Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Dermatologia

VASCULITE URTICARIFORME NA INFÂNCIA - RELATO DE CASO

 

GIOVANNA GIACOMINI RAMALHO (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS); MAYARA DE SOUZA MIYAHARA (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS); LARISSA SANCHEZ APOSTOLICO SILVA (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS); MARIANA ALBERTINAZZI DE SOUZA (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS); ANA PAULA CRUZ GONÇALES (HOSPITAL BENEFICIENTE UNIMAR); ALESSANDRA GEISLER DAUD LOPES (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS); LUCIANA PESQUEIRA (HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS)

 

P-040

A vasculite urticariforme é caracterizada por uma variedade de manifestações cutâneas, sistêmicas e dosagens sorologicas. A UV representa uma entidade clínica que varia entre urticária com vasculite mínima ou vasculite com mínimas manifestações de urticária. É considerada uma doença de diagnóstico raro, que acomete mulheres em 60 a 80% dos casos com pico de incidência na quarta década de vida, os casos já reportados em crianças mostra incidência em paciente acima do primeiro ano de vida. Pode estar associada a outras doenças clíncas como LES, Hepatite B, malignidade ou ser uma síndrome primária. O objetivo desse estudo é relatar caso de paciente previamente hígida que procurou serviço de pronto atendimento com lesões cutâneas e artralgia importante. Y.R.S.A., feminino, 5 anos, apresentando lesões na pele há um dia, inicialmente em tronco, que evoluiram para os membros e face, percebendo hiperpigmentação após 24 horas de evolução com aparecimento de novas lesões. Referia acompanhamento por dermatite atópica. Ao exame, apresentava placas eritematosas palpáveis em pés, membros e troncos com edema em todas as articulações que limitavam sua movimentação. Exames laboratorias mostrando normocomplementemia, provas inflamatórias elevadas. Optado por tratamento com corticoterapia e anti-histaminicos. Evoluiu com melhora das lesões e recebeu alta após 72 horas de observação sem novas lesões para acompanhamento ambulatorial. O caso relatado apresentou-se com boa evolução clínica, em seguimento ambulatorial com todos exames investigativos para causas secundária apresentando-se negativos. Sem aparecimento de novas lesões, descartando forma crônica de vasculite urticariforme e a mesma sendo considerada doença primária. A Vasculite urticariforme é um diagnóstico raro crianças, porém quando suspeitado deve ser investigado por poder se correlacionar com uso de drogas como penicilinas, doenças crônicas como LES , infecções por EBV ou Hepatite B ou C e doenças malignas como adenocarcinomas.