Revista de Pediatria SOPERJ

Infectologia

PERFIL DA SÍFILIS CONGÊNITA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA

ELIANE ARAUJO (CENTRO MUNICIPAL DE SAUDE ERNANI AGRICOLA); EVANDRO CHAGAS (CENTRO MUNICIPAL DE SAUDE ERNANI AGRICOLA); ANGÉLICA PINHEIRO (CENTRO MUNICIPAL DE SAUDE ERNANI AGRICOLA)

P-102

INTRODUÇÃO: A Sífilis Congênita, caracterizada pelo tratamento não realizado ou inadequadamente tratado da gestante infectada pelo Treponema Pallidum é motivo de preocupação principalmente na atenção básica, onde devem ser criadas estratégias de promoção visando redução de sua prevalência contraponto as estatísticas atuais.
OBJETIVOS: Analisar a Incidência de Sífilis na Gestante acompanhada em uma Unidade de Saúde, a partir do diagnóstico no Pré- natal, até o seguimento clinico do lactente conforme diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde.
METODOLOGIA: Análise quali- quantitativa, e análise dos casos de 2015 de 1 semestre de 2016, notificados - SINAN.
RESULTADOS: No Ano de 2015, a Unidade apresentou 11 casos notificados de Sífilis em gestante. destes 80% das gestantes foram consideradas adequadamente tratadas, porém com um percentual de parceiro adequadamente tratado de 40%. No período de Janeiro a junho de 2016 tivemos 2 casos de sífilis em gestante com 100 % de gestantes e parceiros tratados adequadamente, com acompanhamento destes RNs e Lactentes de forma adequada (VDRL negativos). A conscientização de gestantes a iniciar o Pré-natal até 12 semanas com imediata realização de teste rápido para sífilis, viabilizando diagnóstico e tratamento em tempo oportuno, associado a participação do parceiro no pré- natal, com oferta imediata do teste rápido e acolhimento do mesmo viabilizou a melhoria dos resultados de 2016 em relação aos casos analisados no ano de 2015.
CONCLUSÃO: Apesar de se tratar de uma Unidade com atendimento nos moldes de Saúde da Família, há um cenário ainda impactante para melhoria continuada dos resultados. Ações de Promoção em Saúde visando informação, educação, além do diagnóstico precoce de mulheres em idade fértil, evitando o impacto percentual da Sífilis em gestante e sífilis congênita, representam nosso atual desafio.