Revista de Pediatria SOPERJ

Neurologia

SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PÓS-VACINA DE INFLUENZA

SAULO TINOCO (HMMC); MARIA APARECIDA RIBEIRO LEITE (HMMC); PATRICIA CARVALHO MIRANDA (HMMC); MAYARA DA MATA ANDRADE (HMMC); JULIANA BORTOLUZZI DOS SANTOS (HMMC); NAYRA RODRIGUES MAZOLLI (HMMC); NATALIA DAMASCENO FIGUEIREDO (HMMC); MARIANA COLODETTI (HMMC); CAROLINA CASTRO FLEISCHMAN (HMMC)

P-125

Síndrome de Guillain-Barré é a maior causa de paralisia flácida, após a erradicação da poliomielite. É uma doença autoimune que gera paralisia ascendente de forma aguda/subaguda, geralmente após infecções prévias, tendo como principal agente o Campylobacter jejuni (32%), seguido do CMV, Epstein-Barr, influenza, assim como, pós-vacinal, que é a principal etiologia do relato de caso deste trabalho, tendo em vista a história de vacinação contra Influenza, 2 semanas antes do início do quadro, onde apresentou paresia de MMII, que evoluiu com plegia e arreflexia profunda bilateral de MMII, porém mais evidente do lado esquerdo. Foi realizado análise do LCR que não evidenciou dissociação protêico-citológica significativa. A ENM não pode ser realizada, porém foi iniciado imunoglobulina humana endovenosa, com base na clínica exuberante. O tratamento foi interrompido, pois o paciente apresentou urticária com comprometimento respiratório, caracterizando anafilaxia. Optou-se então pelo tratamento conservador, através da vigilância, onde se observou melhora leve dos sintomas. Indicado fisioterapia para reabilitação completa do paciente. É importante o diagnóstico da SGB precoce para evitar sequelas severas e auxiliar no estudo epidemiológico, tendo em vista o crescente número de casos no país e no mundo.