Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Pneumologia

EFEITOS COLATERAIS DA CORTICOTERAPIA PROLONGADA NO TRATAMENTO DA ASMA

 

NULMA SOUTO JENTZSCH (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); CLAUDIO LOVAGLIO CANÇADO TRINDADE (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); FRANCISCO JOSÉ FERREIRA DA SILVEIRA (FACULDADE CIENCIAS MÉDICAS MG); RENATA ALVES FERREIRA ANICIO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); RENATHA DAIANE LOPES ASSUNÇAO (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); SARITA CARDOSO VIANA VASCONCELOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); ÉRICA LUCIANA FERNANDES (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS); SABRICE DELAMARA OLIVEIRA BORGES GUEBA LOPES (HOSPITAL UNIVERSITARIO CIENCIAS MÉDICAS)

 

P-159

OBJETIVO: Avaliar os efeitos colaterais decorrentes do uso prolongado de corticóide inalatório (CI) para tratamento da asma em crianças e adolescentes.
MÉTODOS: Estudo transversal com 79 participantes, de 4 a 18 anos, com mais de um ano de tratamento com CI, pertencentes ao serviço de Pneumologia da Unidade de Referência Secundária (URS) do SUS. Foram avaliadas as alterações de pele (equimoses e púrpuras), olhos (catarata e glaucoma), mucosas das vias aéreas (tosse, rouquidão e candidíase), dosagem do cortisol plasmático e índice pondero-estatural. Para descrever as variáveis qualitativas foram utilizadas as frequências absoluta e relativa, e para descrever as variáveis quantitativas foram utilizadas a média e o desvio padrão. Para comparação das variáveis qualitativas com o tempo de CI, foi utilizado o teste de Mann-Whitney, e para verificar a correlação entre as variáveis quantitativas com o tempo de CI foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman.
RESULTADOS: Os efeitos colaterais mais encontrados foram tosse (24%) logo após o CI e rouquidão (17%). Dois pacientes dos 46 aptos a realizarem exames oftalmológicos (4,3%) apresentaram alterações: um catarata e outro hipertensão ocular limítrofe. O cortisol plasmático foi baixo em 24 participantes (30,4%).
CONCLUSÕES: Os efeitos colaterais decorrentes do uso de CI devem sem avaliados, visando reduzir riscos e aumentar benefícios. Este estudo compreendeu 79 pacientes, uma amostra pequena, mas cujo resultados estão alinhados com pesquisas maiores já realizadas.