Anna Tereza Miranda Soares de Moura
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):1-2
PDF PTAna Beatriz Charantola-Beloni; Ana Clara Charantola-Beloni; Mariana Sanches-Peres; Flávio de-Jesus-Júnior; Mila Pontes-Ramos-Cunha; Fábio Roberto Amar
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):3-6
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A pandemia pelo Sars-Cov-2 mostrou uma nova modalidade de doença que ainda é pouco conhecida e cujo mecanismo fisiopatológico é pouco elucidado. O acometimento do trato respiratório é o mais notório, porém outros sistemas também são afetados. O relato explora as consequências ao sistema endocrinológico em escolar com diagnóstico prévio de Covid-19 com evolução para insuficiência adrenal primária.
OBJETIVO: Relatar insuficiência adrenal em escolar com infecção prévia por Covid-19.
DISCUSSÃO DO CASO: Menino, 8 anos, com vômitos, desidratação e queda do estado geral, sendo este o segundo episódio em 2 meses, com infecção pelo vírus Sars-Cov-2 um mês antes do primeiro episódio. Internado para investigação clínica com resultados de exames: aldosterona 0.97 pg/ml, Na+ 124 mEq/L, T4L 1.61 mUI/L, TSH 9.22 mUI/L, cortisol basal das 8 horas: 4.7ug/dl, anti-TG <0.9, anti-TPO <0.25, ACTH 1250 pg/dl, definindo o diagnóstico de insuficiência adrenal primária. Iniciou-se hidrocortisona intravenosa para tratamento com melhora sintomatológica, permitindo alta hospitalar e seguimento ambulatorial.
CONCLUSÃO: Ainda pouco se sabe sobre a infecção pelo Sars-Cov-2, porém são de fundamental importância o estudo e o relato de suas consequências em diversos sistemas do corpo humano.
Palavras-chave: Insuficiência Adrenal. Covid-19. Hidrocortisona. Criança.
Ana Beatriz Bozzini; Priscila Basilio; Carolina Soares; Amanda Llobregat
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):7-12
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, exibe uma ampla variedade clínica, desde casos assintomáticos até quadros graves. O diagnóstico é estabelecido por meio de testes virológicos e sorológicos, sendo crucial diferenciá-la de outras doenças febris. A colecistite alitiásica emerge como uma manifestação atípica, porém associada a viroses como a dengue. A presença de dor abdominal e icterícia em pacientes com dengue deve suscitar investigação para colecistite alitiásica, e a ultrassonografia abdominal é um método útil para complementar o diagnóstico. O tratamento tende a ser conservador, mantendo intervenções cirúrgicas reservadas para complicações graves, uma vez sendo, habitualmente, autolimitada.
OBJETIVO: Destacar a importância da investigação da infecção por dengue em pacientes com colecistite alitiásica, cuja apresentação clínica envolva febre, exantema cutâneo, icterícia e alterações laboratoriais que podem sobrepor-se aos sintomas e achados comuns da colecistite.
DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente sexo masculino, 4 anos de idade, com quadro clínico de exantema maculopapular, febre, icterícia, colúria e acolia fecal. Foi realizada ultrassonografia abdominal, a qual não apresentava imagem de cálculos. Foram realizados testes sorológicos que evidenciaram pesquisa de IgM e PCR para dengue positivos. Paciente apresentou melhora clínica e laboratorial durante a internação apenas em tratamento clínico.
DISCUSSÃO: A colecistite alitiásica é uma manifestação atípica de dengue, normalmente autolimitada, que deve ser pesquisada em todos os pacientes que tenham apresentação clínica com dor abdominal, febre, exantema cutâneo e icterícia e a conduta mais adequada restringe-se ao tratamento de suporte, sendo a cirurgia reservada às complicações.
Palavras-chave: Vírus da Dengue. Criança. Colecistite Acalculosa. Dengue. Dor abdominal.
Adriana Alvarez Arantes; Maria de Fátima Bazhuni Pombo Sant'Anna; Clemax Couto Sant´Anna
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):13-20
Resumo PDF PTOBJETIVO: A broncoscopia é um procedimento invasivo, com aplicações terapêuticas e diagnósticas bem estabelecidas na literatura médica. O desenvolvimento dos broncoscópios flexíveis de menor calibre favoreceu a disseminação do método em pediatria a partir da década de 70 do século passado, ocupando, a partir de então, espaço cada vez maior na pneumologia pediátrica. O objetivo deste artigo é revisar a utilização da broncoscopia em pediatria, as indicações mais prevalentes, dados demográficos, relevância clínica e possíveis complicações.
