os sintomas respiratórios são comuns logo após o nascimento. 5 a 10% dos casos manifestam-se tardiamente como síndromes suboclusivas ou oclusivas de trato gastrointestinal, podendo passar desapercebido até a fase adulta ou nunca se expressar clinicamente.
OBJETIVO: Atentar para importância de considerar defeitos congênitos do diafragma no diagnóstico de manifestações respiratórias súbitas.
MATERIAL E MÉTODO: Y.B.B.S., 23 dias, sexo feminino, deu entrada em pronto socorro com queixa de tosse seca, cansaço e distensão abdominal. Ao exame físico apresentou-se hipocorada, cianótica ao choro, irritada, dispneica, batimento de asa de nariz e retrações subcostais. Abdome globoso, doloroso à palpação, peristalse diminuída. A radiografia torácica mostrou imagem densa nos dois terços inferiores de hemitórax direito. Diagnosticada inicialmente como pneumonia e levantada hipótese de cardiomegalia. Após avaliação cuidadosa foi diagnosticada HDC. Gestação com realização de quatro ultrassonografias, sem anormalidades. Nascida de parto cesáreo devido iteratividade, a termo, apgar 6/8 com alta hospitalar após 48 horas de vida. A paciente foi encaminhada para cirurgia, sendo encontrado em cavidade torácica cólon transverso, ascendente e lobo hepático esquerdo. Foi realizado fechamento direto. Permaneceu em UTI neonatal em IMV protetora. Alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial.
RESULTADOS: Com menor ocorrência à direita e devido bloqueio hepático, este relato demonstra a raridade do caso, por se tratar de paciente do sexo feminino, visto que a literatura descreve prevalência no sexo masculino. A sintomatologia se deu devido ao aumento da pressão intra-abdominal, deslocando conteúdo abdominal para hemitórax direito em forame anteriormente bloqueado.
CONCLUSÃO Como na manifestação tardia da HDC, devemos considerar os defeitos congênitos do diafragma na abordagem diagnóstica de manifestações respiratórias de instalação súbita em crianças.

 

Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA


Palavras-chave:

Infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva neonatal do interior do estado do Rio de Janeiro

Silva, E.J.; Domingues, B.S.; Rocha, A.P.F.; Lustosa, S.A.S.; Santos, M.C.P.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p94, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Os índices brasileiros mostram taxas de infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIneo) entre 18,9 e 57,7%, havendo referência para possíveis causas nas condições de trabalho, estrutura física e número de profissionais por leito.
OBJETIVO: Descrição epidemiológica de neonatos admitidos em UTIneo diagnosticados com infecção hospitalar.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa com dados coletados através de registros da CCIH de nosocômio estudado. Foram selecionados neonatos admitidos de janeiro a dezembro de 2013 em UTIneo pública da região Sul Fluminense do Rio de Janeiro.
RESULTADOS: Em 2013, dos 192 recém-nascidos internados, 39 (20,3%) apresentaram infecção hospitalar com prevalência nos neonatos com peso ao nascer maior que 2500g em 8 casos (20,5%), e neonatos com peso ao nascer inferior a 2500g, 31 casos (79,8%). Destes, 14 (45,1%) tinham peso extremamente baixo e 13 (41,9%) tinham peso muito baixo. A topografia das infecções hospitalares mostrou 10 casos (25,6%) de pneumonia (PNM), 9 casos (23,1%) de infecção primária da corrente sanguínea (BSI), 6 casos (15,4%) de conjuntivite, 4 casos (10,2%) de infecção de sítio cirúrgico (ISC), 4 casos (10,2%) de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), 2 casos (5,1%) de infecção relacionada ao cateter central (IAVC), 2 casos (5,1%) de gastroenterite aguda (GEA), 1 casos (2,5%) de infecção do trato urinário (ITU) e 1 casos (2,5%) de infecção relacionada ao cateter periférico (IAVP).
CONCLUSÃO A unidade avaliada apresentou ênfase para PNM, BSI e Conjuntivite, representando aproximadamente 64% dos casos. Os casos de infecções hospitalares dos submetidos a procedimentos invasivos, apesar de relevantes, mostraram-se inferiores ao esperado. Dentre casos de pneumonias, 28,5% estiveram relacionadas à ventilação mecânica. Busca-se rigor no cumprimento dos protocolos propostos pela CCIH e orientação de profissionais na assistência ao neonato. Todavia, nem todas as infecções hospitalares são passíveis de prevenção mesmo em condições ideais. Busca-se redução dos dados encontrados, identificando nos mapeamentos epidemiológicos formas de melhorias da assistência prestada.

 

Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA


Palavras-chave:

Perfil epidemiológico de UTI neonatal de maternidade pública do interior do RJ

Silva, E.J.; Domingues, B.S.; Rocha, A.P.F.; Lustosa, S.A.S.; Santos, M.C.P.;

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p92, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Observamos, nessas últimas décadas, grande avanço da medicina intensiva neonatal, gerando modificação na evolução e prognóstico. Os levantamentos epidemiológicos neste setor ainda são pouco estudados nos países em desenvolvimento.
OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico de recém-nascidos (RNs) admitidos em UTI neonatal pública do interior do estado do Rio de Janeiro em 2013 e conhecer as características e os fatores relacionados com a internação neonatal.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através da análise do livro de registro de internação da unidade no período de janeiro a dezembro de 2013, em que foram analisados 193 neonatos.
RESULTADOS: Dos 193 RNs, 52,85% eram do sexo masculino e 47,15% do sexo feminino. Foram 69,95% nascidos de parto cesáreo, enquanto 30,05% nascidos de parto vaginal. 39,9% tinham peso de nascimento maior ou igual a 2500g e 60,1% tinham baixo peso, muito baixo ou extremo baixo peso ao nascer. 64,24% dos RNs do estudo eram prematuros, sendo destes 21,77% prematuros extremos e 78,23% prematuros moderados. 42,48% das mães tinham menos de 25 anos, 20,20% entre 26 e 30 anos e 37,3% mais de 30 anos. 7,5% foi o percentual de óbitos, 81,34% os casos com alta e 11,4% transferidos para outros serviços de neonatologia.
CONCLUSÃO A população internada apresentou índice expressivo de RNs prematuros e/ou com baixo peso ao nascer, nascidos de parto cesáreo, filhos de mães com 25 anos ou menos e mães com 30 anos ou mais. Através do conhecimento das características dos pacientes internados, nossos esforços deverão visar melhor assistência pré-natal e prever recursos, organizar processos e treinar pessoas para melhorar a assistência à saúde na UTI neonatal e, ainda, no período pré-natal.

 

Responsável
NATHALIA MARINHO FERREIRA


Palavras-chave: