Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 8 (1 supl 1)(1) - Abril 2007

Revisoes em Pediatria

O Profissional de saúde e a inclusão do pai nos processos de cuidado neonatal: uma ação para a promoção de saúde da criança

The health professional and the advantage of fatrher's participation in the children's health care

 

Aline de Carvalho Martins

Meste em Serviço Social pela UERJ Tecnologista em Saúde Pública do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ

 

Endereço para correspondência:

Rua Vaz Lobo, 831 - Vicente de Carvalho 21361-030 -
Rio de Janeiro - RJ
rjalinemartins@yahoo.com.br

 

Resumo

O presente artigo constitui uma revisão de literatura não sistemática, com emissão de opinião, que pretende avaliar a importância dos cuidados paternos na saúde e desenvolvimento das crianças, ressaltando como os profissionais de saúde podem (e devem) estar atentos a esta questão no cotidiano de seu trabalho. Deste modo, pretende ressaltar a importância dos elementos não biológicos na promoção de saúde da criança, considerando a diversidade de aspectos da condição humana, enfocando, assim, o conceito ampliado de saúde.

Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil, Promoçao da Saúde, Pais, Relaçoes PaiFilho, Atitude do Pessoal de Saúde, Assistência ao Paciente.


Abstract

The present article constitutes a revision of not systematic literature, with opinion emission, that it intends to evaluate the importance of the paternal cares in the health and development of the children, standing out as the health professionals can (and they must) be intent to this question in the daily one of its work. In this way, it intends to stand out the importance of the not biological elements in the promotion of health of the child, being considered the diversity of aspects of the condition human being, focusing, thus, the extended concept of health.

Keywords: Childwood Development, Health Promotion, Fathers, FatherChild Relations, Attitude of Health Personnel, Patient Care.

 

I - INTRODUÇÃO:

Nos dias atuais, com as transformações existentes nos padrões familiares, uma nova demanda apresenta-se ao profissional de saúde: atender às famílias nas quais as crianças estão inseridas, considerando a diversidade de suas formações. Para isso, é fundamental compreender e valorizar todos os atores que se relacionam com as crianças.

Os pais (homens) vêm participando de modo diferenciado da vida de seus filhos.

Reconhecê-los e capacita-los como elementos importantes no contextos de saúde da criança é uma ação fundamental para os profissionais desta área.

 

II - A INCLUSÃO DO PAI NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.

As instituições de saúde - para além de suas atribuições de cuidadoras diretas - devem também se firmar como importantes difusores/instrumentalizadores de cuidados à saúde dos grupos humanos em geral, e em particular dos bebês.

Se, sabidamente, a assistência neonatal não se esgota no atendimento direto ao recém-nato, é necessário refletir sobre a importância do atendimento da equipe de saúde à família, considerando as repercussões que o cuidado desta família pode trazer para a vida futura da criança que acaba de nascer.

A concepção supracitada exige do profissional que atende ao recém-nato a sensibilidade e atenção para implantar e disseminar medidas que, pautadas na humanização do atendimento, capacitem a família para os cuidados com o seu bebê.

Muito se tem refletido sobre a importância dos cuidados -à mãe. Sabe-se que sua escolarização influi diretamente na qualidade de tempo e na relação que esta terá com o seu bebê, bem como das repercussões de sua condição sócio-econômica no acesso aos serviços de saúde e nos riscos de mortalidade de seu filho (Andrade et al, 2004).

Se são inegáveis os benefícios da educação em saúde feita junto à mãe no desenvolvimento do bebê, é preciso também avaliar como tais práticas podem se aplicar aos pais (homens) das crianças e quais as vantagens podem ser advindas desta relação.

 

III - O PAI: ESSE NOSSO DESCONHECIDO.

O debate sobre o tema da paternidade aponta para a necessidade de reconstrução de muitas vivências masculinas em relação à paternidade. Se historicamente o homem foi chamado a ser somente o provedor da família ou o auxiliar da mãe, há que ser estudado o papel paterno a partir de seus próprios valores, comportamentos e paradigmas de ação (Nolasco, 1997). Tal estudo poderia possibilitar o resgate para debate nacional das especificidades do papel paterno na educação, cuidados e assistência à saúde de seus filhos.

O descortinamento desta importante relação para pais e filhos pode estimular uma nova relação social que propicie a permanência deste pai em todos os âmbitos da vida de seu filho. Constituise, ainda como uma tentativa de rever práticas sociais que historicamente afastam o pai dos cuidados com os filhos.

É fato concreto que atualmente é possível encontrar uma participação mais efetiva dos homens nos cuidados com crianças - ainda que esta tenha sido impulsionada também por fatores relacionados com a alteração dos papéis familiares tradicionais, que não admitem apenas o modelo nuclear (Peres, 2001) e com as novas expressões do mundo do trabalho (Antunes, 1998), onde o emprego feminino demanda uma participação mais ativa do homem nos cuidados domésticos e junto aos filhos.

