Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Atendimento pediátrico na estratégia saúde da família (ESF)

 

Araújo, E.C.R; Gaspar W; Costa. G

Clínica da Família Otto Alves de Carvalho (CFOAC) - IABAS / SMS - RJ.

 

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Pediatria tem sido foco de preocupação, principalmente no âmbito de atenção primária, haja vista a deficiência de especialista desproporcional à demanda de atendimentos. Isto torna real o cenário em que esta demanda dá origem aos atendimentos de emergência e unidades de pronto atendimento do Rio de Janeiro, onde deveriam ser resolvidos nas unidades de atenção básica. Com a introdução das clínicas de família, além desta demanda surge outra preocupação: a capacitação dos profissionais direcionados a esta abordagem de atendimento.
OBJETIVO: Analisar de forma qualitativa a capacitação do atendimento pediátrico nas clínicas de família.
METODOLOGIA: Análise qualitativa mediante questionário aberto.
RESULTADOS: Apesar de haver nos dias de hoje a especialização em medicina comunitária de família há um percentual elevado de profissionais não adequadamente qualificados para tal função. Dos profissionais entrevistados, total de 20 médicos em unidades distintas, 30% eram recém formados, e ali estavam por não ter conseguido vaga na residência médica. Dos 70% restantes apenas 5 haviam mestrado ou outra especialização em saúde da família. Apesar dos resultados serem de certa forma satisfatórios como 100% de cobertura vacinal para crianças menores de 2 anos e gestantes, ou ainda redução do número de internações por pneumonia e desidratação em menores de 5 anos, indicadores SIAB para o PSF, muitos menores são encaminhados para o setor de emergência, de forma desnecessária. Os médicos inseridos na estratégia recebem uma capacitação de 8 horas insuficiente para a prática demandada. Além disto muitos buscam esta forma de trabalho após a aposentadoria, e estão inseridos em outros locais de trabalho, impedindo a adequada capacitação.
CONCLUSÃO: O Atendimento Pediátrico na ESF precisa ser melhorado, seja com a introdução de um pediatra, que supervisionaria o fluxograma de atendimento, além de auxiliar na abordagem destas crianças nas unidades, seja com uma melhor qualificação do profissional dito generalista envolvido na forma direta de atendimento nas clínicas de Família.

 

Responsável
Eliane Cabral Rodrigues de Araújo de Oliveira