Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Incidência de sífilis congênita em uma maternidade de referência do estado do Rio de Janeiro

 

Almeida, N.M.R.; Fonseca, S.C.; Guinancio, F; Oliveira, LM.

Universidade Federal Fluminense - Instituto de Saúde da Comunidade.

 

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: a sifilis congênita (SC) é um grave problema de saúde pública atualmente, tendo em vista o grande número de casos no Brasil e a dificuldade permanente de alcance das metas propostas pelo governo para controle da doença. Merece atenção especial, pois representa importante causa de morbidade e mortalidade perinatal. O objetivo foi descrever a ocorrência da SC em maternidade de referência da Região Metropolitana-II do Estado do Rio de janeiro, levando em consideração o perfil sociodemográfico e assistêncial das puérperas e características clínico-laboratoriais dos fetos e recém-natos.
MÉTODO: estudo transversal baseado em entrevista e revisão de prontuários com todas as puérperas atendidas na maternidade do HEAL-RJ durante um trimestre de 2011. Foi calculada a incidência de SC e descritos idade, escolaridade e número de consultas de pré-natal. Para os fetos/recém-natos, foram analisados aspectos clínicos, hemograma,VDRL e líquor.
RESULTADOS: Foram elegíveis 666 puérperas, havendo 594 nascimentos - 576 nascidos vivos e 18 óbitos fetais. O número total de casos de SC foi 21 (17 nascidos vivos e 3 óbitos fetais) e 1 aborto. A incidência de SC foi de 29,5/1000 nascidos vivos. Dos RN com SC, 3 tinham peso <2500 (1 PIG e 2 PT-AIG) e 3 eram <37 semanas (todos AIG). O VDRL de RN e mães variou de 1:1 a 1:256. Apenas 13 das 21 mães foram identificadas com sífilis no pré-natal. A média de consultas foi 5,6. A média da idade materna foi 22 anos e a escolaridade variou de 1 a 9 anos com média de 6.
CONCLUSÕES: Foi observado aumento do número de casos de SC, no mesmo hospital, comparando o ano de 2011 com o período de 2002 a 2004. O estudo aponta a necessidade de melhoria da qualidade da atenção pré-natal, especialmente para gestantes de mais baixa condição socioeconômica.

 

Responsável
Letícia Marinho de Oliveira