Se os fatores apontados anteriormente irão influenciar tanto no exercício da paternidade, quanto no vínculo que o homem irá estabelecer com a criança, é necessário estar atento às multiplicidades de determinantes presentes no exercício do cuidado masculino junto a seus filhos. Sendo assim, não podemos esquecer que os modos como as relações entre as pessoas se estabelecem variam de acordo com as características individuais e a história de vida de cada um e também pelo modo com que estas mesmas relações são estabelecidas e representadas pelas culturas (Correa apud Vilella e Arilha, 2002). Essas relações expressam ainda uma disposição das articulações das relações de gênero, de classe, de etnia e das relações de poder que se estabelecem na dinâmica social (Almeida, 1999).

Neste contexto, o exercício da paternidade deve ser concebido enquanto um processo histórico, que engloba tanto perspectivas, expectativas e pressões sociais para o desenvolvimento de um tipo de relação, como um conjunto de valores e experiências de vida construídas pelo homem no decorrer de sua vida.

Se, como demonstramos, a relação de cada homem com o exercício da paternidade é uma unidade complexa entre elementos singulares/individuais e sociais; admitir as possibilidades de um papel próprio para o homem nas relações com seu filho, exige o repensar das relações sociais e de poder que se exercem no cotidiano reforçando a desqualificação da figura paterna e sobrevalorizando as ações maternas no trato com as crianças (Villas, 1999).

A assertativa acima nos remete à uma reflexão sobre os âmbitos privilegiados socialmente para o exercício do poder feminino (voltado para o âmbito privado e relacional) que, de fato, existe e firma-se claramente no trato das crianças, bem como do âmbito de poder masculino (no qual, busca-se em geral a valorização de atributos como a força Revista de Pediatria SOPERJ - v.8, no 1, p20-24, abril 2007 22 física e a virilidade, e um reduzido acesso - real ou simbólico - ao mundo das emoções), que busca, através da não identificação com o aspecto feminino, preservar privilégios existentes em uma sociedade pautada em uma cultura preserva vantagens para os homens.

A paternidade pode, portanto, firmarse como um dos elementos de transcendência masculina para um novo status social através da aproximação do homem com eixos socializadores da cultura feminina, contribuindo assim para o desenvolvimento de relações sociais mais igualitárias.

O nascimento dos filhos é muitas vezes apontado pelos próprios homens como um marco na sua vida, associados, de forma positiva a um status de maior responsabilidade e ao desenvolvimento de uma cultura de cuidados.

Estas questões são recentes nas políticas públicas, inclusive na área da saúde, que historicamente vêm reproduzindo a tradição feminina no cuidado com a prole, ignorando ou sub-valorizando a participação masculina e conseqüentemente o potencial que as ações profissionais podem ter na construção de novas relações sociais. Constata-se efetivamente o desenvolvimento de ações dúbias e contraditórias, pautadas em um discurso de participação ativa masculina e fundamentadas em práticas profissionais que desqualificam o homem como agentes dos cuidados, chamado-o apenas a contribuir financeiramente nesse processo. Esta valorização, entretanto, só poderá se dar se os profissionais estiverem cientes da importância desta relação para os homens e seus filhos.

 

IV - O RECÉM-NASCIDO E SUAS NECESSIDADES DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, CUIDADO E DESENVOLVIMENTO: POR QUE O PAI É IMPORTANTE NESTE MOMENTO?

O início da vida é particularmente rico e arriscado para todos os seres humanos.

Rico, por que as sinapses e as possibilidades de desenvolvimento, cerebral, sensorial e motor estão muito propícios à ação e ao desenvolvimento. E arriscado, por se tratar de um período de alta mortalidade e de muita dependência da criança.

A Organização Mundial de Saúde define o recém-nascido como o ser humano com até 28 dias. O período inicial da vida torna o bebê mais suscetível à mortalidade pelo grande esforço que faz para se adaptar de modo quase instantâneo à realidade da vida extrauterina, que oferece poucos recursos de proteção natural ao recém nascido.

Assim, em um espaço curto de tempo, o bebê deixa de ter todas as suas necessidades supridas pelo útero materno, passando a ser responsável por aspectos importantes de sua sobrevivência.

Deste modo, o mundo extra-uterino exige que ele respire sozinho; coordene sucção, respiração e deglutição para garantir seu alimento; realize a digestão e metabolização do alimento recebido e estabilize seu controle térmico, além de se defender da flora bacteriana que o irá colonizar - ou, em alguns casos, infectar.

Nesta situação de fragilidade e dependência, o bebê necessita ser alvo de contato precoce e cuidados intensos para sobreviver.

Estes cuidados serão ministrados, em situações ideais pelos adultos de referência para aquela criança. Os cuidados feitos pelos adultos, certamente imporão a este dedicação e sacrifícios; entretanto, serão também elementos importantes para a criação de sentimentos de vínculo e apego (Klaus e Kenell, 1992), para a proteção, sobrevivência, saúde e qualidade de vida desta criança.

Trata-se, portanto, de uma concepção que valoriza o desenvolvimento integral, capaz de articular todas as ações necessárias para que a criança possa ter um crescimento sadio e pleno, já que a capacidade que a pessoa humana vai adquirindo para iniciar relacionamentos recíprocos, depende dos relacionamentos iniciais que esta mantém com aqueles que ficam encarregados dela.

