Infectologia
NATIMORTALIDADE ASSOCIADA À SÍFILIS CONGÊNITA NA MATERNIDADE PÚBLICA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO - RJ: RELATO DE CASO
MARIA ELIZABETH HERDY BOECHAT (HOSPITAL DA MULHER GONÇALENSE-RJ); CRISTINA MADALENA GOMES DA COSTA (HOSPITAL DA MULHER GONÇALENSE-RJ); ISABELA PAULA DA SILVA DEL RIO DE ALMEIDA (HOSPITAL DA MULHER GONÇALENSE-RJ); CASSEMIRO SERGIO MARTINS (HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITEROI-RJ ); LUIZA HERDY BOECHAT LUZ TIAGO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS-RS); JULIANA MARIA BESTETTI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS-RS)
P-084
INTRODUÇÃO: A transmissão vertical da Sífilis além de propiciar severas anomalias ao concepto também pode evoluir para o parto prematuro, abortamento e natimortalidade. Neste estudo citaremos este último desfecho.
DESCRIÇÃO DO CASO: Inicialmente contextualizaremos informações da sua puérpera: A. A. S. V., 15 anos, negra, solteira, estudante da sexta série do ensino fundamental, residente em Santa Izabel, São Gonçalo, RJ, primípara, idade gestacional de 34 semanas, com 04 consultas de pré-natal em clínica particular tendo 03 ultrassonografias obstétricas e um VDRL realizado em 18/11/2015 com a titulação de 1/128 sem tratamento desta mulher e do seu parceiro sexual. Em 20/01/2016 é internada nesta maternidade apresentando dor no baixo ventre, perda líquida por via vaginal e ausência de movimentos fetais. Neste mesmo dia é feita ultrassonografia obstétrica que detectou batimentos cardio-fetal inaudíveis; HIV não reagente (teste rápido) e VDRL reagente (teste rápido). Evoluindo assim, nesta mesma data para o parto vaginal com natimorto macerado, sexo masculino, peso 2940g, estatura de 51 cm e perímetro cefálico de 32 cm. Sendo prescrito esquema de doses de penicilina benzatina intramuscular preconizado pelo Ministério da Saúde para o tratamento da Sífilis à parturiente e na sua alta hospitalar foi encaminhada à unidade municipal de referência em doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) no município em que reside.
DISCUSSÃO: Verificamos que apesar desta puérpera ter frequentado pré-natal, tanto ela como seu parceiro sexual não receberam tratamento e monitoramento para a Sífilis. Condição que se tornou interveniente para esta natimortalidade.
CONCLUSÃO: Portanto, é fundamental a oferta de ações com efetividade do pré-natal, visando assim, que o mesmo possa contribuir na prevenção da Sífilis Congênita e seus transtornos clínicos ao concepto.