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Varandas, P.A.W.; Varella, C.P.; Giffoni, M.; Silva, R.A.S.; Silva, M.S.C.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p78, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A doença falciforme tem maior morbidade e complicações na infância, sendo o sequestro esplênico um índice de mortalidade de 12% no primeiro episódio e 20% no segundo episódio. As infecções virais podem precedê-las.
OBJETIVO: Relatar um caso de sequestro grave associado à dengue.
MATERIAL E MÉTODO: V.G.A, 2 anos e 4 meses, portadora de doença falciforme (Sß-tal), internada com quadro de febre há 2 dias. Encontrava-se em regular estado geral, hipocorada (2+/4+), hidratada, ACV: BNF. RR2T. SS (2+/6+) em BEE. Abdome: Fígado a 1.5cm do RCD e baço a 2.0cm do RCE. Iniciado antibioticoterapia e hidratação venosa. Radiografia de tórax normal, hemograma evidenciando leucopenia, plaquetopenia e hematócrito 30%. Coletados hemocultura, urinocultura e sorologia para Dengue. No sexto dia (1º dia sem febre) apresentou vômitos, dor abdominal, prostração, palidez cutaneomucosa acentuada, hipotensão, taquicardia e esplenomegalia com baço a 6.5 cm do RCE e fígado a 3.0 cm do RCD. Novo hemograma apresentava HT=10%; Hg=3.3 g/dl; 49.000 leucócitos; 8% bastões; 26% segmentados; 51% linfócitos; 89.000 plaquetas e 32.8% de reticulócitos. Diagnosticado sequestro esplênico sendo instituído hemotransfusão, expansão volêmica e tratamento de suporte. Criança evoluiu com estabilidade hemodinâmica e redução do baço. Sorologia para dengue IGM positiva.
RESULTADOS: Há relato na literatura, da associação deste vírus com a doença falciforme e suas formas graves, como síndrome do choque da dengue, um quadro grave com alto índice de mortalidade. Não encontramos relatos do vírus da dengue como desencadeador do seqüestro esplênico.
CONCLUSÃO É relevante o diagnóstico precoce da dengue, nos portadores de doença falciforme, por ser um fator de risco para a síndrome do choque da dengue ou para o sequestro esplênico. Nestes pacientes, devemos valorizar todas as infecções, bacterianas ou virais, e ficarmos atentos às complicações, que podem ser letais.
Responsável
MARCELA GOMES FREIRES
Palavras-chave:
Varella, C.P.; Freires, M.G.; Cruz, G.N.; Soffe, B.A.C.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p102, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário é importante causa de febre no lactente e pode estar relacionada a malformações renais. É fundamental a investigação por imagem logo no primeiro episódio.
OBJETIVO: Relatar um caso de anomalia do trato urinário, ressaltando a importância do USG como primeiro método investigativo.
MATERIAL E MÉTODO: D.C.A.C., quatro meses, atendida com quadro de febre, coriza e tosse há sete dias e medicada com Amoxicilina no segundo dia de evolução. Persistiu com febre, retornando à UPA três dias depois. Foi trocado o antibiótico para Amoxicilina com Clavulanato e solicitada internação. Ao exame físico apresentava-se febril, eupneica, estertores na base direita. EAS: piócitos incontáveis, 10 a 15 hemácias por campo. Urinocultura: negativa (sexto dia de antibiótico). Hemograma: leucocitose sem desvio à esquerda. Bioquímica: normal. Hemocultura: negativa. PCR 499 mg/l e VHS 77 mm. O USG de vias urinárias evidenciou imagem cística em polo superior de rim direito, medindo 49 x 37 mm com dilatação pielocaliciana moderada. Fez Ampicilina e Gentamicina por 14 dias. Recebeu alta com cefalexina profilática e encaminhamento para avaliação da nefrologia pediátrica. Realizou-se novo USG de vias urinárias evidenciando duplicidade pieloureteral com ectasia à direita e cintilografia renal que mostrou rim direito com contorno irregular e distribuição heterogênea à custa de área de hiporradioatividade. Uretrocistografia miccional sem alterações. Paciente em pré-operatório no momento.
RESULTADOS: A duplicidade do sistema coletor representa cerca de 5% das anormalidades do trato urinário. A descoberta normalmente é pós-natal. O início de qualquer investigação é pelo USG de vias urinárias, logo após o primeiro episódio de ITU. Hidronefrose, refluxo vesicoureteral, anomalias congênitas devem ter seguimento com cintilografia renal e uretrocistografia.
CONCLUSÃO Após o primeiro episódio de ITU é fundamental o diagnóstico precoce de anomalias do trato urinário pelo USG e tratamento adequado, com o objetivo de minimizar danos renais, evolução para hipertensão arterial e comprometimento progressivo da função renal.
Responsável
PATRICIA ALMEIDA WATSON VARANDAS
Palavras-chave: