Vanessa Silva Santos; Esther Freire Costa; Thais Velasques Dias; Tomaz Mattedi Carvalho; Victória Peixoto de-costa; Luana Silva Pontes; Priscila castro Behrens; Pedro Moura de-morais; Sabrina santos da-costa
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):1-6.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A violência doméstica contra crianças e adolescentes configura uma epidemia no Brasil.A pandemia de COVID-19 pode revelar um aumento da violência e abusos, por agravar fatores de risco, como o aumento da pobreza e da insegurança alimentar, além de poder confinar grupos vulneráveis da sociedade dentro de casa.O isolamento também afasta a criança e o adolescente da proteção, pois dificulta as denúncias e suspeitas por terceiros, como também complica o contato dos jovens com redes de apoio, que desencadeiam um alerta à sociedade.Objetivos:Comparar a ocorrência de internações hospitalares, no SUS, referente ao grande grupo de agressões dos períodos de março a dezembro de 2020 na faixa etária de 0-19 anos.
MÉTODO: Estudo ecológico de dados do Sistema de Internações Hospitalares(SIH/SUS), referentes a ocorrência de internações hospitalares pelo grande grupo de causas Agressões (CID10 X85-Y09) entre os períodos de março-dezembro de 2018-2020, entre a faixa etária de 0-19 anos.
RESULTADOS: O número de internações por agressão registrou decréscimo gradativo de 20182020, sendo que das 17.857 internações totais, 6.782 ocorreram em 2018, 5.944 em 2019 e 5.010 em 2020. Entre 2018-2019,a faixa etária de 15 a 19 anos foi a mais afetada.
CONCLUSÃO: Os baixos números de notificações de agressões, em relação aos números de denúncias pelo Disque 100, historicamente, se correlacionam pela subnotificação por profissionais responsáveis. Contudo, a comparação entre os casos de 2020-2019 mostram uma diminuição que não condiz com os números esperados já que a situação da pandemia aumentou os fatores de risco para violência, o que implica na real redução da notificações.
Palavras-chave: COVID-19. Maus-Tratos Infantis. Brasil
Danielle Braz Amarílio da-Cunha; Juliana Barrozo Fernandes Borges; Julia Pinheiro São-Pedro; Maria Fernanda Araújo Barbosa Lima; Julia Oliveira Silva; Laryssa Ramos Pino de-Souza
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):7-10.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A intoxicação exógena ocorre pela interação do organismo com substâncias nocivas. Na pediatria, esse distúrbio orgânico é um problema de saúde pública e acontece, principalmente, de forma acidental em domicílio. Com a pandemia da Covid-19, o isolamento social promoveu um aumento da vulnerabilidade das crianças, devido ao tempo de permanência em casa associado à maior exposição.
OBJETIVO: Analisar a correlação entre o número de casos de intoxicação exógena na pediatria no Brasil e a pandemia da Covid-19.
MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal descritivo-quantitativo do número de casos de intoxicação exógena encontrados no sistema DATASUS/TABNET entre 2019 e 2020 referentes à faixa etária pediátrica de 0-14 anos.
RESULTADOS: Observou-se diminuição de 32.514 casos de intoxicação exógena em 2019 para 7.868 em 2020. Em ambos os anos, a faixa etária mais atingida foi de 1-4 anos, com percentuais de 47,12% dos casos de 2019 e 48,18% em 2020. As regiões Sudeste e Nordeste possuem a maior quantidade de notificações, visto que possuem maiores populações, sendo a Nordeste com maior taxa de incidência em 2019 e 2020. Os principais agentes causadores registrados nos dois anos analisados foram medicamentos, em primeiro lugar, seguidos de produtos de uso domiciliar.
CONCLUSÕES: Acredita-se que tal queda do número de casos de intoxicação exógena em 2020 esteja relacionada à subnotificação, sendo necessários mais estudos para análise de dados. Além disso, são necessárias medidas preventivas e educativas relacionadas à exposição das crianças a esses agentes.
