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Silvio da Rocha Carvalho; Josiane Santos de Lima Pereira; Antonio Celso Cal_ado; Josther Gracia; JosU CUsar da Fonseca Junqueira; Sheila Nogueira PUrcope Rodrigues Guerra; Marcia Angelica Bonilha Valladares; M¶nica Maria Cardoso Monnerat
Revista de Pediatria SOPERJ - V.9, Nº2, p0, Novembro 2008
ResumoOBJETIVO: Apresentar de forma atualizada o conceito, as características clínicas e os métodos diagnósticos da doença celíaca. Método: Referências obtidas no Medline, arquivos pessoais, artigos recentes de revisão.
RESULTADO: A doença celíaca é uma enteropatia crônica e permanente desencadeada pelo glúten, caracterizada histologicamente por atrofia subtotal ou total da mucosa do intestino delgado causando a síndrome de má-absorção. No indivíduo geneticamente predisposto, o glúten ingerido desencadeia uma reação imunológica, mediada por linfócitos, responsável pela agressão à mucosa intestinal. Pode-se apresentar de forma clássica, atípica ou assintomática. Seu diagnóstico baseia-se na apresentação clínica, nos testes sorológicos específicos e na biópsia de intestino delgado. O tratamento consiste na retirada, de forma permanente, do glúten da dieta.
CONCLUSÃO: A doença celíaca até há pouco tempo era considerada uma doença rara. Resulta da interação de fatores ambientais (glúten), predisposição genética (HLA DQ2/DQ8) e fatores imunológicos (auto-anticorpos). Com o surgimento dos testes sorológicos específicos e a associação da doença com determinados grupos de risco, sua prevalência no Brasil se tornou similar à encontrada na Europa e nos Estados Unidos. Pode afetar diversos órgão e sistemas, o que dificulta seu diagnóstico e tratamento. Os indivíduos não diagnosticados, ou que não seguem as recomendações dietéticas, apresentam um risco elevado de complicações graves e doenças malignas do aparelho digestivo.
Palavras-chave: doença celíaca, síndrome disabsortiva, glúten