Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Como diferenciar e abordar refluxo gastroesofágico fisiológico (regurgitação do lactente) e doença do refluxo gastroesofágico: uma síntese de evidências

How to differentiate and approach physiological gastroesophageal reflux (infant regurgitation) and gastroesophageal reflux disease: a summary of evidence

Luciano Rodrigues Costa; Hiram Silva Nascimento de Oliveira; João Victor Corrêa Reis; Caio Barroso Rosa; Débora Vieira Diniz Camargos

Revista de Pediatria SOPERJ - V.21, Nº1, p3-8, Março 2021

Resumo

INTRODUÇÃO: O refluxo gastroesofágico fisiológico (RGF) é um fenômeno de escape do conteúdo estomacal para o esôfago por imaturidade do esfíncter esofagiano inferior, que tende a desaparecer por volta de um ano de idade. Essa manifestação geralmente não vem acompanhada de outros sintomas. Já a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é caracterizada pela regurgitação crônica, que pode permanecer além de um ano de vida, associada a outras manifestações como choro, irritabilidade e perda ponderal.
OBJETIVO: Capacitar o profissional da saúde a reconhecer e diferenciar as duas patologias, conhecer os meios diagnósticos e saber escolher de maneira eficaz a terapêutica selecionada para cada caso.
MÉTODO: Revisão da literatura com pesquisa efetuada a partir das bases de dados PubMed, ScIELO e Google Acadêmico, selecionando os artigos que cumpriram os critérios de inclusão escolhidos.
SÍNTESE DE EVIDÊNCIAS: O estudo demonstrou que, a partir de uma boa anamnese, é possível coletar informações importantes para diferenciar as duas afecções, uma vez que o que as diferencia é a presença de sintomas como perda ponderal, irritabilidade e choro na DRGE e persistência do refluxo por um tempo maior, o que não ocorre no RGF. Em relação ao manejo, é importante adotar, em ambas as situações, medidas alimentares e posturais a fim de aliviar os sintomas. Em caso de necessidade de medidas medicamentosas, avaliar o uso de fármacos como os inibidores de bomba de prótons (Esomeprazol) e pró-cinéticos (Domperidona).


Palavras-chave: Refluxo fisiológico; DRGE; Doença do refluxo gastroesofágico; Diretrizes; Tratamento.

Doença meningocócica: situação epidemiológica atual no Brasil

Meningococcal disease: current epidemiological situation in Brazil

Joanna Calmeto Guedes; Igor Pereira de Carvalho; Juliana Jangelavicin Barbosa; Luiza de Aguiar Missel; Lara Thauana Guimaraes Pena; Luciano Rodrigues Costa; Clarisse Pereira Dias Drumond Fortes

Revista de Pediatria SOPERJ - V.18, Nº2, p24-27, Junho 2018

Resumo

INTRODUÇÃO: a doença meningocócica é patologia de notificação compulsória, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, capaz de produzir amplo espectro clínico, cujos fatores de risco estão relacionados a aglomeração no domicílio, tabagismo, dentre outros. No Brasil, é uma doença endêmica com ocorrência periódica de surtos epidêmicos em vários municípios e principal causadora de meningite bacteriana. Como medidas de prevenção e controle são realizadas a vacinação e a quimioprofilaxia.
OBJETIVO: o trabalho tem como objetivo principal a análise crítica sobre os casos confirmados e óbitos ocorridos por doença meningocócica registrados entre os anos de 2010 e 2017.
MÉTODOS: realizou-se um estudo descritivo dos casos confirmados e dos óbitos por doença meningocócica registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com data do início dos sintomas em janeiro de 2010 a dezembro de 2016. A data da atualização do banco de dados do sistema foi abril de 2017.
RESULTADOS: quando comparados os casos confirmados no ano de 2010 e 2016, percebe-se um declínio. Quando se analisa o número de óbitos, verifica-se que este diminuiu mais de 60%. A taxa de incidência também decaiu significativamente. Apesar da queda observada, a taxa de letalidade vem mantendo-se estável.
CONCLUSÕES: de acordo com nossa interpretação dos dados analisados, os casos confirmados, assim como os óbitos por doença meningocócica, diminuíram ao longo dos anos, principalmente depois da introdução da vacina meningocócica conjugada para o sorogrupo C. Apesar de todo sucesso observado, é necessário manter uma vigilância efetiva sobre a doença meningocócica.


Palavras-chave: Meningite meningocócica; Epidemiologia; Relatos de casos; Obito.

Síndrome do Bebê Sacudido - Um Relato de Caso

Shaken Baby Syndrome - A Case Report

Isadora Froeder Oliveira; Clarisse Pereira Dias Drumond Fortes; Viviane Soldati Mól; Rosemary Rezende; Luciano Rodrigues Costa; Thaísa Machado

Revista de Pediatria SOPERJ - V.19, Nº2, p46-49, Junho 2019

Resumo

INTRODUÇÃO: A síndrome do bebê sacudido (SBS) é uma das causas de lesão não acidental de mais difícil diagnóstico na prática pediátrica.
OBJETIVO: Relatar um caso de síndrome do bebê sacudido, discutir a importância do reconhecimento dessa síndrome e abordar seu diagnóstico e manejo, visando amenizar as consequências para a saúde física e emocional da criança.
DESCRIÇÃO DO CASO: Relatamos caso de lactente de 4 meses de idade, que deu entrado em pronto socorro por quadro convulsivo e fontanela abaulada, evoluindo com quadro comatoso. Apresentava história de fratura em fêmur aos 3 meses, atraso vacinal e pais usuários de drogas ilícitas. Realizou-se investigação com tomografia computadorizada de crânio, com achados compatíveis com a SBS.
COMENTÁRIOS: A síndrome do bebê sacudido é o trauma cerebral não acidental com maior mortalidade na pediatria. Frequentemente subnotificada, constitui um grande desafio diagnóstico. O relato exemplifica bem a síndrome, mas, sobretudo, informa a importância de sua identificação e prevenção.


Palavras-chave: Síndrome do bebê sacudido; Maus tratos; Abuso infantil.