Palavras-chave: Saúde Pública. Criança. Acidentes Domésticos.
Iara Oliveira Costa; Rawllan Weslley Alves-Felipe; Tiago Barbosa Ramos; Victor Bruno de-Lima Galvão; Michelle Sales Barros de Aguiar; Vinicius de Gusmão Rocha
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):11-14.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: No Brasil, o engasgamento é uma das principais causas de mortalidade infantil. Embora os investimentos na promoção e proteção da saúde da criança tenham crescido, ainda se estima que seja a terceira causa de morte por acidentes entre crianças no país.
OBJETIVO: Descrever os casos de óbitos por OVACE em crianças de 0-9 anos de idade no Brasil, nos anos 2009-2019.
FONTES DE DADOS: Estudo ecológico e descritivo em que foram coletados dados do DATASUS.
SÍNTESE DOS DADOS: O número de óbitos por engasgo em crianças no Brasil, de 2009 a 2019 chegou a 2.148. Os acidentes por ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório foram predominantes, com um total de 1.817 (84,6%). Os 15,4% restantes (331 óbitos) correspondem à obstrução ocasionada por outros objetos; 72% (1.545) dos óbitos foram de crianças menores de 1 ano, 21,6% (465) de 1-4 anos, e 6,4% (138) de 5-9 anos. Das mortes por obstrução com alimentos (1.817), 78% (1.414) foram de crianças menores de 1 ano. As mortes por obstrução com outros objetos (331), 45% (148) foram de 1-4 anos. Conclusão: Existe uma prevalência de óbitos por engasgamento em acidentes por ingestão de alimentos. Ações de prevenção por políticas públicas de saúde voltadas para população pediátrica se fazem necessárias.
Palavras-chave: Mortalidade Infantil. Engasgo. Saúde da Criança.
Simone Augusta Ribas; Giulia Maria Ferreira da Silva; Helena Franco Gonçalves Procaci; Lúcia Rodrigues; Anderson Junger Teodoro; Cassiano Felippe Gonçalves de Albuquerque
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):15.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: Estudos vêm reportando aumento da prevalência da deficiência de vitamina D na população pediátrica, que tem sido relacionada a obesidade.
OBJETIVO: O estudo teve o objetivo de verificar a relação entre deficiência de vitamina D e excesso de peso em escolares.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal com 150 escolares entre 5 a 18 anos em uma rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Foram coletados dados demográficos, antropométricos e bioquímicos dos participantes. A classificação do Índice de massa corporal para idade (IMC/I) seguiu o preconizado pelas curvas de crescimento da OMS (OMS, 2006). O ponto de corte adotado para insuficiência de níveis séricos de vitamina D foi abaixo de 20 ng/mL. A relação entre o IMC/I foi analisada pelo teste qui quadrado e correlação de Pearson. Nível de significativa adotado foi o p menor que 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE número 20757213.5.0000.5285).
RESULTADO: Do total da amostra, verificou-se que 50% eram do sexo feminino e 76% crianças. Também foi observado que dos 38% dos escolares que apresentaram excesso de peso, 40,7% apresentavam insuficiência de vitamina D. Houve correlação inversa, mas fraca entre níveis de vitamina D e o escore Z do IMC/I (r= -0,21, p=0,01). Achados corroborados com a literatura que retratam que crianças com excesso de peso apresentavam duas vezes mais chances de apresentar deficiência desse hormônio do que as eutroficas.
CONCLUSÃO: Sugere-se neste estudo, que o excesso de peso pode ser considerado um fator de risco para insuficiência de vitamina D em escolares.
Palavras-chave: Mortalidade Infantil. Engasgo. Saúde da Criança.
Paula Dourado Sousa; Catherine Castelo Branco de Oliveira; Daniel Rocha Cavalcante de Farias; Lis Vinhático Pontes Queiroz; Amanda Lis Carneiro Patas da Cunha; Rafaela Góes Bispo; Lara Lorrayne Freitas Gomes; Otavio Augusto Gomes
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):16-22.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica frequentemente iniciada na infância. O diabetes mellitus tipo 2, mais comum em adultos, está aumentando sua incidência em crianças.
