Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 15(supl 1)(2) - Março 2015

Relato de Caso

Relato de caso de bronquiolite obliterante pós-infecciosa

 

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

 

Resumo

INTRODUÇÃO: A Bronquiolite Obliterante (BO) é uma síndrome clínica caracterizada pela obstrução crônica das pequenas vias aéreas. Várias causas desta enfermidade já foram descritas, sendo as mais comuns as de etiologia viral. O presente trabalho é um relato do caso de um paciente de 5 anos de idade diagnosticado com tal patologia e tratado pela Pneumologia Pediátrica.
OBJETIVO: O paciente deste relato apresentou infecções respiratórias de repetição desde o seu nascimento. Além das manifestações clínicas de caráter crônico, como baixo ganho ponderal, apresentou achados radiológicos, tomográficos e cintilográficos compatíveis com quadro de Bronquiolite Obliterante Pós-Infecciosa. Acompanhado desde 2013 pela Pneumologia Pediátrica, apresentou melhora expressiva de sua sintomatologia com o uso de corticoide oral, associado à broncodilatador beta 2 agonista oral e de corticoide inalatório
MATERIAL E MÉTODO: Uma breve revisão da escassa literatura sobre essa patologia revela que seu diagnóstico é baseado em critérios clínico-tomográficos. Clinicamente observam-se sintomas respiratórios que reaparecem após melhora inicial do quadro infeccioso de vias aéreas. A Radiografia de tórax pode mostrar poucos sinais específicos, sendo observadas áreas de espessamento peribrônquico. Na TC de tórax observa-se a perfusão em mosaico. Na Cintilografia, as alterações são inespecíficas, mas valiosas na avaliação da extensão e da gravidade do quadro. O tratamento consiste em medidas de suporte normalmente associadas ao uso de corticoterapia contínua ou em pulsoterapia broncodilatadores e antibioticoterapia, nos casos de agudização do quadro.
RESULTADOS: O tratamento da BO ainda não foi estabelecido universalmente. Faltam estudos para definir o papel dos corticoides, bem como sua capacidade de impedir a progressão da doença. Os broncodilatadores têm indicação empírica e não têm seu uso bem definido.
CONCLUSÃO Não existe consenso sobre o período de uso, a forma de administração, bem como evidências sobre resultados da terapia com corticoides inalatórios ou sistêmicos, sendo fundamentais relatos de casos com tratamento eficaz para construção de futuros protocolos.

 

Responsável
LIGIA OLIVEIRA DE ALMEIDA