Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 21 (supl 1)(1) - Dezembro 2021

Resumos

Detecção de vício de refração em escolares: promovendo saúde ocular

 

Ingryd Oliveira; Renata Magalhães; Rebecca Millington; Paula Calvão; Lana Sayuri

 

DOI:10.31365/issn.2595-1769.v21isupl.1p34

Resumo

INTRODUÇÃO: A visão é responsável pela maior parte da informação sensorial que recebemos do meio externo. A integridade desse meio de percepção é indispensável para o aprendizado da criança. Com o ingresso na escola, passamos a desenvolver as atividades intelectuais e sociais diretamente associadas às capacidades visuais. Dessa forma, as ações de promoção e educação em saúde visam a impedir a evolução da doença, melhorar o aprendizado e aproveitamento escolar.
OBJETIVO: Identificar a prevalência de erros de refração em crianças de 5 a 7 anos em escola da rede particular de Petrópolis, investigar a adesão às lentes de correção nos previamente diagnosticados com vícios de refração e a efetividade do tratamento, além de detectar as principais queixas dos escolares em relação à sua acuidade visual.
MÉTODO: Possui caráter epidemiológico, transversal e intervencionista, incluindo todos os escolares entre 5 e 7 anos da instituição e excluindo apenas os que não compareceram no dia da avaliação. Foram descritos a idade, sexo, presença de queixa visual e uso prévio de óculos. Percebido ao exame físico estrabismos e medida a acuidade visual pela escala optométrica de Snellen. Foram encaminhados ao Ambulatório Escola (AMBE) aqueles com acuidade visual abaixo de 20/30 e aqueles com acuidade normal, porém que apresentavam queixas relacionadas, como cefaléia. No ambulatório houve prescrição de correção com óculos conforme necessidade, sendo estes doados, bem como feita orientação sobre acompanhamento.
RESULTADOS: Com os resultados das 47 crianças avaliadas, observou-se que 19,1% foram encaminhadas para o AMBE, dessas, 11% por queixas apresentadas no momento da avaliação e 89% por baixa acuidade visual. Dentre as que compareceram ao exame, 66,7% necessitou de prescrição de correção. No que tange às crianças que utilizavam lente corretiva e apresentaram baixa acuidade, 100% precisaram corrigir o grau de seus óculos. A avaliação dos casos confirmados revelou 25% de hipermetropia isolada, 50% astigmatismo e 25% de astigmatismo associado à hipermetropia.
CONCLUSÃO: A triagem oftalmológica é um instrumento fundamental no diagnóstico precoce de erros refrativos e na prevenção de ambliopia, de modo que nossa atuação como profissionais de saúde possa melhorar a qualidade de vida de muitas crianças e familiares.