Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Neonatologia

ADÂMNIA PROLONGADA E O RECÉM NASCIDO

 

KARINA S.VANDRESEN ZECHETTO (SANTA CASA DE PARANAVAI); CAROLINA M. FERNANDES (SANTA CASA DE PARANAVAI); CARLA JOCK (SANTA CASA DE PARANAVAI); CRISTIANE CONSALTER (SANTA CASA DE PARANAVAI); DALILLA S.SANTOS (SANTA CASA DE PARANAVAI); DANIELA FRAZATTO (SANTA CASA DE PARANAVAI); DENISE C.VARGAS (SANTA CASA DE PARANAVAI); SALETE M.PELISSON (SANTA CASA DE PARANAVAI)

 

P-113

Gestante com adrâmnia desde a 22 semanas de gestação, ficou internada em tratamento clínico com Kefazol, realizado várias doses de corticóide com intervalos de 24 horas até a interrupção da gestação. Pré natal completo, sorologias do primeiro e segundo trimestre negativas. 32 anos, G3 PC2. RN sexo feminino, nasceu de parto cesariana, IG de 30 semanas, apgar 06 e 09, necessitou de dois ciclos de VPP em sala de parto, a inspecção nenhuma anormalidade aparênte. Foi encaminhado a UTI neonatal, peso de nascimento, 1.525kg, colocado em CPAP nasal, mantendo saturação de oxigênio, retração intercostal, subcostal e taquipnéia. Ao raio X de tórax observou-se membrana hialina grau III, retificação de arcos costais, área cardíaca normal, foi sedado com midazolam e fentanil, e realizado a intubação orotraqueal e após surfactante, mantido entubado. Raio x de controle com resolução do infiltrado e transparência pulmonar normal. Permaneceu entubado por 6 dias, em uso de antibióticoterapia, com acompanhamento através de exames laboratoriais (gasometria arterial, hemograma e PCR), no sétimo dia de vida foi extubado e colocado novamente em CPAP onde permaneceu por três dias, no décimo dia de internação foi retirado o CPAP e colocado oxigênio proximal, e após mantido em ar ambiente. Em geral a oligodrâmnia severa ou adrâmnia não trás riscos maternos, por outro lado a mortalidade perinatal é elevada, não só pela prematuridade, mas também pela possibilidade de alterações cromossômicas e congênitas. A oligodrâmnia prolongada, principalmente quando iniciada no segundo trimestre pode originar várias anormalidades fetais decorrentes da compressão fetal no interior da cavidade uterina, como, deformidades de face e membros, e hipoplasia pulmonar.