FONTE DE DADOS: Trata-se de revisão narrativa de artigos publicados nos últimos 52 anos. Foram selecionados 24 artigos, utilizando a base de dados BVSalud, tendo como palavras-chave "pediatric and bronchoscopy".
SÍNTESE DOS DADOS: Observou-se um número crescente de publicações relatando a experiência em broncoscopia pediátrica por diversos grupos em vários países. O broncoscópio flexível é cada vez mais utilizado. As indicações mais prevalentes variaram em cada centro, sendo o estridor, atelectasia, pneumonia recorrente/persistente, suspeita de corpo estranho, a sibilância torácica e tosse crônica as indicações mais comuns. As complicações relatadas com maior frequência durante o procedimento foram a hipoxemia transitória, laringo e broncoespasmo e, após o procedimento, tosse e febre.
CONCLUSÃO: A broncoscopia tem-se consagrado como um método útil e seguro em pediatria.
Palavras-chave: Broncoscopia. Criança. Pediatria.
Gabriela Ricci Meneguetti; Bruna Almeida Silva; Mariella Vieira Pereira Leão
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):21-26
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: Sabe-se que o leite materno é o alimento essencial ao recém-nascido até, pelo menos, seus seis meses de vida. Dentre outras substâncias, o leite materno apresenta microrganismos, que quando presentes em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do bebê.
OBJETIVOS: Correlacionar a presença de microrganismos no leite materno com os benefícios à saúde do recém-nascido/lactente, atribuindo características probióticas a esse alimento.
METODOLOGIA: Assim, o presente trabalho revisou a literatura, selecionando trabalhos disponíveis na plataforma PubMed que explorassem a composição e os benefícios desse alimento, bem como suas propriedades probióticas. Síntese de dados: Observou-se que os gêneros de bactérias Lactobacillus e Bifidobacterium, amplamente conhecidos como probióticos, são encontrados no leite materno, e que a composição do leite influencia suas presenças. A composição, por sua vez, pode ser influenciada pelo estilo de vida materno, incluindo a incidência de psicopatologias como depressão, ansiedade e estresse.
CONCLUSÃO: Concluiu-se que, incontestavelmente, o leite materno pode ser considerado um alimento probiótico, com a vantagem do fácil acesso e nenhum custo, tornando-se a melhor alternativa para nutrir e promover a saúde do recém-nascido.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Probióticos. Bactérias. Microbiota. Trato gastrointestinal. Sistema imunitário.
Thaise Cristina Brancher Soncini; Fabiana Martins da-Silva; Giovane Pinheiro de-Mello
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):27-33
Resumo PDF PTOBJETIVO: Analisar se o uso de protocolos de manuseio mínimo dentro da unidade de terapia intensiva neonatal está associado a menores taxas de morbimortalidade em recém-nascidos prematuros.
MÉTODO: Estudo caso-controle na UTI de uma maternidade terciária, cujos dados coletados foram a partir de 170 prontuários eletrônicos escolhidos de forma aleatória simples, na qual os participantes eram recém-nascidos prematuros menores de 32 semanas, no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2020. A análise estatística deu-se pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). As associações entre as variáveis foram calculadas por meio do teste do qui-quadrado e prova exata de Fisher, bem como o odds ratio (OR), com seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%.
RESULTADOS: De acordo com as variáveis investigadas, em recém-nascidos submetidos ao protocolo de manuseio mínimo, houve associação estatisticamente significativa na variável óbito (OR 0,17; IC 95% 0,037-0,08; p≤0,017). Observaram-se 9 óbitos de RN que não receberam protocolos de manuseio mínimo, contra 2 mortes nos RN que receberam o protocolo. As demais variáveis não tiveram significâncias estatísticas.
CONCLUSÃO: O protocolo de manuseio mínimo contribui para a redução da taxa de mortalidade em recém-nascidos prematuros extremos, ao atuar como uma das estratégias para melhorar seus desfechos clínicos.