Esses elementos são importantes para todas as crianças. A vivência dos cuidados paternos se articula a outras experiências de cuidado no interior da família e aos vínculos sociais (ligados à participação em associações, bairros, religiões, atividades esportivas sistemáticas, etc) que permitem à criança o desenvolvimento da capacidade de se inter-relacionar com o mundo (Costello, Pickens e Fenton, 2002) e o sentimento de solidariedade humana, pertencimento social e igualdade que são essenciais para o seu bem estar (Onu, 2000).

Se para as crianças os ganhos são inegáveis, para os homens as vantagens também são muitas. O cuidado dos homens junto aos seus filhos faz com que os estes desenvolvam o auto-cuidado, a construção de relações baseadas no respeito mútuo e a atenção com a própria saúde (Barker, 2002), construindo habilidades e competências como emoções, receptividade, empatia e compaixão, sentimentos estes fundamentalmente experimentados por mulheres (Kaufman, 1995). Esta experiência é capaz de incentivar o planejamento das ações e a reflexão antecipada sobre suas possíveis repercussões como uma postura de vida (Barker, 2002).

Essas relações e experiências - ricas e diversas - vão se desenvolvendo e recriando ao longo de toda uma vida.

Entretanto, o período neonatal deve ser avaliado como um momento de fundamental importância para a firmação destes laços com universo masculino, por ser o primeiro período de contato direto existente entre o homem e seus filhos. Um bom relacionamento estabelecido neste período pode fortalecer Revista de Pediatria SOPERJ - v.8, no 1, p20-24, abril 2007 23 toda uma postura de proteção e dedicação firmadas ao longo da vida, com evidentes vantagens para o bebê. E o profissional de saúde pode estimular a construção e o aumento da qualidade desta relação.

 

V - À GUISA DE CONCLUSÃO: O PROFISSIONAL DE SAÚDE E O PROCESSO DE INSERÇÃO DOS PAIS NA ASSISTÊNCIA NEONATAL.

Se o processo de participação do homem na vida do filho pode ser identificado como um importante elemento de promoção de sua saúde, sua participação deve ser valorizada ativamente pelos profissionais de saúde que atuam nos cuidados com o recém-nato.

O estímulo à presença do homem no espaço hospitalar, ao contato cada vez mais precoce com seu filho e de sua participação em momentos significantes da vida da criança (como o nascimento, o "corte" do cordão umbilical e o primeiro banho) favorecem a integração entre pai e filho. Tais ações, fortalecem o reconhecimento da capacidade paterna na promoção do desenvolvimento, garantia de proteção e no exercício dos cuidados junto à prole; estimulando no homem a capacidade de identificar as necessidades da criança e atende-las de maneira carinhosa, firmando, assim, uma nova concepção de saúde.

A transmissão de conhecimentos necessários para os cuidados com a criança constitui um dos pilares deste processo de modo que, questões como higiene, alimentação adequada, controle de saúde (Brasil, s/d) e desenvolvimento infantil devem fazer parte das atividades de rotina a serem trabalhadas com os pais.

Estas ações podem favorecer o alcance de um maior grau de satisfação e segurança para enfrentar um momento de tantas mudanças como a chegada de uma criança, possibilitando inclusive, que os conhecimentos obtidos neste espaço de tempo sejam utilizados para os próximos filhos do casal ou mesmo que possam ser disseminado a outras pessoas com as quais a família tem contato.

Há, portanto que se apropriar destas possibilidades para o desenvolvimento de práticas profissionais, que podem ser trabalhadas durante todo o ano, e não somente em atividades pontuais em datas comemorativas como o "Dia dos Pais". Tais ações devem ser permeadas através de uma filosofia que valorize positivamente as atitudes dos homens com repercussão na vida das crianças contribuindo para com um novo ethos de cuidado infantil, valorizando a autoestima e sentimento de inserção positiva, firmando a importância da participação dos pais no atendimento à saúde - tanto no âmbito do hospitalar como fora dele.

Destas reflexões, podemos concluir que, os profissionais de saúde ao pensar o cuidado tendo o pai como um agente importante nos indicadores de saúde do bebê, estão contribuindo para todas as dimensões do seu cuidado e desenvolvimento, inclusive para o sucesso dos indicadores de saúde voltados para os aspectos biológicos. Estudos demonstram que o envolvimento do pai repercute positiva ou negativamente na aceitação da gestação (Maldonado,1985) e no número de consultas pré-natais.

Considerando-se que o pré-natal adequado é um fator de proteção em relação à morbi-mortalidade infantil (Fonseca & Coutinho, 2004 e Leal, et al 2004), podemos afirmar, a participação do pai como um fator protetivo, para o desenvolvimento sócio afetivo emocional e inclusive, para a saúde física e bom nascimento dos bebês.

Em suma, há que se romper com ações cristalizadas que tomam o homem como mera "visita" e elemento acessório no cuidado com os filhos, introduzindo-o no cotidiano das ações de saúde, é uma prática que inclui e transcende a dimensão da humanização. É uma forma de promoção imediata e futura da saúde da criança.

 

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