OBJETIVO: Investigar o perfil epidemiológico do DM entre crianças e adolescentes no Brasil entre 2010 e 2019.
MÉTODOS: Foi realizado estudo ecológico, em série temporal do tipo descritivo, usando hospitalizações por diabetes mellitus no Brasil e regiões de 2010 a 2019 em indivíduos até 19 anos, usando o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde.
RESULTADOS: Houve aumento das hospitalizações de 2010 a 2019 de 16,12%. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram o maior número de internação por essa doença; a Nordeste teve o maior aumento relativo das internações no período, com crescimento de 25,56%. A maioria das hospitalizações (57,3%), e as maiores taxas de letalidade (0,74%) e mortalidade (11,64 por milhão) ocorreram no sexo feminino; e as maiores mortalidades, nas regiões Norte e Nordeste: 1,09 e 0,97 por milhão, respectivamente.
CONCLUSÃO: Mulheres jovens (10-19 anos) do Nordeste e Sudeste são as mais acometidas pela doença, porém são necessários mais estudos para compreender melhor as internações nos diferentes grupos estudados.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Endocrinologia. Criança. Adolescente. Pediatria. Hospitalização.
Mateus da Silva Santana; Gessica Barbosa da Silva e Silva; Joice dos Santos de Jesus; Lucas Santana Bahiense Filho; Pitágoras Farah Magalhães Filho; Thuanne Cidreira dos Santos Gomes; Gabriela Flor Martins; Isabela Lôbo Duarte; Paula Dourado Sousa
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):23-28.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A tireotoxicose é uma morbidade clínica causada por elevação dos níveis séricos de hormônios tireoidianos. A doença de Graves é a causa mais prevalente em adultos e crianças. Essa morbidade apresenta um curso clínico significativamente grave, exigindo acompanhamento contínuo e prolongado.
OBJETIVOS: Descrever aspectos epidemiológicos, clínicos e orçamentários de pacientes pediátricos internados com tireotoxicose no Brasil entre 2010-2019.
METODOLOGIA: Este foi um estudo ecológico a partir de dados secundários obtidos através do DATASUS. A população estudada foram crianças hospitalizadas por tireotoxicose entre 2010-2019 no Brasil.
RESULTADOS: Observou-se um total de 414 internações, sendo 70,29% de caráter de urgência. O sexo feminino representou 77,78%, enquanto o masculino, 22,22%. O Sudeste registrou 217 hospitalizações (52,42%), sendo também a região com o maior custo-médio por internação (R$638,9). A maior concentração de internações ocorreu na faixa etária de 15-19 anos. No período estudado, houve aumento de 48,15% nas hospitalizações.
CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo coincidem com estudos prévios. Ressalta-se a importância de mais estudos com o objetivo de contribuir para melhor compreensão das necessidades do sistema de saúde.
Palavras-chave: Tireotoxicose. Endocrinologia. Criança. Adolescente. Pediatria. Hospitalização
Augusto Güntzel Spohr; André Augusto Taborda Guimarães; Carolina de Oliveira de-Farias; Larissa de Oliveira Silveira; Elson Romeu Farias
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):29-33.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A violência infantil é um problema de saúde pública de grande importância, em decorrência do grande comprometimento que traz para a saúde das crianças.
OBJETIVOS: Caracterizar, no período de 2010 a 2018, os casos de violência sexual e física em crianças de 0-14 anos quanto ao sexo, idade, região, ciclo de vida do autor, raça, local de ocorrência e evolução do caso, no Brasil.
METODOLOGIA: Trata-se de estudo quantitativo recolhido do Sistema de Informações de Agravos de Notificação no DATASUS, no intervalo de nove anos, em que se tabelou e analisou o tipo de violência, comparando-se com as variáveis sexo, idade, região, ciclo de vida do autor, raça, local de ocorrência e evolução do caso.
RESULTADOS: No período de 2010 a 2018, foram registrados 399.391 casos de violência contra crianças de 0-14 anos, sendo que a faixa etária mais acometida foi de 10-14 anos com 40,4%. Do total de violência, 35,6% corresponderam à violência física, sendo que no sexo feminino houve uma prevalência de 55,3% e a faixa etária mais acometida foi a de 10-14 anos, com 51,4%. Já em relação à violência sexual, houve uma prevalência de 32,4%, sendo que no sexo feminino ocorreu 82,5% dos casos. Destes, a faixa etária mais prevalente foi de 10-14 anos, com 48,8%.
CONCLUSÃO: Dos casos de violência infantil, a região mais prevalente é a Sudeste, sendo que a faixa etária mais prevalente é de 10-14 anos, enquanto o sexo mais prevalente é o feminino.
Palavras-chave: Delitos Sexuais. Maus-Tratos Infantis. Violência.
Ingryd Oliveira; Renata Magalhães; Rebecca Millington; Paula Calvão; Lana Sayuri
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):34.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A visão é responsável pela maior parte da informação sensorial que recebemos do meio externo. A integridade desse meio de percepção é indispensável para o aprendizado da criança. Com o ingresso na escola, passamos a desenvolver as atividades intelectuais e sociais diretamente associadas às capacidades visuais. Dessa forma, as ações de promoção e educação em saúde visam a impedir a evolução da doença, melhorar o aprendizado e aproveitamento escolar.
OBJETIVO: Identificar a prevalência de erros de refração em crianças de 5 a 7 anos em escola da rede particular de Petrópolis, investigar a adesão às lentes de correção nos previamente diagnosticados com vícios de refração e a efetividade do tratamento, além de detectar as principais queixas dos escolares em relação à sua acuidade visual.
MÉTODO: Possui caráter epidemiológico, transversal e intervencionista, incluindo todos os escolares entre 5 e 7 anos da instituição e excluindo apenas os que não compareceram no dia da avaliação. Foram descritos a idade, sexo, presença de queixa visual e uso prévio de óculos. Percebido ao exame físico estrabismos e medida a acuidade visual pela escala optométrica de Snellen. Foram encaminhados ao Ambulatório Escola (AMBE) aqueles com acuidade visual abaixo de 20/30 e aqueles com acuidade normal, porém que apresentavam queixas relacionadas, como cefaléia. No ambulatório houve prescrição de correção com óculos conforme necessidade, sendo estes doados, bem como feita orientação sobre acompanhamento.
RESULTADOS: Com os resultados das 47 crianças avaliadas, observou-se que 19,1% foram encaminhadas para o AMBE, dessas, 11% por queixas apresentadas no momento da avaliação e 89% por baixa acuidade visual. Dentre as que compareceram ao exame, 66,7% necessitou de prescrição de correção. No que tange às crianças que utilizavam lente corretiva e apresentaram baixa acuidade, 100% precisaram corrigir o grau de seus óculos. A avaliação dos casos confirmados revelou 25% de hipermetropia isolada, 50% astigmatismo e 25% de astigmatismo associado à hipermetropia.
CONCLUSÃO: A triagem oftalmológica é um instrumento fundamental no diagnóstico precoce de erros refrativos e na prevenção de ambliopia, de modo que nossa atuação como profissionais de saúde possa melhorar a qualidade de vida de muitas crianças e familiares.
Palavras-chave: Delitos Sexuais. Maus-Tratos Infantis. Violência.
Marina Cordeiro Rodrigues; Antonio César Paulillo de-Cillo; Odir Motta Junior; Carolina Marques Lopes; Leonor Violeta Gotuzzo Mendoza
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):35-39.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A biópsia renal guiada por ultrassom é um procedimento diagnóstico decisivo para crianças e adolescentes com diversas patologias renais. Durante muitos anos essa técnica foi aprimorada, tendo, atualmente, baixa taxa de complicações.