Palavras-chave: Recém-nascidos prematuro. Unidade de terapia intensiva neonatal. Morbimortalidade neonatal.
Verônica Almeida Silva; Mariana Simões Ferreira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):34-41
Resumo PDF PTOBJETIVO: Identificar os principais preditivos associados à falha de extubação de lactantes e crianças extubadas eletivamente em unidade de terapia intensiva pediátrica.
MÉTODO: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo, de natureza descritiva e analítica. A coleta de dados foi realizada a partir de um banco de dados secundário do serviço de Fisioterapia local. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição.
RESULTADOS: Foram incluídos 78 pacientes, com mediana de idade de 4,71 meses, em sua maioria do sexo masculino (52,6%). A taxa de falha de extubação na amostra estudada correspondeu a 21,8%, sendo o estridor laríngeo o fator mais frequente, com registro em 64% dos casos de falha.
CONCLUSÃO: Os participantes que utilizaram a modalidade Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada apresentaram frequência de falha de extubação significativamente maior quando comparados aos que foram ventilados em ventilação controlada a pressão (p=0.037). Não houve diferença estatística entre os grupos considerando a idade, tempo de ventilação mecânica invasiva e o não cumprimento do protocolo de extubação.
Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica. Respiração artificial. Pediatria. Extubação. Fatores de Risco. Laringite.
Patricia Amaral Vasconcellos; Mauricio Obal Colvero; Humberto Holmer Fiori
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(1):42-52
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: O leite materno tem papel fundamental para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde da criança. O conhecimento dos fatores que interferem na produção de leite materno é necessário para melhor manejo e orientação das lactantes.
OBJETIVOS: Verificar que variáveis mais interferem na produção de leite materno. Correlacionar os medicamentos utilizados aos volumes de leite retirado.
MÉTODOS: O período de estudo foi de janeiro de 2014 a outubro de 2021. Os dados foram coletados em banco de dados de um banco de leite de um hospital de uma capital brasileira, com informações sobre volumes coletados, pré-natal, medicamentos utilizados e doenças preexistentes.
RESULTADOS: A amostra foi composta por 2.130 mães doadoras de leite materno, com média de idade de 28,9 anos. A idade materna e a presença de comorbidades demonstraram correlação com a redução de volume de leite materno produzido (p<0,001). Mães que realizaram o pré-natal retiraram volumes de leite maiores (p=0,039), bem como mães eutróficas em relação a obesas (p=0,018). O uso de medicamentos como metildopa (p<0,001) e sulfato ferroso (p=0,004) também se relacionou a um menor volume de leite retirado. Por outro lado, o uso da sulpirida promoveu um aumento no volume de leite retirado.
CONCLUSÃO: A presença de comorbidades maternas e o uso de medicações se relacionaram a uma menor retirada de volume de leite materno, ao passo que a realização de pré-natal e uso de sulpirida se relacionaram ao aumento de volume de leite materno retirado.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Extração de Leite. Bancos de Leite Humano. Leite Humano.
Patricia Fernandes Barreto M. Costa
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):53-54
PDF PTPalavras-chave: Aleitamento Materno. Extração de Leite. Bancos de Leite Humano. Leite Humano.
Mayze Pereira Dalcol Freire; José Roberto Tude Melo
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):55-60
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A hidrocefalia congênita é uma doença com repercussões sociais, podendo coexistir com problemas neurológicos motores ou cognitivos, que dificultam a inclusão escolar dessas crianças.
OBJETIVO: Identificar a prevalência de ingresso escolar de crianças portadoras de hidrocefalia congênita submetidas a cirurgia para derivação ventrículo-peritoneal.
MÉTODOS: Estudo de corte transversal por meio da revisão consecutiva de prontuários médicos de crianças portadoras de hidrocefalia congênita submetidas a cirurgia para derivação ventrículo-peritoneal entre setembro de 2009 e setembro de 2012, com acesso escolar confirmado pelos pais ou responsáveis durante o acompanhamento ambulatorial de 4 anos após a cirurgia.
RESULTADOS: Foram incluídas na análise 92 crianças, com média de idade de 9 meses (± 13,42 meses) na ocasião do implante da derivação ventrículo-peritoneal. Em 43% houve confirmação parental de matrícula escolar, identificada durante o período de seguimento ambulatorial. A maior prevalência de admissão escolar foi verificada em crianças procedentes da capital do estado (65 vs. 25%; p = 0.0001) e naquelas que não apresentaram complicações após a cirurgia (34 vs. 10%).
