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Araújo, P.A.; Souza, R.L.C.; Pelegrina, P. R.D.; Obadia, D. A.; Santana, B.P.; Reis, F. A.; Oliveira, V.S.C.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p113, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: Pneumonia necrotizante (PN) é uma complicação rara e grave das pneumonias comunitárias, e sua incidência vem aumentando.
OBJETIVO: Relatar um caso clínico ocorrido em junho de 2014, no Prontobaby - Hospital da Criança.
MATERIAL E MÉTODO: Lactente do sexo feminino, 4 meses de idade, sem história pregressa importante, admitida na emergência com queixa de tosse produtiva há 5 dias associada à náusea e diarreia. Apresentava-se afebril, gemente, fontanela normotensa, vias aéreas superiores congesta, hiperemia moderada de orofaringe, taquidispneica, com tiragem subcostal e de fúrcula esternal moderada, roncos e sibilos à ausculta. Realizado o diagnóstico, foram solicitados hemograma completo mostrando leucocitose sem desvio e radiografia de tórax com condensação em lobo superior direito. Iniciada antibioticoterapia empírica com penicilina cristalina. Houve melhora clínica, porém no terceiro dia evoluiu com piora radiológica, optando-se por trocar a antibioticoterapia por amoxicilina com clavulanato. Realizados novos exames de imagem, observou-se derrame pleural e iniciou-se oxacilina. Apesar disso, a paciente apresentou piora radiológica. Havendo troca do esquema antibiótico para cefepime, vancomicina e claritromicina, utilizou-os por 21 dias, tendo condições de alta hospitalar.
RESULTADOS: A criança com PN apresenta um aspecto doente, febre alta e sintomas respiratórios com hipoxemia, devendo esse diagnóstico ser pensado diante de uma pneumonia com evolução desfavorável. A tomografia computadorizada é o exame padrão ouro para o diagnóstico. A antibioticoterapia deve ser prolongada (por 4 semanas), sendo a vancomicina e a clindamicina os antibióticos de escolha. Mesmo sendo uma uma doença grave na fase aguda, a PN tem um prognóstico favorável na população pediátrica.
CONCLUSÃO Conclui-se que há relevância na demonstração do caso, pois devemos ficar atentos aos quadros de pneumonias comunitárias que se arrastam por um longo período, associados à sinais e sintomas de piora. Havendo diagnóstico precoce e tratamento e acompanhamento adequados, o paciente evolui para a cura sem maiores complicações ou sequelas.
Responsável
PRISCILA DE ALMEIDA ARAUJO
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