OBJETIVO: Descrever e analisar a experiência de um centro universitário na realização de biópsia renal guiada por ultrassom em crianças e adolescentes por nefrologistas pediátricos.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de 23 prontuários de crianças e adolescentes submetidos a biópsia renal percutânea guiada por ultrassom entre novembro de 2019 a janeiro de 2021. Os dados foram analisados e comparados com dados pré-existentes na literatura.
RESULTADOS: As principais características clínicas presentes nos participantes do estudo foram proteinúria, hematúria microscópica e edema. Os principais diagnósticos clínicos apresentados eram síndrome nefrótica (52,2%) e nefrite lúpica (26,1%). Os diagnósticos histológicos obtidos foram principalmente glomeruloesclerose segmentar focal (30,4%), seguido por nefropatia por IgA (21,7%) e nefrite lúpica (21,7%). As amostras com dez ou mais glomérulos foram a maioria na microscopia óptica (95,7%) e na imunofluorescência (60,9%). Dois pacientes tiveram o diagnóstico comprometido pela qualidade da amostra (8,7%). As taxas de complicações graves foram baixas, um paciente necessitou de transfusão de sangue (4,3%) em vigência de plaquetopenia e em terapia intensiva e outros dois evoluíram com hematoma peri-renal e sangramento em mais de duas diureses (8,7%), sem repercussão clínica ou necessidade de intervenção.
CONCLUSÃO: Em nosso serviço, onde a biópsia renal percutânea é realizada por nefrologistas pediátricos, o procedimento apresentou baixas taxas de complicações e altas taxas de amostras satisfatórias para o diagnóstico histológico.
Palavras-chave: Biópsia Guiada por Imagem. Biópsia por Agulha. Nefrologia
Simone Augusta Ribas; Helena Franco Gonçalves Procaci; Giulia Maria Ferreira da Silva; Lúcia Rodrigues; Anderson Junger Teodoro; Cassiano Felippe Gonçalves de Albuquerque
Rev Ped SOPERJ. 2021;21 (supl 1):40.
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A obesidade é um agravo que vem demonstrando associação na literatura com deficiência de vitamina B12 (VB12) na população pediátrica. Esta informação é preocupante, visto que a prevalência de excesso de peso já alcança 23,7% de escolares no país.
OBJETIVO: Investigar a prevalência de inadequação de VB12 e analisar sua relação com estado nutricional em escolares.
MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal com 80 crianças e adolescentes matriculados em rede municipal de ensino da cidade Rio de Janeiro. Foram coletados dados demográficos, antropométricos e bioquímicos. A classificação do índice de massa corporal para idade (IMC/I) seguiu o preconizado pelas curvas de crescimento da OMS. Os valores adotados para a adequação dos níveis séricos de VB12 foram de 180 a 914pg/ml e 5 a 15µmol/L, respectivamente. A análise da relação entre o estado nutricional e a VB12 foi avaliado pelo teste qui quadrado e pela correlação de Spearman. Nível significância adotada p<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE número 20757213.5.0000.5285).
RESULTADOS: Do total de amostra avaliada, 63,7% eram do sexo masculino, 50% adolescentes e 32% apresentaram excesso de peso. A prevalência de inadequação de VB12 foi de 10%. Escolares do sexo feminino tiveram maior percentual (15,7%) de deficiência de VB12 em relação ao masculino (p=0,03). Apesar de não ter observado correlação entre z-score do IMC/I e valores séricos de VB12 (p=0,24), 25% dos escolares com escesso de peso apresentaram inadequação nos níveis de VB12.
CONCLUSÃO: Sugere-se que outros fatores além do excesso de peso, podem estar contribuindo para deficiência desta vitamina, como por exemplo a alimentação.
Palavras-chave: Biópsia Guiada por Imagem. Biópsia por Agulha. Nefrologia