CONCLUSÕES: Considerando a área geográfica estudada, o ingresso escolar de crianças portadoras de derivação ventrículo-peritoneal foi abaixo do observado na população geral, sobretudo naquelas procedentes do interior do estado da Bahia.
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil. Hidrocefalia. Neurocirurgia. Inclusão escolar.
Juliano Fockink Guimarães; Emanuela Rocha Carvalho
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):61-67
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A febre é a queixa mais frequente em serviços de emergências pediátricas, e a febre de origem obscura (FOO) segue como desafio clínico, sem definição universalmente aceita para a pediatria.
OBJETIVOS: descrever o perfil clínico e epidemiológico de crianças internadas para investigação de FOO.
MÉTODOS: foram descritas internações para investigação de FOO em hospital pediátrico terciário de Florianópolis no período de janeiro de 2017 a novembro de 2020. Para tal, utilizou-se pesquisa observacional e descritiva com coleta retrospectiva de dados em prontuário eletrônico de internações sob o CID B34.9 que preenchessem os critérios: febre igual ou superior a 38,0°C, frequência minimamente diária e duração de oito dias ou mais e dúvida quanto a etiologia causadora da febre no momento da internação. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do hospital de origem (CAAE: 41512820.9.000).
RESULTADOS: dos 66 prontuários analisados, 21 preencheram tais critérios. Não houve conclusão diagnóstica em 11 casos (52,4%) e os grupos de doenças diagnosticadas foram as infectocontagiosas (28,6%), reumatológicas (14,3%) e neoplásicas (4,8%).
CONCLUSÕES: neste trabalho, a FOO ocorreu predominantemente em meninos pré-escolares, com duração prolongada e temperatura axilar superior a 39,0 °C. Em mais da metade dos casos não houve esclarecimento do diagnóstico, entretanto os resultados obtidos ressaltam a importância de investigar, especialmente, causas infecciosas, reumatológicas e neoplásicas nestes pacientes.
Palavras-chave: Febre de Causa Desconhecida. Criança. Adolescente. Pediatria.
Márcia Salgado Machado; Adriana Laybauer Silveira Unchalo; Cassandra Caye Anschau; Débora Ruttke von-Saltiél; Denise Saute Kochhann; Karine da Rosa Pereira; Adriane Ribeiro Teixeira
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):68-74
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: Sabe-se que os programas de saúde auditiva materno-infantil apresentam inúmeros desafios na tentativa de garantir a intervenção precoce para crianças com deficiência auditiva e, portanto, torna-se essencial analisar os resultados observados nas suas diferentes etapas.
OBJETIVO: Analisar dados da etapa de triagem auditiva neonatal de um serviço de referência do sul do país.
MÉTODOS: Trata-se da análise de dados secundários da triagem auditiva neonatal realizada em um serviço de referência em saúde auditiva no período de janeiro de 2018 a abril de 2020. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo do neonato, presença de indicador de risco para a deficiência auditiva infantil, local, método e resultado da triagem auditiva neonatal (passa/falha).
RESULTADOS: Dos 4.128 neonatos incluídos no estudo, 3.568 (86,4%) passaram e 560 (13,6%) falharam na triagem. A técnica mais utilizada foi o teste de emissões otoacústicas evocadas transientes, bem como a unidade de internação obstétrica foi o local de maior prevalência para realização da triagem. Observou-se maior prevalência de falha em bebês com indicadores de risco para deficiência auditiva. Os neonatos do sexo feminino apresentaram redução na prevalência de falha na triagem auditiva neonatal.
CONCLUSÕES: Os dados analisados estão de acordo com a literatura vigente em termos de prevalência de IRDA, falha na TAN, técnicas e locais da TAN e as correlações desses aspectos.
Palavras-chave: Neonato. Audição. Triagem neonatal. Perda auditiva.
Wallace William da Silva Meireles; Rosicler Pereira de Gois; Vitor Lucas Lopes Braga; Erlane Marques Ribeiro
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):75-78
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A síndrome da regressão caudal (SRC), também denominada sequência de displasia caudal, síndrome de regressão sacral ou agenesia sacral, abrange um grupo de malformações congênitas raras que afetam principalmente a medula espinhal e as vértebras, mas também os sistemas urinário e genital e as extremidades inferiores. A hiperglicemia é o teratógeno mais comumente envolvido na SRC, por provável produção aumentada de radicais livres a partir do influxo de glicose nas células sobrepondo-se à capacidade enzimática imatura de neutralizar este excesso, afetando a capacidade de transcrição.
DESCRIÇÃO: Lactente de 2 meses, masculino, atendido no Ambulatório de Genética, encaminhado do serviço de ortopedia, por pés tortos congênitos e mancha em dorso. O paciente era filho de pais não consanguíneos, sendo o terceiro filho de mãe de 25 anos de idade. A mãe, G3P3A0, tinha diabetes tipo 2. No pré-natal foi feita insulina NPH durante toda a gestação, mas o controle glicêmico foi irregular. Os membros inferiores mostravam tamanho reduzido, espasticidade leve a moderada e reflexos presentes. O desenvolvimento neurológico se mostrava adequado para a idade. O estudo radiológico após o nascimento mostrou ausência de osso sacral. A ressonância magnética de coluna lombossacra mostrou agenesia de sacro e cone medular pequeno, sem mielomeningocele.
DISCUSSÃO: O caso que relatamos é compatível com SRC decorrente do diabetes materno não controlado durante a gravidez.
Palavras-chave: Diabetes mellitus. Teratogênicos. Coluna vertebral.
Johanna Olivieri Barcellos Stockinger; Giulia Marcolino da Matta; Isadora Faver de Souza
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):79-82
Resumo PDF PTA otite média aguda (OMA) é definida como um processo inflamatório da orelha média, com características, evolução e tratamentos clínicos diversos. Na maioria dos casos, está associada à infecção viral ou bacteriana de vias aéreas superiores, sendo muito associada à população infantil. O objetivo foi relatar o caso de um escolar, de 5 anos, com histórico de OMA de repetição, que evoluiu com mastoidite e abcesso auricular. As informações foram obtidas por meio da revisão do prontuário, entrevista com os pais do paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos a que o paciente foi submetido e sua evolução clínica, a partir de um consentimento informado aos familiares, a partir da assinatura de um termo (TCLE) que garante privacidade, confidencialidade, inclusão e representatividade ao paciente e seus responsáveis. Além disso, os participantes têm direito de desvinculação e saída de sua participação, sem penalização. O caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão da terapêutica e manejo de pacientes com essa condição clínica atreladas aos principais fatores de risco, a fim de possibilitar melhora da qualidade de vida e abordagem correta do paciente.
Palavras-chave: Otite Média. Antibacteriano. Mastoidite. Epidemiologia descritiva. Pediatria. Periostite.
Luciano Rodrigues Costa; Clarisse Pereira Dias Drumond Fortes; Débora Vieira Diniz Camargos; Hiram Silva Nascimento de Oliveira; João Victor Corrêa Reis; Caio Barroso Rosa; Marcelle Godinho Fonseca; Rafaela Leon Celivi
Revista de Pediatria SOPERJ - V.2025;25(2):83-87
Resumo PDF PTINTRODUÇÃO: A doença do refluxo gastroesofágico é considerada patológica em lactentes e crianças quando as manifestações clínicas ou sintomas são perturbadores em relação a frequência ou persistência do refluxo, produzindo sintomas importante e complicações. A abordagem inicial indicada em casos de doença do refluxo gastresofágico é baseada em medidas comportamentais.
OBJETIVO: Estudar as medidas posturais indicadas como tratamento da doença de refluxo gastresofágico.
MÉTODO: Revisão da literatura com pesquisa efetuada a partir da ferramenta Publish or Perish, selecionando apenas os artigos que cumpriram os critérios de inclusão escolhidos.
CONCLUSÃO: A partir das descrições encontradas na literatura revisada, a posição supina é a recomendação durante o sono, pois apesar de não apresentar melhora dos sintomas, não tem relação com aspiração. Outras posições, mesmo com a melhora dos sintomas, são relacionadas a síndrome de morte súbita do lactente.
Palavras-chave: Terapêutica. Refluxo Gastroesofágico. Lactente.