Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Outras

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

 

DANIELA KOELLER RODRIGUES VIEIRA (IFF E FUSAR); ALEXANDRE NASCIMENTO LISBOA (FUSAR); CRISTIANE COELHO CABRAL (FUSAR); LUIZ FELIPE NOGUEIRA (FUSAR); ALMIRO DOMICIANO DA CRUZ FILHO (IFF)

 

P-140

INTRODUÇÃO: A mudança no perfil epidemiológico brasileiro e a melhoria no acesso e na qualidade da assistência à saúde vem gerando um número crescente de crianças e adolescentes com doenças crônicas, como por exemplo, os nascidos prematuros ou com malformações congênitas. Tais pacientes muitas vezes são dependentes de tecnologias e necessitam da assistência domiciliar ou cuidados paliativos.
OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos assistidos por programa de assistência domiciliar no SUS.
MÉTODO: Estudo exploratório, quantitativo, descritivo e transversal, através da revisão de prontuários dos pacientes assistidos por programa de assistência domiciliar no SUS, com a idade de 0 a 18 anos no período de junho de 2013 até novembro de 2015. As variáveis analisadas serão: idade, sexo, diagnóstico, uso de tecnologias e/ou dispositivos tecnológicos associados; desfecho do caso. O estudo está registrado sob o CAEE nº 47045015.9.0000.5269.
RESULTADOS: Foram assistidos 12 pacientes, sendo 33,3% do sexo feminino e 66,7% do sexo masculino. A distribuição etária mostrou que 8,3% menores de 01 ano, 16,7% de 1 a 4 anos, 41,7% de 5 a 9 anos e 33,3% de 10 a 18 anos. Os grupos etiológicos encontrados foram doenças genéticas e/ou malformações congênitas (41,7%), causa ambiental (50%) e causa autoimune (8,3%) . 83% dos pacientes é dependente de tecnologias, incluindo TQT, GTT e dispositivos de suporte respiratório. O tempo médio de seguimento foi de 249 dias. Segundo o GRITE - Gráfico Individual de Itinerário Terapêutico foram reinternados 50% dos pacientes nos primeiros 14 meses de seguimento e 33,3% no segundo período de 14 meses. Evoluiram para óbito 30% dos casos.
CONCLUSÃO: A complexidade dos pacientes pediátricos que precisam de assistência domiciliar justifica a inclusão de pediatras junto aos programas do SUS, através de ações de matriciamento, educação permanente e assistência direta aos pacientes.