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Pelegrina, P.R.D.; Araujo, P.A.; Reis, F.A.; Oliveira,V.S.C.; Santana, B.P.; Souza, R.L.C.; Freitas, A.L.S.; Valete, C.O.S.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p112, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: Pacientes internados para tratamento de pneumonia, que mantém sintomatologia clínica apesar do tratamento, devem sempre ser investigados quanto à outras patologias clínicas que possam justificar o quadro. Hérnias diafragmáticas não podem ser excluídas dos diagnósticos diferenciais a serem abordados.
OBJETIVO: Descrever caso de Hérnia de Morgagni
MATERIAL E MÉTODO: Paciente de 9 meses, prematuro de 33 semanas, gemelar, com ileostomia devido à enterocolite necrotizante neonatal. Internado para tratamento de pneumonia, mantendo esforço respiratório apesar de antibióticoterapia venosa (amoxicilina+clavulanato). Em uma nova radiografia de tórax há manutenção da imagem de hipotransparência arredondada. Uma tomografia de tórax sem contraste evidencia uma massa em terço inferior do mediastino anterior. Opta-se pela realização de uma biópsia com radiologista intervencionista, cujo resultado mostra presença de células hepáticas. Por fim, realiza-se uma ressonância de abdome que traz como laudo: Formação expansiva sólida com sinal semelhante ao fígado protuindo pelo trígono esterno costal direito e se insinuando anteriormente ao mediastino. Sem impregnação anômala de contraste. Aspecto sugere Hérnia de Morgagni com herniação hepática.
RESULTADOS: A Hérnia de Morgagni é responsável por 2 a 6% das hérnias diafragmáticas. Causada por defeitos no diafragma e localiza-se atrás do osso esterno. A malformação é obliterada pelo pericárdio, portanto, a maioria das hérnias estão localizadas à direita. Grande parte dos casos é assintomático e a hérnia pode ser encontrada acidentalmente em uma radiografia. Por outro lado, alguns pacientes podem manifestar sintomas de dor retroesternal, dispnéia e tosse. Recomenda-se o reparo cirúrgico para todos os pacientes.
CONCLUSÃO Apesar de ser uma patologia com uma incidência pequena, pacientes com imagem suspeita em exame de imagem e com manifestação clínica devem sempre ser investigados e avaliados quanto à possibilidade de alguma má formação anatômica que justifique a manutenção do quadro clínico.
Responsável
POLLIANY ROBERTA DORINI PELEGRINA
Palavras-chave:
Araújo, P.A.; Souza, R.L.C.; Pelegrina, P. R.D.; Obadia, D. A.; Santana, B.P.; Reis, F. A.; Oliveira, V.S.C.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p113, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: Pneumonia necrotizante (PN) é uma complicação rara e grave das pneumonias comunitárias, e sua incidência vem aumentando.
OBJETIVO: Relatar um caso clínico ocorrido em junho de 2014, no Prontobaby - Hospital da Criança.
MATERIAL E MÉTODO: Lactente do sexo feminino, 4 meses de idade, sem história pregressa importante, admitida na emergência com queixa de tosse produtiva há 5 dias associada à náusea e diarreia. Apresentava-se afebril, gemente, fontanela normotensa, vias aéreas superiores congesta, hiperemia moderada de orofaringe, taquidispneica, com tiragem subcostal e de fúrcula esternal moderada, roncos e sibilos à ausculta. Realizado o diagnóstico, foram solicitados hemograma completo mostrando leucocitose sem desvio e radiografia de tórax com condensação em lobo superior direito. Iniciada antibioticoterapia empírica com penicilina cristalina. Houve melhora clínica, porém no terceiro dia evoluiu com piora radiológica, optando-se por trocar a antibioticoterapia por amoxicilina com clavulanato. Realizados novos exames de imagem, observou-se derrame pleural e iniciou-se oxacilina. Apesar disso, a paciente apresentou piora radiológica. Havendo troca do esquema antibiótico para cefepime, vancomicina e claritromicina, utilizou-os por 21 dias, tendo condições de alta hospitalar.
RESULTADOS: A criança com PN apresenta um aspecto doente, febre alta e sintomas respiratórios com hipoxemia, devendo esse diagnóstico ser pensado diante de uma pneumonia com evolução desfavorável. A tomografia computadorizada é o exame padrão ouro para o diagnóstico. A antibioticoterapia deve ser prolongada (por 4 semanas), sendo a vancomicina e a clindamicina os antibióticos de escolha. Mesmo sendo uma uma doença grave na fase aguda, a PN tem um prognóstico favorável na população pediátrica.
CONCLUSÃO Conclui-se que há relevância na demonstração do caso, pois devemos ficar atentos aos quadros de pneumonias comunitárias que se arrastam por um longo período, associados à sinais e sintomas de piora. Havendo diagnóstico precoce e tratamento e acompanhamento adequados, o paciente evolui para a cura sem maiores complicações ou sequelas.
Responsável
PRISCILA DE ALMEIDA ARAUJO
Palavras-chave:
Obadia, D.A.; Provitina, C.F.; Souza, R.L.C.; Santana, B.P.; Oliveira,V.S.C.; Reis, F.A.; Rego, J.D.
Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p111, Março 2015
ResumoINTRODUÇÃO: A Deficiência Seletiva de IgA é bastante freqüente e os pacientes podem apresentar-se assintomáticos ou com quadros de infecções de repetição graves (vias aéreas superior e inferior e gastrointestinais).
OBJETIVO: Descrever caso de sepse em paciente com imunideficiência
MATERIAL E MÉTODO: Escolar de 7 anos, histórico de 2 episódios de pneumonia, inúmeras sinusites e gastroenterite por rotavírus, diagnosticada com deficiência de IgA há 1 ano. Deu entrada no CTI com gastroenterite aguda após ingestão de comida japonesa. Evoluiu com choque hipovolêmico, acidose metabólica, distúrbio hidroeletrolítico e falência renal. Iniciou-se antibioticoterapia de largo espectro, aminas vasoativas e hemodiálise contínua. A coprocultura isolou uma estirpe de Shigella sensível a ciprofloxacino e cefepime. Após 17 dias apresentou boa progressão clínica, estabilização hemodinâmica e recuperação das funções renal e pulmonar, permitindo suspender os suportes de aminas vasoativas, ventilatório e da terapia de substituição renal.
RESULTADOS: A IgA nos protege contra microorganismos invasores (vírus e bactérias) na superfície das mucosas. A incapacidade de produzi-la pode ser parcial ou total. É total quando seu nível sérico é menor do que 5 mg/dl, com IgM e IgG normais, e não há produção de IgA secretora. Na parcial, o nível sérico é maior do que 5 mg/dl, porém, dois desvios-padrões menores do que o valor normal para a idade. Apesar da maioria dos pacientes serem assintomáticos, alguns apresentam infecções de repetição levando ao rastreio imunológico permitindo o diagnóstico. O tratamento das infecções deve ser realizado com antibiótico adequado e devem ser evitadas transfusões sanguíneas devido ao risco aumentado de reações devido à presença de anticorpos anti-IgA. A reposição de imunoglobulinas não está indicada.
CONCLUSÃO Devemos atentar aos quadros de infecções de repetição e investigar possíveis imunodeficiências. As crianças que possuem esse diagnóstico devem ser acompanhadas por estarem sob risco maior de desenvolvimento de doenças autoimunes e evolução para Imunodeficiência Comum Variável.
Responsável
POLLIANY ROBERTA DORINI PELEGRINA
Palavras-chave: