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Santos, S.C.F.; Moura, A.T.M.S.; Rafael, R.M.R.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p21, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: O setor da saúde vem tentando estruturar-se para o atendimento de casos de violência familiar, construindo redes intersetoriais e linhas de cuidado. Os serviços especializados fazem parte dessa rede, recebendo um perfil diferenciado de crianças, que, além da vitimização, apresentam necessidades complexas.
OBJETIVO: Descrever o perfil das crianças vítimas de violência familiar atendidas em um serviço especializado e suas demandas por cuidados especiais.
MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se análise de todos os prontuários de serviço direcionado ao atendimento de casos de violência familiar referidos pelo ambulatório de pediatria de um hospital universitário, no período de agosto de 2012 a maio de 2013. Foram avaliados os tipos de violência, o perfil da criança e de seu cuidador, o uso de serviços de suporte social e a frequência em outros serviços de especialidades.
RESULTADOS: A amostra compreendeu 128 prontuários, em que a maioria das crianças era do sexo feminino (52,6%) e na faixa etária entre 5 e 9 anos (62,3%). A violência mais frequente foi a física (58%), seguida da sexual (30,5%), da psicológica (27,8%) e da negligência (23,6%). Dos participantes do estudo, 29,8% faziam acompanhamento na psicologia, 16,7% na fonoaudiologia, e 14,9% na nutrição. Quanto à presença de comorbidades, 50 % também frequentavam o ambulatório de neuropediatria, 28,5% a nefropediatria, e 25% a genética e follow-up. Não houve relato de uso de suporte social nos prontuários.
CONCLUSÃO A assistência oferecida por serviços especializados está contemplada na proposta de organização de linhas de cuidado e precisa estar integrada à rede de proteção às crianças vítimas. Os casos complexos acabam envolvendo diversos equipamentos da saúde, o que poderia facilitar a detecção de conflitos e a construção de vínculos entre familiares e equipes. Para tanto, seria necessário o desenvolvimento de mecanismos que promovessem a comunicação entre os setores, evitando a superposição da assistência oferecida nos diferentes níveis de atenção e minimizando as consequências da violência familiar contra a criança.
Responsável
ANNA TEREZA MIRANDA SOARES DE MOURA
Palavras-chave:
Conceição, L.V.; Moura, A.T.M.S.; Rafael, R.M.R.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p22, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A violência familiar contra a criança é considerada um problema de saúde pública, e a necessidade de uma abordagem diferenciada no âmbito da saúde já é consenso. Os serviços fazem parte da rede necessária na condução dos caso,s e a participação ativa dos usuários pode ser um diferencial na construção da linha de cuidado nessas situações complexas.
OBJETIVO: Refletir com pais de crianças atendidas no ambulatório de pediatria sobre os métodos de disciplina e as etapas de desenvolvimento infantil.
MATERIAL E MÉTODO: Realizada atividade de sala de espera, previamente agendada e com duração de aproximadamente 40 minutos. A dinâmica incluiu diferentes momentos: reflexão sobre o conhecimento de aspectos do desenvolvimento infantil, leitura de casos cotidianos que demandam ações disciplinares e discussão sobre a melhor conduta a ser tomada na situação descrita. Participaram cerca de 15 responsáveis. Ao final da atividade foi distribuído material instrutivo, além de breve questionário para avaliação, sendo abordada a importância de relacionar as ações da criança com seu estágio de desenvolvimento.
RESULTADOS: Algumas participantes preferiram permanecer como espectadoras e não participaram ativamente da discussão. O conhecimento sobre o desenvolvimento infantil foi bastante variado, bem como as opiniões sobre os métodos de disciplina a utilizar em situações corriqueiras. A maioria opinou sobre ações de disciplina não violenta, como, por exemplo, conversar, orientar e colocar de castigo. As participantes relataram possíveis causas para o comportamento inadequado das crianças, como a superproteção e a influência negativa de pessoas próximas.
CONCLUSÃO Todas as participantes qualificaram a atividade como positiva, sendo identificado o desconhecimento sobre os marcos de desenvolvimento infantil. Foi possível verificar a importância desse conhecimento para promover melhor relação familiar, compreendendo as atitudes dos filhos no cotidiano. Contemplar a participação dos usuários na construção do cuidado pode ser um diferencial na assistência oferecida, possibilitando a individualização das ações desenvolvidas em parceria.
Responsável
ANNA TEREZA MIRANDA SOARES DE MOURA
Palavras-chave:
Conceição, L.V.; Rafael, R.M.R.; Moura, A.T.M.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p20, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A violência contra a criança é considerada um problema complexo, gerando expressivo impacto social, com repercussões nas políticas da saúde e de outros setores envolvidos. O perfil de comorbidades na prática pediátrica mudou, exigindo um cuidado ampliado para crianças portadoras de doenças crônicas. O acompanhamento desses pacientes demanda uma avaliação integral, sendo fundamental perceber como se desenvolvem os cuidados e os vínculos na família envolvida.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência familiar em crianças portadoras de doenças crônicas atendidas em ambulatório de especialidades pediátricas, refletindo sobre os potenciais impactos sobre o cuidado multiprofissional.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo seccional realizado em ambulatório de especialidades de hospital universitário, utilizado o instrumento "Conflict Tactic Scales: Parent Child Version" (CTSPC). A coleta de dados ocorreu por meio de amostragem por oportunidade com os responsáveis das crianças. Foram estimadas as prevalências dos diferentes tipos de violência, calculando-se os respectivos intervalos de confiança a 95%.
RESULTADOS: A amostra compreendeu 152 questionários aplicados, com predomínio de crianças do sexo masculino, idade até 4 anos e frequentando a rede de ensino. A quase totalidade dos participantes relatou mais de 3 consultas médicas por ano (89.5%; IC95%: 84.5/94.4). Em relação aos tipos de violência, observou-se positividade na escala de maus-tratos físicos graves em 8.0% da amostra (IC95%: 21.3/38.3) e 87.5% para agressão psicológica (IC95%: 75.3/87.8).
CONCLUSÃO Famílias com pacientes portadores de doenças crônicas tendem a ter uma forma de resolução violenta de conflitos, pois o cuidado desse paciente é um fator frequente de estresse na dinâmica cotidiana da família. Os dados mostram uma realidade alarmante, com um número expressivo de vítimas de violência grave em idade pré-escolar, período crucial do desenvolvimento infantil. Vale ressaltar que a complexidade dessas situações acaba dificultando a detecção da violência, pois as demandas assistenciais envolvem múltiplas tarefas e olhares multiprofissionais.
Responsável
ANNA TEREZA MIRANDA SOARES DE MOURA
Palavras-chave: